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Estamos nos aproximando das eleições municipais – Por Silvio Persivo

Sorria! Estamos vivos, my girl! “O sentido da vida é estar vivo. É tão claro, tão óbvio e tão simples. Mesmo assim todo mundo não para de correr em pânico, como se fosse necessário conseguir alguma coisa além de si próprio” (Alan Watts). 

LIBERDADE ABRE TUAS ASAS SOBRE NÓS 

Numa reunião virtual com empresários o Governo do Estado, na terça-feira (10), foram discutidas estratégias, com destaque à conscientização, a fim de evitar o fechamento do comércio em Rondônia. O modelador de dados Caio Nemeth apresentou projeções numéricas e geoespaciais sobre o avanço da Covid-19 no Estado, que, segundo ele, prevê forçosamente, por meio de matemática de controle, situações que podem originar um colapso. Apesar de ser apontado como um risco ínfimo, orientou, em especial para Porto Velho, ser patente a necessidade de adequação das medidas com o novo cenário. Na opinião dele, e parece endossada por diversas autoridades, a  pandemia da Covid-19 ainda não acabou e o aumento dos casos em Rondônia deve levar a novas medidas de retrocesso. O problema desses modelos é que o que dá certo é mérito (quando não há comprovação de que foram mesmo derivados das medidas tomadas), quando não dá se esquece (e não faltaram modelos com prognósticos catastróficos no começo da pandemia). Falam em conscientizar uma sociedade que passou mais da metade do ano isolada e não consegue mais usar máscaras (um troço antinatural) e ficar em casa. A questão é que quem mais paga o pato é quem tem menos a haver com isto: as empresas e a economia. Ninguém vai resolver os problemas de 38% dos bares e restaurantes que fecharam por causa do isolamento e, agora, quando há alguns sinais de recuperação voltar atrás não é nada salutar. Ainda mais no melhor período de vendas do ano.  A situação de Rondônia, pelo menos, é o que se vê em comparação com os outros estados, é muito boa e a dinâmica nem se assemelha ao passado. Tanto a letalidade está muito baixa, como os novos casos são com as faixas menores de idade que sofrem menos com a doença. Claro que deve-se ter cuidado com o aumento de casos, mas, será que não vão diminuir com o termino do período eleitoral onde se viu reuniões com até trezentas pessoas? Projeções são projeções, mas, os prejuízos da economia são reais. Até quando teremos este vai e vem, que acaba com qualquer tipo de estabilidade econômica? Como economista continuo a ser contra este tipo de medidas. E, muitos especialistas em epidemias-o que não sou-dizem que se trata de ações de faz de conta, pois, somente fazem efeito no começo das epidemias. Risível é se desejar estabelecer horário para bares. O vírus respeita horário? E sob o ponto de vista econômico é inusitado: para quem já tem sua capacidade de atendimento limitada se tiver também o horário limitado, se abrir está condenado a ter prejuízo. É raciocínio de quem não tem negócios e não entende do setor de bares e restaurantes tanto que o único representante deles na reunião chiou feio. Na Itália, com todos os problemas que tiveram por lá, agora, quando querem voltar a fechar, começou uma verdadeira rebelião com o povo nas ruas jogando as máscaras para o ar e gritando por liberdade. É fácil para quem não vive de seu negócio fechar o negócio alheio, mas, para quem sobrevive, tem renda derivada de seu restaurante, de seu bar, manter as portas abertas é essencial. Não poder ter renda é cerceamento de sua liberdade, de sua renda e o desemprego de, para dizer pouco, centena de pessoas. 

ESTAMOS NOS APROXIMANDO DA ELEIÇÃO MUNICIPAL 

Será no próximo domingo, dia 15 de novembro, a eleição municipal. No Brasil se estima que serão 148 milhões de eleitores escolhendo prefeitos e vereadores, na urna eletrônica. O  primeiro voto será em um candidato ao cargo de vereador. Depois o do cargo de prefeito. Os candidatos a vereador são identificados por um número de cinco dígitos. Já os candidatos ao cargo de prefeito são registrados na urna com dois dígitos. O  Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou que existem 19.342 candidatos a prefeito, 19.711 concorrentes ao cargo de vice-prefeito e 518.308 pessoas disputando uma vaga de vereador. Só  não haverá pleito no Distrito Federal e em Fernando de Noronha.

A DESPESA COM SERVIDORES NÃO É FONTE DE PROBLEMAS

Muitas discussões importantes da política brasileira são feitas na base da paixão-o que inclui até mesmo instituições que deveriam ter um comportamento técnico em muitas das questões. Uma delas, sem dúvida, é a do serviço público, um assunto que foi tema do virtual organizado pela Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público. Durante sua realização se mostrou que as despesas com servidores públicos ativos e inativos  no Brasil, que alcançam 13,4% do PIB, não é muito elevada, como se costuma acentuar, pois, a média da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 9,9% do PIB, porém, aqui é o dado que não se considera,  os países da OCDE não incluem as despesas com aposentados. Em suma: a imputação contábil do déficit previdenciário infla os gastos com pessoal e, na verdade,  o gasto com servidores ativos no Brasil não difere da média da OCDE.  explica o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado. Aliás, a bem da verdade, os melhores salários são mesmo do pessoal que aparelha o estado, ou seja, os cargos de comissão, de livre nomeação, que se estima sejam por volta de 100 mil no país. Com muita razão o professor de Economia da UFMG Frederico Jayme Jr disse que o gasto público pode ser promotor de crescimento econômico e que isto não vem sendo levado em conta. E ressaltou que o servidor público estável tem um papel importante. Não se leva em conta também o fato de que o imposto de renda e a previdência, afora outros tipos de descontos, cortam os salários dos servidores em quase 40% e que, na pandemia, o consumo do funcionalismo foi tão, ou mais importante, do que o do auxílio emergencial. Enfim, a realidade é que há uma visão distorcida do funcionário público na medida em que as distorções que existem são, na sua grande maioria, de origem política e não por ação dos servidores. Isto não quer dizer que não se precise ter uma política melhor, mas, para fortalecer o servidor de carreira e não, o que vem sendo feito por seguidos governos, dilapidar as carreiras públicas. Bons servidores públicos, um serviço público eficiente é sintoma de desenvolvimento. 

AUTOR: SILVIO PERSIVO –  COLUNA TEIA DIGITAL

  • A opinião dos colaboradores colunistas não reflete necessariamente a opinião da Folha Rondoniense

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