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PF está investigando compra de kits para Covid-19 pela Sesau em Rondônia; no Ceará, empresa rondoniense vendeu superfaturado alegando “pronta entrega”

Mas empresa não cumpriu prazos e contrato foi cancelado; empresa usou o mesmo artifício em Rondônia, na venda de kits sem registro na Anvisa

O governo de Marcos Rocha comprou, e pagou parte adiantado, 100 mil kits de testes rápidos, sem eficácia comprovada e sem registro na Anvisa da empresa paulista BuyerBR em 7 de abril deste ano. Os kits deveriam ter sido entregues 10 dias depois, mas dos 100 mil, apenas 90 mil foram entregues na semana passada, com direito a solenidade comandada pelo secretário de Saúde Fernando Máximo e homenagens a deputada federal Mariana Carvalho (PSDB) que seria a pessoa responsável por estar “politicamente” trabalhando junto à Anvisa para obter os registros.

O principal argumento da BuyerBr, do secretário de Saúde e do governador Marcos Rocha para justificar a compra superfaturada foi que a empresa tinha “o produto a pronta entrega”, o mesmo argumento utilizado pela empresa na prefeitura de Fortaleza (CE). Lá o contrato foi assinado em 30 de abril entre prefeitura e a BuyerBr, prevendo o recebimento dos ventiladores pulmonares até o dia 4 de maio.

O prazo curto seria a justificativa para a cobrança do valor acima de mercado, informou a Polícia Federal. No entanto, a empresa contratada pediu flexibilização do prazo até dia 15 de maio, mas os equipamentos nunca foram entregues. O pagamento de cerca de R$ 25 milhões pelo material feito antecipadamente pela prefeitura, sem exigência de garantia, é uma das irregularidades investigadas. Em Rondônia, o governo pagou antecipado R$ 3 milhões de um total de R$ 10,5 milhões. O Ministério Público conseguiu o bloqueio dos recursos na Justiça, mas não informou se obteve êxito na medida.

A Polícia Federal afirma que a empresa não tinha condições de fornecer os respiradores, com “duvidosa capacidade técnica e financeira” e capital social que não permite comprar sequer um equipamento. A mesma questão havia sido apontada aqui mesmo, pelo BLOG quando mostramos a precariedade da sede da empresa e a documentação apresentada, o capital social é de R$ 174 mil apenas, mas a BuyerBr participa de vendas milionárias. A PF também informou que “a empresa já responde a uma investigação em Rondônia por não fornecer testes rápidos contratados naquele estado”.

O governador Marcos Rocha, tentando justificar o injustificável, mentiu em seu perfil no Facebook ao afirmar que “o lote de testes que estavam para chegar mas “não existiam”de acordo com alguns portais, chegaram”. Nenhum portal disse que “os lotes não existiam”, e sim que a entrega que deveria ter sido de 10 dias estava atrasada, que o governo tinha feito uma compra altamente suspeita. E quando os lotes chegaram, foi comprovado que os equipamentos comprados não possuíam (como ainda não possuem) registro na Anvisa, que era uma exigência prevista em edital. E essa exigência vem sendo ignorada.

O governador também deveria nominar os “portais”, mas como ele não tem coragem, a gente nomina. Quem levantou a lebre foi o Nahoraonline.comPainel Político aprofundou o assunto mostrando que a compra era, de fato suspeita, o Tudorondonia deu prosseguimento repercutindo as matérias e mostrou que a representante da empresa em Rondônia era ligada ao Chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, com quem manteve por anos uma relação comercial em empresa privada. O Observador também fez levantamentos sobre o assunto.

A compra pelo governo foi malfeita e precisa ser explicada. Fernando Máximo tem que assumir a responsabilidade, já que se tratam de R$ 10,5 milhões em recursos públicos que foram pagos a uma empresa que não tinha a documentação necessária, tampouco a capacidade comprovada para entregar os kits, e ainda não o fez, já que apenas 90 mil dos 100 mil foram entregues até agora.

E sabe o que é mais interessante? A empresa, mesmo não tendo entregue todos os kits em Rondônia, está oferecendo o mesmo produto na praça do Estado, e quem mostra isso é a própria representante da empresa, Maíres de Carli conforme a propaganda abaixo:

Sem contar que, o Estado pagou para buscar os kits em São Paulo, estendeu o prazo por mais de 30 dias, os kits ainda não possuem registro e Rondônia aguarda a o “trabalho político” da deputada Mariana Carvalho para “conseguir o registro na Anvisa”…isso aí não é interferência política em uma agencia de controle?

Será que esse empenho da deputada Mariana Carvalho tem a ver com o fato de Maíres de Carli ter sido presidente do PSDB Mulher em Rondônia até 2017? Vai saber, né?

FONTE: PAINEL POLITICO

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