Teia Digital

Uma eleição cheia de incerteza e de desinteresse – Por Silvio Persivo

Os pedacinhos é que fazem o todo, querida. “Para sempre é feito de agoras” (Emile Dickinson). 

TAXAS DE SOBREVIVÊNCIA DAS EMPRESAS DE RONDÔNIA SÃO AS MELHORES DO NORTE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio do estudo “Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo”, do ano de 2018, revela que Rondônia tem as melhores taxas de sobrevivência de empresas na Região Norte, sendo 56,9% em empresas com até três anos, 43,2% em empresas com até cinco anos e 23,6% em empresas com até dez anos. O segundo estado nortista com as melhores taxas é o Tocantins, com 56%, 43,5% e 22,3% respectivamente. No país, as taxas médias são de 60,8% (empresas com até três anos), 47,5% (com cinco anos) e 25,3% (com dez anos). A Unidade da Federação com os melhores índices é Santa Catarina, com 65,1%, 52,8% e 32,1% respectivamente.  A pesquisa também mostrou que houve um crescimento do número de empresas, entre 2008 e 2018, de 25.163 unidades para 31.353, sendo que 51,5% eram do setor de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas. Em Porto Velho, 48,9% das 9.281 empresas eram deste setor. 

ESTUDANTES DE RONDÔNIA TIVERAM MAIS ATIVIDADES EM SETEMBRO 

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Covid), de setembro, em Rondônia, 90,1% das pessoas que frequentavam escola tiveram atividades escolares, sendo a melhor taxa da Região Norte, onde a média ficou em  que 63,5%.  A mesma pesquisa mostrou que, no mês de setembro, havia 413 mil pessoas frequentando a escola, sendo 253 mil de ensino fundamental, 93 mil de ensino médio e 67 mil de ensino superior. O grupo de estudantes com maior percentual de recebimento de atividades escolares é o do ensino fundamental. 92,6% dos alunos neste nível tiveram atividades. Foi possível observar ainda que dos 372 mil alunos que tiveram atividades escolares, 211 mil tiveram atividades por cinco dias na semana. 

OCUPAÇÃO TEVE QUEDA EM RONDÔNIA NO MÊS DE SETEMBRO

A PNAD Covid19 mostrou que, no mês de agosto, 745 mil rondonienses estavam ocupados. Já em setembro, este número foi um pouco menor 725 mil. Pode-se dizer até que se manteve a taxa de desocupação estável, que, por sinal, e a segunda melhor do país. Outro dado interessante da pesquisa também é que 33,8% das pessoas ocupadas no estado são trabalhadores por conta-própria (245 mil pessoas) e que 27,2% são empregados do setor privado com carteira assinada (197 mil pessoas).

QUEDA DOS SINTOMAS DE SINDROME GRIPAL

Em relação à presença de sintomas de síndrome gripal, que podem caracterizar a covid-19, a pesquisa apontou que no mês de setembro houve uma queda no número de pessoas apresentando os sintomas.  Enquanto que em agosto 97 mil pessoas tiveram, pelo menos, um sintoma, em setembro, este número foi de 78 mil. A quantidade de pessoas com sintomas conjugados (presença de mais de três sintomas) caiu de 24 mil para 12 mil entre um mês e outro.  A PNAD Covid19 demonstrou também diminuição na procura pelo sistema de saúde. Entre as pessoas com sintomas conjugados, 46,4% procuraram algum estabelecimento de saúde em setembro, enquanto que esta proporção era de 65,7% em agosto. A fonte de todas as notícias acima foi a analisa censitária, responsável pelo jornalismo da Unidade Estadual do IBGE em Rondônia, Amabile Casarin.

GOVERNO FEDERAL DEFENDE BIOECONOMIA COMO NOVA MATRIZ PARA A ZFM

Numa coletiva de imprensa, depois da 294ª Reunião do CAS (Conselho de Administração da Suframa), o superintendente da autarquia, Algacir Polsin, defendeu que a bioeconomia é um vetor importante para a região e um diferencial ambiental que deve ser explorado com agregação de valor, para gerar mais empregos e interiorizar o crescimento. O dirigente falou também dos recentes decretos federais que beneficiam a ZFM e anunciou projetos culturais e de fortalecimento do turismo gestados pela autarquia, em parceria com empresas locais. O superintendente lembrou  ainda que o CAS conta com projetos aprovados para o DAS (Distrito Agropecuário da Suframa) para ampliar o setor agropecuário na capital e no âmbito da ZFM. E, no seu entendimento, a conquista da identidade jurídica do CBA (Centro de Biotecnologia da Amazônia) vai contribuir para integrar os institutos de pesquisa à iniciativa privada e azeitar as cadeias produtivas regionais. O discurso se alinha as falas do ministro da Economia, Paulo Guedes, que, em 

lives com investidores estrangeiros, citou os recursos federais aplicados na criação da Zona Franca, e  defendeu a necessidade de transformar a Amazônia no paraíso da biodiversidade. Em paralelo, o economista prometeu transformar Manaus na capital global da bioeconomia e da sustentabilidade, e defendeu a necessidade de aplicar incentivos fiscais para este fim.

UMA ELEIÇÃO CHEIA DE INCERTEZA E DE DESINTERESSE

Eleição é sempre motivo de incerteza. Mesmo em países com uma forte capacidade institucional como é o caso dos EUA. E lá, inclusive pela complexidade da forma de eleição, há uma grande interrogação sobre quem será o vencedor o que tem afetado a volatilidade das bolsas. A pequena diferença entre Trump e Biden pode ser, ou não ser, nada. Mas, minha análise é a de que, seja quem foro vencedor, o andor da procissão não deve mudar muito. O impacto de um presidente, num país com uma configuração bem definida de poderes e menos dependente do estado, é muito menor do que, por exemplo, no Brasil. Há, independente do presidente, nos Estados Unidos, uma institucionalização muito mais forte que controla a regulação, a corrupção e até a vontade dos dirigentes de dar uma guinada na direção das coisas. É muito mais importante se, o que acontece agora, a economia, as empresas continuam a crescer, pois é como os negócios se desenrolam o que, de fato, afeta o status quo. É minha visão: discurso de campanha muda quando se está com a direção do leme. Os outros fatores pesam mais do que as promessas de campanha. Até porque está é uma eleição que, talvez, seja a que menos desperte interesse entre os norte-americanos. Como o voto não é obrigatório isto favorece Trump. 

AUTOR: SILVIO PERSIVO –  COLUNA TEIA DIGITAL

  • A opinião dos nossos colunistas colaboradores não reflete necessariamente na opinião da Folha Rondoniense

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