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Maia diz que só liberais na economia têm chance de sucedê-lo na Câmara

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta 6ª feira (6.nov.2020) que só deputados que tenham agenda econômica liberal terão chances de vencer a eleição para a Presidência da Casa. O mandato de Maia termina em fevereiro.

“A minha opinião é que nenhum candidato a presidente da Câmara que não defenda uma agenda liberal na economia tem chance de sair vitorioso”, declarou o deputado. Maia falou em transmissão da Conferência Itaú Macro Vision.

“Aí, é claro, a preocupação vai ser outra. Foi apenas discurso para ganhar a eleição ou de fato esse presidente acredita no que ele está falando? São coisas diferentes. A gente está vendo movimentos, e sabe que esses movimentos estão trazendo deputados que querem a presidência para 1 discurso que nunca fizeram”, declarou.

Rodrigo Maia está à frente da Câmara desde 2016, quando assumiu 1 mandato-tampão para o lugar de Eduardo Cunha (MDB-RJ). Há uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) questionando se ele poderia se candidatar novamente. No cenário atual ele não poderá concorrer.

Alguns nomes circulam na Câmara como prováveis candidatos, como Marcos Pereira (Republicanos-SP), Baleia Rossi (MDB-SP), Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e Marcelo Ramos (PL-AM). Um dos mais cotados, Arthur Lira (PP-AL), está em conflito com Maia.

No início do ano havia acordo para que o presidente da CMO (Comissão Mista de Orçamento) fosse Elmar Nascimento (DEM-BA), aliado do deputado do Rio de Janeiro. Lira, porém, tenta emplacar Flávia Arruda (PL-DF) no cargo. Quem vencer a disputa se fortalece. Lira quer ser presidente e Maia, eleger 1 sucessor.

Lira é o principal líder do bloco conhecido como Centrão. Ele se aproximou do governo federal ao longo de 2020. Na 5ª feira (5.nov.2020), o presidente Jair Bolsonaro foi a Alagoas inaugurar uma obra construída com recursos de emenda de Arthur Lira. Emendas são frações do Orçamento que deputados e senadores podem direcionar. O deputado não compareceu porque está com coronavírus.

O presidente da Câmara também afirmou que o caso pode causar prejuízos para o governo em votações na Casa.

“Essa disputa da CMO já gerou o litígio de 2, 3, 4 pessoas com o governo. Tem a base do governo trabalhando contra o acordo, não estou discutindo se está certo ou errado discutir o acordo, eu acho ruim mas cada 1 tem os seus motivos, 3 ou 4 pessoas que sempre votavam com o governo no meu campo já estão incomodadas. Se cada movimento foi movimento para tentar enfraquecer a minha presidência, pode gerar 1 ambiente ruim no campo reformista”, disse o deputado.

Rodrigo Maia não citou nomes nas declarações dadas ao Itaú, mas fez ressalvas que se encaixam na forma como Arthur Lira se colocou como opção de poder na Câmara.

“Aí você vai ter o perfil de um presidente [da Câmara] menos ligado ao presidente [da República] ou mais ligado ao presidente. É claro que eu vou sempre defender um presidente da Câmara que garanta a harmonia dos Poderes mas principalmente sua independência”, declarou Maia.

Na última semana, Rodrigo Maia afirmou que Arthur Lira é o candidato favorito do governo à presidência da Casa.

“Você tem alguma dúvida de que o próximo presidente da Câmara será obrigado, no processo eleitoral da minha sucessão, a defender a agenda liberal na economia?”, disse Maia. Ele ainda declarou: “Não tem como avançar reformas sem a participação efetiva do presidente da Câmara no parlamento brasileiro”.

O bloco político liderado por Lira é conhecido em Brasília por não ter uma cor ideológica clara e aderir aos diversos governos. O deputado alagoano tenta se aproximar dos setores financeiro e produtivo e desfazer essa impressão. Na última semana, encontrou representantes dessas áreas.

FONTE: PODER 360

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