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Melhor Hora, o aplicativo para orientar sobre o horário de compras em Rondônia – Por Sílvio Persivo

Se é que isto ainda existe. “Só porque não compartilha nas redes sociais não quer dizer que você não faça coisas grandiosas. Viva e mantenha-se em sigilo. Privacidade é tudo” (Denzel Washington). 

MELHOR HORA, O APLICATIVO PARA ORIENTAR SOBRE O HORÁRIO DE COMPRAS EM RONDÔNIA 

A equipe técnica da Secretaria de Estado de Finanças (Sefin) criou o aplicativo Melhor Hora para facilitar e proteger a vida das pessoas que precisam sair para realizar compras, apresentando os  níveis de ocupação, os horários de maior e menor movimento, para determinar o melhor momento para realizar essas atividades. Com acesso livre desde dia 25 de maio, segundo informou o secretário Luis Fernando Pereira da Silva, titular da Sefin, o aplicativo https://melhorhora.sefin.ro.gov.br/ mostra, por exemplo, os horários de “pico” em farmácias e supermercados em todos os municípios de Rondônia, para orientar as pessoas e evitar a ida a esses estabelecimentos nos horários de maior movimento.  Segundo o secretário, os consumidores devem se orientar pelas cores que a plataforma apresenta sobre o grau de ocupação de cada estabelecimento, partindo da cor azul (menor movimento), o melhor horário, até a cor vermelha, descrita como horário de pico, de maior movimento, que precisa ser evitado. A iniciativa da Sefin visa exatamente estabelecer uma parceria com o cidadão, por meio de um canal de comunicação, como mais uma alternativa para conter a pandemia do novo coronavírus, por meio da escolha adequada do momento de fazer compras.  

A INACABÁVEL NOVELA DA BR-319

Mais uma vez a rodovia BR-319 (Manaus – Porto Velho) volta a ter seu andamento interrompido. Uma Ação Civil Pública impetrada pelo MPF (Ministério Público Federal) recebeu decisão favorável da Justiça, para ampliar o “trecho do meio” da estrada, impedindo a realização das obras já em processo de licitação. O trecho, que fica entre os quilômetros 250 e 655 é mais intensas na região, teve a ação transitada em julgado sem recurso de parte do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte), de forma que todo o processo de licitação, inclusive o projeto terá que ser refeito, pois, agora, o trecho do meio deve passar a se iniciar no km 177,8, exatamente o trecho que já estava licitado para início das obras. Do jeito que vai é possível que até 2050 haja a continuidade do projeto de recuperação da BR-319, que deveria  por fim ao isolamento de Manaus por terra em relação ao restante do país, e facilitar o transporte de alimentos, remédios, moradores da região e empresários. São mais de 100 mil pessoas que ficam isoladas enquanto prossegue o pingue-pongue entre as instâncias governamentais, do MP e da Justiça. Nem me perguntem que país é este. 

TEMPOS DIFÍCEIS COM QUEBRADEIRA À VISTA

Passamos por tempos vergonhosos. A falta de respeito aos direitos do cidadão chega a seus níveis mais assombrosos. Guerra entre os poderes, não existe mais hierarquia, nem das leis, pois, se impede o cidadão de trabalhar e de ir e vir por decreto, quando não o prendem por estar numa praça ou numa praia. Não há, como nunca houve, transparência nas decisões que são tomadas. Nem quando se fazem regras de flexibilização da quarentena em várias cidades brasileiras. Permitem que alguns setores retomem gradualmente suas atividades – como shoppings e escritórios comerciais, por exemplo, mas, limitam os espaços e os horários. E não se tem nenhuma perspectiva de quando a crise vai terminar. O seu pico já foi em março, passou por abril, deixou maio para trás e, agora, se fala que o pico será em julho! O problema é que depois de mais de 70 dias de isolamento social, ninguém aguenta mais. Principalmente quem tem um pequeno negócio ou é autônomo ou profissional liberal que vive do que faz. A verdade é que, inclusive em Rondônia, as portas da quebradeira e do desemprego estão escancaradas e, na capital, entre outros municípios, os leitos estão quase totalmente ocupados. Estimativas de um grupo de empresários fazendo a avaliação da conjuntura é que 78,9% das micro e pequenas tiveram redução acima de 60% de seus faturamentos, o que já implicou na demissão de mais de 32 mil pessoas. O receio, que está sendo confirmado em alguns setores, é de quem, mesmo com a reabertura, as vendas sejam muito menores do que no passado. Com a crise os consumidores estão com o pé no freio. E isto eleva o receio de que as pequenas e micro empresas desapareçam: além da falta de crédito e de estoque, muitas se encontram em dificuldades financeiras – o que deve gerar muitos fechamentos nos próximos meses, principalmente na nossa capital.   

O OLIGOPÓLIO BANCÁRIO FECHA A TORNEIRA DO CRÉDITO

A pandemia faz ressaltar o poder exercido por um pequeno grupo de bancos  sobre os destinos do país. Basta ver que cinco bancos (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica) concentram mais do que o PIB de 2019, a soma de tudo que o país produz num ano, em ativos (R$ 7,360 trilhões).   Ressalte-se que R$ 3,31 trilhões são de empréstimos às pessoas físicas e jurídicas, que teve um crescimento de R$ 176 bilhões 1º trimestre de 2020 em relação a dezembro de 2019 e de R$ 348 bilhões nos 12 meses anteriores. Mas, com  a pandemia, o  Banco Central editou um conjunto de medidas que injetaram R$ 1,2 trilhão no Sistema Financeiro Nacional. Com isto, segundo seu presidente Roberto Campos Neto, se pretendia gerar uma  expansão de R$ 1,160 trilhão no volume de crédito disponível no país – mais de 1/3 do volume total concedido até aquele momento e mais que o dobro do que os bancos alegaram ter fornecido durante a pandemia, que foi de R$ 540 bilhões em empréstimos, considerando-se os empréstimos novos, renovações e postergações de parcelas de antigos. Mas, o setor financeiro, de fato, não contribuiu em nada durante esta crise só lucrando com ela, pois, dirigentes dos grandes bancos, em diversos momentos, afirmaram que o crédito no Brasil não cresceria no mesmo ritmo da demanda e, possivelmente, iria cair em 2020, em função de que o fornecimento de crédito novo deve ceder lugar às renegociações e reestruturações de dívidas de empresas e pessoas físicas em dificuldades. Ou seja, não flexibilizaram nada para ninguém. E dizem claramente  que a crise eleva o risco das operações, exigindo maia rigor dos bancos nas concessões de crédito. No fim deixam claro que nada muda. Ou o governo banca os riscos ou terá que mudar o sistema aumentando a concorrência no setor bancário. Enquanto a situação permanecer a mesma o crédito para pequenos e micros continuará a ser uma ficção. 

AUTOR: SÍLVIO PERSIVO –  COLUNA TEIA DIGITAL

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