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Brasil tem 2.915 casos confirmados e 77 mortes por Coronavírus

O número de pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus no Brasil subiu para 2.915 e o total de mortes chega a 77, equivalente a 2,6% do total. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde na tarde desta quinta-feira. No último balanço do governo, na quarta-feira, o total de infectados chegava a 2.433, com 57 mortes confirmadas.

São Paulo continua sendo o estado mais afetado, com 58 mortes e 1.052 casos confirmados. Em seguida vem o Rio de Janeiro, com 9 mortes e 421 casos. Também já registraram mortes os estados do Ceará (3), Pernambuco (3), Amazonas (1), Goiás (1), Santa Catarina (1) e Rio Grande do Sul (1).

A pasta informou que há 205 pessoas em enfermarias e 194 pessoas em UTI por Covid-19 no Brasil, segundo dados atualizados às 17h30 desta quinta-feira. Há um mapa, distribuído por unidade da Federação, com essa ocupação, que fará parte da plataforma do ministério sobre a doença.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, disse acreditar que os próximos 30 dias de enfrentamento à Covid-19 serão “muito difíceis”. Ele disse que, nesse período, o Brasil ainda não vai observar uma redução na curva de casos confirmados da doença.

— A previsão é que teremos 30 dias muito difíceis. Provavelmente, estejamos aí na fase crítica da pandemia. Não vamos começar a reduzir os casos em 30 dias. Temos uma estimativa maior para ter a redução dos casos — disse.

O secretário afirmou que não é possível fazer previsões sobre o total de casos e de mortes causados pelo novo coronavírus. Ele disse que esses números vão depender da velocidade de transmissão da doença e da quantidade de testes aplicados.

— Previsão do número de casos é muito difícil de fazer. Há gente dizendo que vamos ter 50 mil casos, não sei quantos óbitos. Essas simulações são muito precoces. Cada um de nós tem uma previsão, mas elas não têm a mínima possibilidade de anunciar como uma probabilidade. Vai depender da transmissão da doença e da quantidade de testes que fizermos. Quanto mais testes fizermos, maior vai ser o número de casos — comentou.

O secretário-executivo afirmou que, quando o Brasil ampliar o número de testes, a quantidade de casos vai aumentar, o que não significará mudanças na dinâmica da doença. Ele evitou fazer projeções para os próximos 30 dias e disse que o aumento diário nos últimos dias está abaixo do que o governo esperava:

— A previsão era que a cada três dias, teríamos o dobro de casos. Isto é, está até abaixo. Hoje tivemos um acréscimo de 20% dos casos em relação ao dia anterior. Ontem, foi 11%. Na terça, 16%. Então, estamos ficando abaixo desses 33% que imaginávamos que poderíamos ter diariamente. A projeção para 30 dias? Não dá para fazer.

Questionado sobre o fato de o Brasil ter, após um mês da epidemia, mais casos confirmados do que a Itália no mesmo período, o secretário-executivo, disse que isso não significa que a situação por aqui vai ser pior do que por lá.

— Essa diferença, 29 casos [na Itália], 57 casos [no Brasil] não é significativa. Começamos de uma forma, talvez, lenta. Mas a Itália teve depois um aumento abrupto, que espero não ter. Temos que acompanhar. Temos uma expectativa de que não vamos ter o mesmo número de óbitos proporcional que a Itália tem. É uma projeção — disse Gabbardo.

Ele disse que, ainda que não seja possível aferir os resultados das medidas adotadas pelo governo, o comportamento da doença está dentro dos parâmetros esperados.

— O comportamento da doença está dentro dos parâmetros que esperávamos. Temos crescImento abaixo de 33% por dia e letalidade da ordem de 2,6% sem ampliarmos nossa testagem — afirmou Gabbardo, destacando que a taxa de letalidade no Brasil é menor que a do mundo, que é de aproximadamente 4%.

O secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Wanderson de Oliveira disse que ainda é muito cedo para avaliar o impacto das medidas que estão sendo tomadas no Brasil para a contenção da epidemia. Isso poderá “achatar a curva”, ou seja, diminuir o ritmo de aparecimento de novos casos, mas, segundo ele, é preciso esperar um tempo para analisar melhor.

— Uma coisa é o geral. Eu consigo ver que, onde já implantou medidas de isolamento, achatou a curva. Mas isso é olhar para o passado. Quando estou durante curva [no Brasil], é muito complexo avaliar o quanto essa curva baixou, o quanto pode ser abaixada ao longo do tempo, porque eu não sei por exemplo se essa medida de São Paulo vai influenciar a Bahia, os estados que estão longe. Possivelmente sim, porque São Paulo é uma referência, um produtor de vários itens. Então diminui a mobilidade urbana pela falta de insumos em todo o Brasil. É claro que terá impacto. Agora qual será o impacto, vamos aguardar um tempo, precisamos de mais alguns meses para avaliar com mais precisão — disse Wanderson.

Gabbardo disse também que a pasta comprou 45 milhões de máscaras e anunciou uma licitação para adquirir mais 200 milhões. Até agora, 9 milhões de máscaras já foram distribuídas. Também foi criado um e-mail para que pessoas, empresas, organismos internacionais e até mesmo outros países possam entrar em contato para fazer doações de insumos, materiais e equipamentos.

O Ministério da Saúde lançou ainda um canal no Whatsapp que usará um robô par dar orientações sobre o novo coronavírus, prevenção, formas de contaminação, tratamento, protocolo de atendimento para profissionais de saúde e notícias falsas. O número é 61-99938-0031. Basta dar um oi. É preciso salvar o número na agenda.

Idosos morrem mais

De acordo com o Ministério da Saúde, um levantamento feito com base em 391 casos diagnosticados e em 59 mortes mostra que a maioria dos registros confirmados da doença e dos óbitos são de homens que possuem algum tipo de doença pré-existente.

Dos casos confirmados, 58% são homens e 42% são mulheres. Do total de mortes, 68% são homens e 32% são mulheres. O painel da pasta aponta que os casos graves atingiram mais as pessoas na faixa de 60 a 69 anos e há poucos casos de crianças de 1 a 5 anos e de 20 em diante. As mortes foram registradas mais frequentemente entre pacientes com 80 a 89 anos.

Os técnicos do ministério apontam que a principal comorbidade encontrada em pacientes que morreram vítimas da Covid-19 são as cardiopatias. Em seguida vem o diabetes.

Veja o número de casos confirmados por estado:

Região Norte: 126

Acre: 24

Amazonas: 67

Amapá: 2

Pará: 13

Rondônia: 5

Roraima: 8

Tocantins: 7

Região Nordeste: 457

Alagoas: 11

Bahia: 104

Ceará: 235

Maranhão: 10

Paraíba: 5

Pernambuco: 48

Piauí: 9

Rio Grande do Norte: 19

Sergipe: 16

Região Sudeste: 1665

Espírito Santo: 39

Minas Gerais: 153

Rio de Janeiro: 421

São Paulo: 1052

Região Centro-Oeste: 275

Distrito Federal: 200

Goiás: 39

Mato Grosso do Sul: 25

Mato Grosso: 11

Região Sul: 392

Paraná: 102

Santa Catarina: 122

Rio Grande do Sul: 168

 

FONTE: EXTRA

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