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O caminho para a recuperação: quais economias estão reabrindo no mundo?

O novo coronavírus parou o mundo – mas após meses de incerteza, parece que a situação está lentamente, mudando, para melhor. As taxas de recuperação da pandemia dependem dos valores do CoronaTracker, e usam informações agregadas de vários bancos de dados globais e governamentais, como a OMS e o CDC.

Economias a reabrir, um passo de cada vez

Em geral, quanto maior a taxa de mobilidade, mais atividade econômica isso significa. Na maioria dos casos, a taxa de mobilidade também se correlaciona com uma maior taxa de pessoas recuperadas na população.

1. Alta mobilidade, alta recuperação

Altas taxas de recuperação aparecem como uma consequência de eficientes restrições adotadas por alguns países no combate ao novo coronavírus. Nestas nações, as pessoas estãoregressando ao trabalho mais rápido. A Nova Zelândia, por exemplo, recebeu elogios por sua resposta precoce e eficaz à pandemia, o que permitiu reduzir o número total de casos.

Isso resultou em uma taxa de recuperação de 98%, a mais alta de todos os países. Após quase 50 dias de bloqueio, o governo está a recomendar uma semana de trabalho flexível de quatro dias para impulsionar a economia.

2. Alta mobilidade, baixa recuperação

Apesar das baixas recuperações relacionadas ao novo coronavírus, as taxas de mobilidade de alguns países permanece acima da média. Algumas nações afrouxaram as medidas de bloqueio, enquanto outras não possuíam medidas rígidas desde o início.

O Brasil é um estudo de caso interessante a ser considerado aqui. Depois de deixar a cargo dos governos municipais e estaduais as decisões de bloqueio, o país agora calcula a média de casos diários em âmbito nacional, do país como um todo. Em 28 de maio, por exemplo, o país teve 24.151 novos casos e 1.067 novas mortes.

3. Baixa mobilidade, alta recuperação

Outros países estão jogando no time da segurança e da prevenção e assim estão preferindo adiar a reabertura de suas economias até que a população se recupere completamente. A Itália, outrora epicentro da crise na Europa, está sendo compreensivelmente cautelosa, pois o medo é latente de que os casos voltem a níveis críticos.

Como resultado, o governo italiano optou por manter a sua atividade no mínimo para tentar aumentar a taxa de recuperação de 65%, mesmo que ela surja lentamente após mais de 10 semanas de bloqueio.

4. Baixa mobilidade, baixa recuperação

Por último, mas não menos importante, há nações que permanecem cautelosamente dentro de casa enquanto os seus governos continuam a trabalhar na resposta à crise. Com uma baixa taxa de recuperação de 0,05%, o Reino Unido não tem planos imediatos de reabrir.

Um atraso de duas semanas no relato de pacientes dispensados ​​dos serviços do NHS também pode estar a contribuir para esse baixo número. Embora novos casos estejam a se estabilizar, o país tem o maior número de mortes causadas por coronavírus em toda a Europa.

Os EUA também estão neste grupo de “baixa mobilidade, baixa recuperação”, com mais de 1,7 milhão de casos e ainda contando. Recentemente, alguns estados norte-americanos optaram por diminuir as restrições às atividades sociais e comerciais, o que poderia resultar em um aumento no número de casos.

Na Suécia, uma controversa estratégia de imunidade de rebanho significava que o país continuava os seus negócios como de costume em meio aos demais regulamentos da Europa. A taxa de recuperação do novo coronavírus na Suécia fica em apenas 13,9% e a taxa de mobilidade em -93% do país implica que as pessoas estão a tomar as suas próprias precauções.

O impacto do novo coronavírus no futuro

É importante observar que uma “segunda onda” de novos casos pode prejudicar os planos de reabrir as economias. Como os países consideram concorrentes os riscos relacionados à saúde e à atividade econômica, não há uma resposta clara sobre o caminho certo a seguir.

O novo coronavírus é um catalisador para um futuro totalmente diferente mas, curiosamente, ele está em andamento há um tempo.

“Sem ser melodramática, o novo coronavírus é como o último prego no caixão da globalização… A crise de 2008-2009 deu à globalização um grande sucesso, assim como o Brexit, assim como a guerra comercial EUA – China, mas o novo coronavírus está a levar isso a um novo nível”, declarou recentemente a economista-chefe do Banco Mundial Carmen Reinhart, em um post na sua conta pessoal do Twitter.

E enquanto muitos países tentam ajudar os seus empresários locais a reabrirem as suas lojas físicas, uma reação à covid-19 tem sido o grande aumento de comércios eletrônicos, que não dependem de medidas restritivas de circulação e / ou de atendimento de clientes.

Pelo menos na internet, as vendas têm sido tão positivas que algumas webstores já pensam até em criar um calendário para o seu e-commerce a fim de aproveitarem mais os feriados prolongados que muitos trabalhadores estão a receber em São Paulo e em outros estados do Brasil durante os últimos meses.

No entanto, ainda resta a dúvida de se haverá, realmente, alguma chance de retornarmos aos dias “normais” que um dia conhecemos.

FONTE: ASSESSORIA

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