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A culpa é do FHC e bandidos são os empreiteiros – por Gladyston Leonello

Depois do festival de escândalos aflorando em todo o Brasil, é procedimento da corruptocracia vigente, culpar ao FHC.

Não estou aqui para advogar pelo mesmo, pois é minha opinião estar ele longe da santificação e da lisura absoluta, Para mim seu erro mais grave, foi ajudar seu mestre Florestan Fernandes a idealizar e fundar o PT e  deixar que o mesmo fosse tomado por figuras de caráter dúbio.

Mais imperdoável foi seu silêncio absoluto durante os últimos 13 anos, enquanto o país era destruído por uma horda de saqueadores, camuflados em discursos demagógicos populistas, essa culpa deve ser assumida não só por FHC, mas pela grande maioria dos políticos!, enquanto a situação piorava a cada dia para a população, todos mantinham suas absurdas mordomias e alguns se locupletavam com a roubalheira institucionalizada por debaixo dos panos da bandeira nacional.

Comparo nossos políticos a pilotos de drone; matam milhares a longa distância com sua corrupção, não vivenciam o sofrimento e desespero por eles provocado, no sentem o cheiro do sangue por eles derramado,  v ivem afastados da dura realidade social por eles criada.

Não digo que não existem exceções; existem, mas  são raríssimas. Venho de uma família de empreiteiros, meu tataravô construiu estradas na carrocinha na região de Petrópolis e zona da mata mineira, vivi grande parte da minha vida correndo trecho, como nos referimos em viver por uns tempos em uma localidade onde há uma obra a se realizar.

Nos anos da intervenção militar no Brasil, era prática comum as empreiteiras dividirem os custos de festas, promovidas pelo sindicato da categoria, voltadas aos funcionários e famílias dos órgãos a que as construtoras trabalhavam; tais como DERs, DNER (Hoje Denit). Comumente festas de final de ano, para todos funcionários da diretoria a faxineira. Outra prática comum era a distribuição individual pelas empresas de cestas de natal e lembrancinhas.

Depois das diretas já, a morte de Ulisses Guimarães e a redemocratização do país, foi se institucionalizado por debaixo dos panos, o pagamento de 5% sobre o valor bruto de contratos, de construção, fornecimento e etc:  “A título de caixinha de campanha”. A coisa se formalizou na marra, pelo simples fato de quem não pagasse, não receberia, alguns tentaram peitar e não pagar a “caixinha”, mas isso os levou a falência.

Ao longo do tempo a famigerada “caixinha” subiu para 10% e depois mais ainda surgindo subdivisões, enquanto isso, as planilhas de obras eram cada vez mais enxutas, chegando a comprometer a qualidade das obras, a existência das próprias empresas, obrigadas a repassar a caixinha sobre o valor bruto da obra. Prática essa usada por todos que ocuparam governos, federais, estaduais e municipais, não quero aqui santificar a categoria, quero sim que se faça justiça.

Afinal a grande maioria é culpada sim, mas de aceitar as extorsões, de deixarem ser usadas, para enriquecimento ilícitos de párias. O argumento do “aceita ou quebra” e muito forte, é  muito difícil se perder o que foi construído por trabalho duro. Muitos perguntaram:

Por que não denunciou na justiça? Denunciar para qual justiça?

Para que tudo fosse abafado! Nunca mais trabalhasse!. Entrasse na lista negra da receita federal!

Não somos bandidos, corruptores, uma Máfia,  somos extorquidos, chantageados!

Essa prática nefasta levou excelentes empresas fechar suas portas, criou-se empresas de políticos, proprietários de contrato de gavetas sócios ocultos somente nas benesses, livres de qualquer ônus. As empreiteiras não sofrem da síndrome de Silvio Santos com o seu tradicional “Quem quer dinheiro”

Elas são chantageadas, extorquidas na cara de pau!

Com o silêncio.  o herdeiro do grupo Odebrecht, está jogando no lixo décadas de trabalho, suor e credibilidade adquirida por seus antepassados. A sólida credibilidade, já não existe nos mais de 20 países que atuam e muito menos no Brasil. Perde assim a grande oportunidade de livrar a si, a categoria e o país de uma raça de hienas. Estes que extrapolaram todos os limites possíveis da decência, ganância e das leis de nossa nação.

Não se deve acreditar em gratidão, proteção ou qualquer coisa que venha de criaturas que nem para bandido servem.

Acreditar que teremos 100% de honestidade com a coisa pública?  Não me atrevo a tal, pois isso nunca existiu na história da raça humana. Mas acredito sim, em se criar limites que nunca mais sejam ultrapassados!

Através de leis não passíveis de várias interpretações, com severas penalidades e nenhuma forma de beneficio aos infratores, além da execração pública e as penalidades da lei.

Glad24

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