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Coluna Teia Digital: Incentivos Estaduais geram mais de sete mil empregos em Rondônia – Por Sílvio Persivo

 

Este não é um problema só dele. “A terra é azul, e eu não vi Deus” (Yuri Gagarin).

 

NOVOS PLANTIOS DE ESPÉCIES NATIVAS E EXÓTICAS EM RO

Nos últimos anos, empresários do setor florestal de Rondônia vêm apostando em novos plantios de espécies nativas e exóticas. As espécies de maiores interesses são os pinus tropicais para produção de goma-resina; os eucaliptos para a geração de energia térmica, secagem de grãos, para o setor ceramista, frigoríficos e laticínios. Já o setor de lâminas, para fabricação de compensados, vem sendo contemplado por uma espécie nativa de excelente qualidade, que é o pinho cuiabano, também conhecido como bandarra. Os plantios de florestas plantadas, como o de teca, uma espécie exótica, com elevada aceitação no mercado mundial, é exportada para países da Ásia como a Índia, China e Vietnã.  Segundo o coordenador de Florestas Plantadas, Edgard Menezes Cardoso, “O escoamento da produção florestal é facilitado por uma extensa malha viária e um importante rio da bacia Amazônica, que é o rio Madeira, o qual liga aos oceanos Atlântico e Pacífico, aliada a uma legislação desburocratizada para o setor, o que tem motivado a atração de importadores de madeiras dessa espécie florestal”. De acordo com ele, em 2017, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) autorizou a extração e a comercialização de 40.078,7629 metros cúbicos de madeiras para produção de lâminas e de 9.416,9151 metros estéreo de lenha, que serve para atender frigoríficos, laticínios, curtumes, panificadoras e cerâmicas. “As liberações foram de madeiras de espécies nativas baseados em projetos de produtores rurais e de empresas que passaram pela análise técnica e autorização do órgão ambiental”, explicou Menezes, acrescentando que o comércio de madeira e lenha gerou renda direta para os produtores rurais estimada em mais de R$ 2,7 milhões. O plantio de florestas, sejam elas exóticas ou nativas, é um importante contraponto ao desmatamento na medida em que reduz a pressão sobre as florestas nativas quando se busca extrair delas madeiras e produtos florestais. A goma resina, que é oriundo de árvores de pinus, tem grande aceitação nos mercados nacional e internacional. Dela se extrai o breu, que é utilizado para fabricação de cola, tintas e adesivos, e a terebentina, na fabricação de cosméticos, perfumes, óleo de pinho e outros produtos de composição mais complexas.

 

INCENTIVOS ESTADUAIS GERAM MAIS DE 7 MIL EMPREGOS

Os incentivos concedidos pelo governo de Rondônia para a instalação de empresas, que podem chegar à 85% com a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), no prazo de 15 anos, têm contribuído com o desenvolvimento estadual, gerando negócios, emprego e renda. Em sete anos, segundo o superintendente estadual de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura (Sedi), Basílio Leandro, pelo menos, 89 empresas iniciaram atividades em Rondônia, com uma previsão de geração de 7.585 empregos e investimentos de R$ 297,188 milhões. Os dados da Sedi apontam, que de 2005 a 2017 foram incentivadas em Rondônia 265 empresas, com projeção de 28.475 empregos e investimento de R$ 2,169 bilhões. Atualmente, existem 131 com incentivos ativos, gerando 15.959 empregos e investimento de R$ 951,8 milhões. Das empresas que começaram suas atividades nos últimos sete anos, 16 foram em 2011, com projeção de ofertar 2.195 empregos e investimento de R$ 40,2 milhões; 20 em 2012, com previsão de empregar 827 e investir R$ 40,4 milhões; 12 em 2013, gerando 820 empregos e investimento de R$ 35,4 milhões; 6 em 2014, com 395 empregos e investimento de R$ 24,3 milhões; 12 em 2015, gerando 521 empregos e investindo R$ 31,9 milhões; 14 em 2016, ofertando 1.345 empregos e investimento de R$ 100,2 milhões; e 9 em 2017 para 1.482 empregos e investimento previsto de R$ 24,5 milhões.

Esses números, de acordo com Basílio, podem ter sido superados, considerando o exemplo do frigorífico Frigon, em Jaru, que estimava contratar 500 pessoas, e agora emprega 2.200, abatendo duas mil cabeças de boi por dia, e trabalha para chegar a três mil. Enquanto o Mafrig de Ji-Paraná, desativado desde 2010, retomou suas atividades empregando inicialmente duas mil pessoas, com previsão de ampliar para duas mil.

 

PROCESSO SELETIVO DA UNIR VAI ATÉ O DIA 22

A Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) divulgou, por meio da Comissão Permanente de Processo Seletivo Discente (CPPSD), o Edital de Processo Seletivo Discente 2018, destinado a selecionar candidatos para o preenchimento de vagas nos cursos de graduação presenciais (licenciatura e bacharelado). São ofertada 2.665 vagas para ingresso nos 1º e 2º semestres letivos de 2018. O Processo Seletivo Discente 2018 terá como base, para a aprovação e classificação dos candidatos, o resultado da prova do ENEM 2017, cujo número será exigido no ato da inscrição e sem o qual não será possível realizá-la. As inscrições para o Processo Seletivo Discente 2018 são gratuitas e estarão abertas no período de 16 a 22 de janeiro de 2018, exclusivamente via internet, por meio de formulário eletrônico disponível no site da UNIR: http://www.processoseletivo.unir.br/index.php?pag=concursos&id=170.

 

REVISTA PRAXIS PEDAGÓGICA EM NOVO NÚMERO

Foi lançado o novo número da Revista Praxis Pedagógica, um periódico científico editado pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu – Mestrado Acadêmico em Educação (PPGE) da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR). A Praxis, que circulou entre 2000 e 2002, voltou a circular  em 2012, e a promover a disseminação dos conhecimentos na área de ciências da educação. Depois de vários debates por parte do colegiado do PPGE, decidiu-se retomar sua função de divulgação do conhecimento em 2018.
Sua atual edição (Vol. 1, Nº 1, jan/jul 2018) apresenta nove artigos voltados à área da Educação e pode ser acessada em http://www.periodicos.unir.br/index.php/praxis/index.

 

GUARANÁ DE MAUÉS TEM IG RECONHECIDO

Depois de uma batalha de uma década de pesquisas em laboratórios, visitas técnicas de campo e um cipoal de burocracia, por fim, o guaraná de Maués, o mais famoso da Amazõnia (253 quilômetros de Manaus) conquistou o Registro de IG (Indicação Geográfica), emitido pelo Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), órgão do Ministério da Indústria e Comércio. A certificação – requerida pela Associação dos Produtores de Guaraná- permite que apenas o produto cultivado e produzido pelos agricultores e famílias do município pode ter seu nome associado, comercializado e denominado com qualquer referência a “Maués”, valorizando o produto cujos primeiros relatos de seu uso e consumo pelos índios Sateré Mawé remontam ao século XVII.
O prefeito de Maués, Junior Leite, afirmou que, depois da conquista da IG, o próximo passo é criar um selo municipal, para identificar as embalagens e artigos, que utilizam o guaraná local na sua composição.

Autor: Sílvio Persivo

Professor em Economia

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