Em Linhas Gerais

Não vale a pena perder tempo com o jornalismo sem credibilidade – Por Gessi Taborda

FILOSOFANDO

“Muitas pessoas são dotadas de razão, muito poucas de bom senso”. GUSTAVE LE BOM, sociólogo, médico, polímata e psicólogo francês. Nasceu em 7 de maio de 1841 e faleceu em 1931, aos 90 anos.

EDITORIALZIM

Até parece estarmos vivendo a tal da “tempestade perfeita”. Temos eleições em novembro; temos a pandemia a perder de vista, temos pilhas de corrupção praticada até por prefeitos da hinterlândia roubando – o que é pior – dinheiro destinado ao combate da Covid19, temos economia em baixa, desemprego em alta. São muitas variáveis num país terceiro-mundista como nosso, conectadas na eleição para certamente alimentar discursos demagógicos e engodos para impedir que o eleitor exerça o tão sonhado voto consciente.

As redes sociais já estão cheias de pré-candidatos interessados em fazer seu nome com a prática nojenta da demagogia, como se constata agora em relação ao município de Porto Velho, capital rondoniense. E ai tome porre de figuras buscando aparece criticando dificuldades óbvias de uma cidade que sempre foi desamada pelos seus prefeitos anteriores.

Hoje dão ênfase à questão da saúde, do saneamento básico, do transporte, da educação e até do desemprego jogando a culpa de tudo isso nas costas do atual prefeito como não entendessem que a causa de tudo o que vivemos no momento é apenas o dilema de uma cidade que viveu a maior parte das décadas de sua vida geridas por prefeitos incompetentes, desonestos e que usaram seus cargos apenas para garantir riquezas aos seus restritos círculos de amizades, aos parentes e a eles próprios. A situação de carência existente no município é fruto das políticas econômicas insanas dos governos anteriores, sobretudo os do petismo, responsáveis pela explosão de atos de corrupção, de desvios até hoje não esclarecidos satisfatoriamente.

É também dos péssimos gestores públicos do passado a responsabilidade por não encontramos hoje numa situação de desemprego explosivo e de falta de projetos para a atração de investimentos. Os interesses são tão fortes e com tantas garras que nem o sistema de transporte erodido pelos prefeitos anteriores é ultrapassado, pois aqueles que fracassaram não querem deixar o osso para nenhuma atividade privada mais capaz, mesmo quando escolhida seguindo os trâmites exigidos pela lei.

Porto Velho começou a reverter, lentamente, o quadro de abandono em que sempre viveu, com a gestão do atual prefeito, especialmente na vergonhosa prática do trambique e da corrupção. Hildon Chaves tem conseguido dar ao município um ciclo virtuoso, especialmente na gestão do tesouro público, estancando as torneiras por onde jorrava o suado dinheiro dos impostos pagos pelos seus habitantes. A cidade pode voltar a crescer de forma positiva. A condução equivocada da macroeconomia pelos prefeitos anteriores virou história. A casa está finalmente arrumada e crescimento portovelhenses poderá ser novamente vigoroso.

Com o monstro da dívida dominado pelo atual prefeito, é perfeitamente possível reverter o cenário de baixos investimentos e de declínio da economia. É claro que isso ainda não é uma tarefa fácil de fazer. É preciso dar ao município um administrador comprometido com a honradez, que saiba lidar com a gestão financeira sem dar espaço para aqueles sempre prontos a avançar sobre o erário para atender interesses pessoais, de grupos, sem levar em conta as verdadeiras necessidades coletivas.

Se o prefeito não disputar a reeleição há uma risco de que o ungido das urnas não mantenha o curso da construção da economia em bases sólidas, como está acontecendo. O eleitor, sem a opção de dar um segundo mandato para quem lidou melhor com a capacidade de implementar uma economia sustentável com bases para crescer, deve levar em consideração que, por conta do coronavírus, ainda estamos cercados de componentes de risco nunca imaginados. Infelizmente ainda estamos longe de poder afirmar qual dos pretensos candidatos está mais capacitado a mostrar um programa de verdadeira recuperação da economia local, gerando emprego e renda para os portovelhenses, superando os impactos que virão em decorrência das dificuldades econômicas do Brasil e do mundo.

CRÔNICA DA QUINTA

A conquista de mais um ano de vida, comemorado no último dia 10 pelas mais caras pessoas da minha vida (filhos, netos, mulher) fez ampliar na minha visão sempre crítica um sentimento inefável, de maravilhamento. De noite, em meu leito e relembrando o filme de minha vida, senti a sensação de estar me transformando ainda mais num homem místico, capaz de entrar numa profunda comunhão com a força suprema que me criou. Agora toda a vida que me resta não tem outro significado senão a de uma ação de graças por tudo que já tive e que ainda poderei ter. Comecei a ter uma facilidade maior – e logo eu que achava isso impossível ou maçante – de falar com minha própria alma. Comecei a listar quem me feriu e me magoou nessa jornada de 69 anos vendo que não guardo por eles nenhum rancor, nenhuma ira.

