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Justiça manda quebrar sigilo bancário de escritório do advogado de Temer

Quebra foi autorizada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira a pedido do Ministério Público Federal

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Criminal de Brasília, autorizou aquebra de sigilo bancário do escritório do criminalista Antonio Claudio Mariz de Oliveira,assim como de 15 empresas do grupo J&F, entre elas a JBS, a Vigor e a JBJ Agropecuária. Mariz defende o ex-presidente Michel Temer. O pedido foi deferido em 15 de janeiro deste ano e o afastamento de sigilo engloba o período de julho de 2016 a novembro de 2018, no caso da banca de Mariz, e de janeiro de 2008 a novembro de 2018, no caso das empresas dos irmãos Batista.

Além de advogar para Temer — de graça, segundo o próprio criminalista — Mariz atuou em casos de grande repercussão. Defendeu o jornalista Pimenta Neves, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e Suzane Von Richthofen. Mariz também foi secretário de Segurança do Estado de São Paulo e presidiu a Ordem dos Advogados do Brasil em duas gestões.

O pedido de afastamento de sigilo foi feito pelo Ministério Público Federal no âmbito da Operação Cui Bono, que investiga se o ex-presidente Michel Temer, cliente de Mariz, teria avalizado a compra do silêncio de Eduardo Cunha e Lúcio Funaro pelo empresário Joesley Batista.

A conclusão da Polícia Federal, em seu relatório, foi de que Temer teria praticado o crime de obstrução de Justiça para impedir que Cunha e Funaro revelassem o esquema de corrupção da Caixa Econômica Federal. A Procuradoria-Geral da República denunciou o ex-presidente por dar aval ao pagamento de propina a Cunha e Funaro em 2017, mas a denúncia foi barrada pela Câmara dos Deputados.

A quebra de sigilo de Mariz não é a primeira entre as operações recentes de combate à corrupção. Em 2015, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a quebra de sigilos fiscal e bancário de dois escritórios de advocacia para apurar a origem dos honorários recebidos pela defesa de um deputado federal investigado pela Lava-Jato, João Pizzolatti (PP-SC). Em delação premiada, o doleiro Alberto Yousseff disse ter pago R$ 560 mil com dinheiro da empreiteira Queiroz Galvão para custear os honorários dos advogados de Pizzolatti.

Procurado, o advogado afirmou que não se pronunciaria por desconhecer o processo e as razões para a quebra de sigilo de seu escritório.

FONTE: O GLOBO

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