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Rondônia se destaca por receber menos auxílio emergencial – Por Silvio Persivo

 

Até tu, ò Stephen. “Não importa o quão ruim a vida possa ser, há sempre alguma coisa que você pode fazer e ter sucesso. Enquanto há vida, há esperança” (Stephen Hawking).

RONDÔNIA SE DESTACA POR RECEBER MENOS AUXÍLIO EMERGENCIAL

O Norte e Nordeste despontam com o maior percentual de dependência do benefício emergencial, com, respectivamente, 60,6% e 59,6% dos domicílios destas regiões recebendo as  parcelas de R$ 600,00 mensais pagas pelo Governo. E também, segundo a PNAD-Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio, possui as maiores taxa de trabalhadores na informalidade, com 48% e 44% da população economicamente ativa do em situação de precariedade trabalhista (a média nacional é de 33% e de 24% na região Sul). Em favor destes estados há o fato de que, historicamente, recebem muito menos investimentos federais, daí também uma infraestrutura muito menor e a defasagem de desenvolvimento. Nas duas regiões as maiores proporções de lares atendidos pelo programa de auxílio são no Amapá (68,8%), Maranhão (65,8%), Pará (64,5%), Alagoas (62,8%) e Amazonas (62,6%). Todos os demais Estados das regiões Norte e Nordeste, com exceção de Rondônia (48,5%) possuem um percentual de mais da metade dos domicílios recebendo o benefício emergencial. A estimativa do IBGE é de que de cada três reais pagos de auxílio pelo Governo, um vá para o Nordeste. Os Estados das demais regiões ficaram abaixo de 50% de domicílios beneficiados, com o Rio Grande do Sul (29,6%) e Santa Catarina (24,5%) com as menores proporções.

 

AMAZONAS TEM A MAIOR TAXA DE DESOCUPAÇÃO DO PAÍS

Ainda que a reabertura do comércio em grande parte do país tenha melhorado a situação econômica, na verdade, o impacto da crise da covid-19 se faz sentir fortemente em alguns estados mais do que em outros. É o caso do Amazonas que, golpeado pela crise, em julho, teve uma taxa de desocupação de 17%, ou seja, atingiu 265 mil amazonenses, com alta sobre junho (15,1% e 235 mil) e maio (12% e 179 mil) – mês em que comércio e serviços estavam de portas fechadas em Manaus e 90% do PIM-Polo Industrial de Manaus, parado. A taxa de participação na força de trabalho se manteve constante em comparação a junho, mas o nível de ocupação diminuiu para 43,2%. A taxa de desocupação do Amazonas (17%), que foi a maior do país, superou  a do Maranhão (16,7%) e Bahia (15,9%). Entre os estados menos atingidos estão Santa Catarina (8,4%), Rondônia (9,1%) e Piauí (9,7%)  com os menores índices. É preciso ressaltar ainda que, no Amazonas, 62,6% dos domicílios receberam auxílio emergencial. Os dados estão na Pnad Covid19, elaborado pelo IBGE.

 

NOVOS RECURSOS PARA O PRONAMPE

Depois de sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, na última quarta-feira (19) o projeto de mais R$ 12 bilhões para o Pronampe – Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia-Fecomércio/RO, Raniery Araujo Coelho, elogiou a iniciativa, mas, disse que espera que “Os novos recursos beneficiem mais o Estado de Rondônia. O Pronampe no nosso Estado beneficiou poucas empresas. Os bancos tardaram a operar e, quando operaram, os recursos, praticamente, já haviam se esgotado”. Raniery também declarou que a Fecomércio/RO fez gestão junto ao governo federal e bancada federal para que haja uma maior parcela de recursos para a região Norte, e para Rondônia. Para ele, “O isolamento atingiu fortemente as empresas, em especial as micros e pequenas, que, sem receitas, possuem problemas de caixa para repor estoques e operar. Por isto é tão importante o crédito neste momento”. De fato, a necessidade de caixa das empresas, inclusive para sobreviver, é muito grande e, aqui, em Porto Velho, pelo menos, os empresários se queixaram de que não conseguiram nem sentir o cheiro dos recursos liberados anteriormente, pois, quando foram procurar, já haviam se esgotado.

 

PANDEMIA POTENCIALIZOU O USO DA INTERNET

Uma pesquisa feita pela divisão de Mídia da Nielsen Brasil, com a Toluna, para verificar o consumo digital durante a pandemia, mostrou que 97,56% das pessoas consultadas acessaram a internet todos os dias em junho. A grande maioria mais para entretenimento que para o trabalho.  Com o isolamento, 93,2% dos entrevistados acessaram para assistir filmes, vídeos e programas de TV; 86,97% para ouvir música; 77,47% usaram a rede para pesquisas, consultas e e-mail; 77,24% para interagir nas redes sociais; 68,06% para ler notícias; 64,85% para jogar online; 64,5% para fazer compras; 52,87% para administrar sua vida bancária; 50,4% para pedir delivery e 40,84% para trabalhar. Em comparação com o ano passado, 74,8% das pessoas estão usando mais a internet para ver vídeos, filmes e programa de TV este ano. No caso das redes sociais, 66,8%  estão mais conectados nas mídias (contra 2019). No caso do trabalho remoto, que tem a internet como sua principal ferramenta, 15,1% dos entrevistados dedicaram mais de 15 horas semanais ao trabalho, 13,3% de 10 a 15 horas e 16,2% de 7 a 10 horas, para exercer suas atividades via web. Os smartphones ganharam força neste cenário: 44,9% navegaram mais de 15 horas semanais na internet usando smartphone, seguido de laptop/notebook (13,7%), desktop (11,7%), smart TV/TV ( 11,2%) e tablets (2,9%). Em relação à compras virtuais, 64,5% dos pesquisados adquiriram algo por internet, uma alta na comparação com o ano passado, quando 46,2% disseram ter feito compras pela internet. O levantamento entrevistou 1.260 pessoas das classes A, B e C, segundo critério de classificação de classes da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep). O   estudo foi feito com pessoas acima de 16 anos, de todas as regiões brasileiras, com 3% de margem de erro e 95% de margem de confiança. A coleta de dados ocorreu no dia 30 de junho, considerando as quatro semanas anteriores à sua aplicação, e em algumas questões somente na semana anterior (entre 24 e 30 de junho).

AUTOR: SÍLVIO PERSIVO –  COLUNA TEIA DIGITAL

  • A opinião dos nossos colunistas colaboradores não corresponde necessariamente a opinião da Folha Rondoniense

 

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