O diálogo com a minha alma foi completamente repousante. Acordei refeito para novas lidas. Descobri que não se tratou de uma despedida e nem mesmo de uma celebração do tempo. Parece estar reservado para mim mais uma temporada para continuar sentindo, como nunca, o prazer de ter nascido, como seu eu estivesse adquirido um maravilhamento extraordinário, ao ver as esperanças traduzidas nos meus netos mais novos, o Álvaro (de 3 anos) e o Augusto (de 3 meses), resplandecidas nas fotos de família durante o tradicional “parabéns pra você”.

Então ficou provado: o ser humano pode ter a visão, a percepção do inefável mesmo quando o horizonte está pintado nas cores da crise. Não tenho nenhum pudor, portanto, de confessar nessas mal traçadas que, embora estejamos vivendo, como nunca imaginei, num país próximo da ditadura que estraçalha a Constituição; e correndo o risco de voltarmos ao atraso da gestão pública no município onde vivo (Porto Velho) numa eleição bizarra com candidatos bizarros, sinto leveza, como uma sensação de encontro e até de comunhão.

Chegar na borda dos 70 leva a gente a perceber mudanças no que sempre nos pareceu corriqueiro. É que na verdade passamos por mudanças interiores de uma forma inexorável.

Estamos todos nós vivendo os efeitos desse recolhimento obrigatório decretado pelas autoridades, especialmente por governadores. Não se reúnem mais os representantes do povo nos mais variados níveis. A pandemia levou multidões ao recolhimento e isso parecia uma coisa triste, desastrosa. Mas eu, em relação às casas legislativas, já estava recolhido há anos. Aconteceu desde o momento em que descobri não existir relevância nenhuma no parlamento que temos hoje. Não me fez falta e nem fará. Estou devidamente inserido no contexto de hoje, curtindo a experiência de viver o meu tempo, principalmente tendo a música como a grande companheira dos momentos de maior solidão.

Minha humanidade, ao avançar nos anos, me faz ter saudades. Saudades do tempo em que justificava-se ter orgulho da profissão de jornalista, do tempo em que para ser homem não era necessário encher o corpo de tatuagem ou se tornar ladrão para ser político. Então é isso: tenho saudades e recordações. Lembranças de alegrias e tristezas. Mais de alegrias. Ao avançar de forma inexorável para a fase de “setentão”, descobri que nem as inúmeras traições e canalhices feitas contra mim por gente a quem dei a mão na hora de suas angústias não latejam mais esse velho coração. Ele (o coração) não está adormecido, mas está em repouso.

A razão já me pede para descansar enquanto o apaziguamento comigo mesmo me anima a continuar, nem que seja devagarinho. Talvez, quando a Dra. Conceição Mesquita Taborda, a minha mulher, se aposentar de seu serviço, as emoções e os sentimentos de dois idosos os levem a novas e constantes viagens para adoravelmente descobrirmos, de lambuja, novos desejos, sentindo que nossa existência vai muito além do corpo.

SANEAMENTO

A assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal de Porto Velho emitiu uma nota importante sobre o saneamento básico. O Plano Municipal de Saneamento Básico de Porto Velho (PMSB) será tema de audiência pública amanhã (14), das 18h às 22h. Promovido pela prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Integração (Semi), o evento, transmitido ao vivo pelo YouTube, no canal da própria prefeitura, abrirá espaço para a população se manifestar por meio da janela de comentários da ferramenta virtual.Para participar das discussões é preciso se inscrever previamente no link: https://www.sympla.com.br/audiencia-publica-on-line—plano-municipal-de-saneamento-basico-de-porto-velho__933326.

VIRAVA EMBRULHO

Dá pena constatar hoje a decadência do jornalismo quando comparado ao passado recente. A mídia politizada de hoje transformou veículos que no passado preocupavam-se com a qualidade em meros panfletos engajados, especialmente nos dogmas da esquerda. Isso vale para todo o Brasil. Os fatos mais importantes, quando ligados a grupos e pessoas protegidas pelo sistema, simplesmente não aparecem no noticiário.

No caso rondoniense essa constatação pode ser conferida agora mesmo. Praticamente nenhum dos chamados sites de notícia que se auto proclamam independentes deu qualquer informação sobre a prisão, em Brasília, do professor Moises de Oliveira, que estava foragido há anos, irmão do também foragido ex-presidente da Assembleia Legislativa rondoniense. Foi como se a ação policial não tivesse existido.

E nem estamos falando da imprensa feita em papel. Ela praticamente desapareceu com o fechamento do centenário Alto Madeira. Sobrou o Diário da Amazônia, propriedade do senador condenado Acir Gurgacz, diário praticamente sem leitores e sem nenhuma credibilidade. E esse jornalão também não deu o menor destaque a esse acontecimento da prisão do professor Moises. O jornalão é impresso como os antigos, mas nem a serventia secundária dos tempos idos ele tem, que é servir para embrulho de compras.

NÃO PERCA TEMPO

Para essa quinta (13) está marcada uma coletiva de imprensa pelo prefeito de Porto Velho, quando Hildon Chaves vai anunciar oficialmente sua decisão sobre participar ou não das eleições desse ano. Os jornalistas mais bem informados apostam que o prefeito não disputará a reeleição. E agora alguns tentam passar a ideia de que foram os primeiros a descobrir que o desfecho seria esse. Ainda no princípio desse ano, essa coluna já falava dessa possibilidade.

Com certeza será pura perda de tempo para o eleitorado e munícipes de Porto Velho procurar o assunto de reeleição tratado com análises sérias e informações relevantes na mídia estado. Certamente o que vai aparecer nessa mídia local (na maioria das vezes editadas amadoristicamente) serão malcheirosos lero-leros ou blá-blá-blá! Lixo discurseiro de ativistas disfarçados de jornalistas contorcionistas da realidade. Alguns desses sites nem conseguem esconder a tentativa malograda de enganar os leitores incautos que chegam até eles. Alguns deles vivem de baixar o sarrafo no prefeito atual, comportamento que nunca tiveram em relação aos prefeitos que roubaram descaradamente o erário municipal no passado recente.

MAU-CARATISMO

Na mídia nacional algo parecido acontece. Quem ainda tem coragem de ficar colado nas grandes redes vê em todos os momentos a arrogante tentativa de doutrinação das estrelas do jornalismo profissional objetivando desconstruir a imagem pública do presidente da República, legitimamente eleito sem utilizar a mídia poderosa. É puro mau-caratismo. E em relação à Rede Globo (batizada nas redes sociais de Globolixo) não dá para entender é como os herdeiros de Dr. Roberto deixam seus jornalistas destruírem a credibilidade do maior grupo de comunicação do país, que seu pai levou a vida inteira para construir.

CREDIBILIDADE ZERO

Certamente a grande maioria dos “jornalistas” rondonienses sairá da tal entrevista coletiva com o mesmo ar arrogante dos enganadores escrevendo asneirices e perdendo ainda mais credibilidade diante da opinião pública. Esses “jornalistas” não passam na verdade membros das guildas e compõem o establishment que parasita e mama nas tetas do estado com empregos fantasmas e outras benesses, dadas pelos maus políticos que dominam por décadas nossas instituições.

Como deve ser na maioria dos estados, aqui também existe uma chusma desses personagens que adoram láureas dadas por instituições como ALE e Fiero pelo seu alinhamento a empresários corruptos, bancadas parlamentares assaltantes do tesouro, alta burocracia estatal com suas acintosas “privilegiaturas”, ambientalistas e ativistas de direitos “dos manos”, esquerdistas aboletados em cátedras universitárias, rentistas parasitas da dívida pública, ativistas do abortismo, da destruição da família e das minorias de gênero.

FALTA RECONHECIMENTO

Esses “jornalistas” unidos para garantir aos negócios de seus patrões o rojo do dinheiro público estão unidos no propósito de encobrir o essencial pelo acessório. Por isso não publicam que Hildon Chaves está terminando o seu mandato sem os corriqueiros roubos do passado. Aliás, exatamente pelo alto nível da corrupção dos últimos prefeitos, a cidade não solucionou o seu saneamento  básico ou até mesmo a questão do transporte público onde o ponto verdadeiro do estrangulamento está nas urdiduras dos poderosos interesses que agem nas sombras.

Du-vi-de-ó-dó que a farsa, o ataque pessoal, a troca do todo pela parte (principalmente quando a parte é “verdinha”) não será a tônica desse pessoal travestido de jornalista. Mais uma vez o que se verá nessa mídia sustentada por um establishment que não tem nenhum apreço pela maioria dos cidadãos, tal como esses tais escribas.

AUTOR: GESSI TABORDA –  COLUNA EM LINHAS GERAIS
  • A opinião dos colunistas necessariamente não reflete a posição do Jornal Folha Rondoniense

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