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Demissões são bem maiores do que o governo federal estima – Por Sílvio Persivo

Correr atrás tem os seus limites. “A verdade é um fantasma que há que perseguir cada vez mais longe… mas para agir é preciso parar” (Henri Poincaré). 

A GANGORRA DO COMÉRCIO 

Não deu tempo nem de comemorar. Depois de permitir a reabertura de uma parte do comércio em Porto Velho, na última segunda-feira (27), o prefeito Hildon Chaves, revogou a sua própria determinação e fechou novamente os pontos comerciais por conta da pandemia de covid-19. Segundo os bastidores por conta de pressões do Ministério Público, mas, oficialmente esta não foi a versão apresentada, inclusive porque o Decreto nº 16.652, de 28 de abril, apenas suspende o ato anterior sem justificativas. Não oficialmente, porém, setores da Prefeitura alegam que para manter o comércio aberto em Porto Velho se exigia de Chaves 100 leitos de hospital disponíveis, o que seria praticamente impossível para o Município atender. Outra fofoca interna é a de que a aglomeração de pessoas na Caixa Econômica, sem nenhum cuidado, para obter o auxílio emergencial e o aumento do número de casos teria levado o prefeito a tomar a atitude. De qualquer forma, a insatisfação dos empresários com a decisão é enorme. Principalmente, quando sabem, pelos relatórios em circulação, que a queda da arrecadação do Estado e dos Municípios é sem precedentes. Não entendem como as autoridades podem fechar o comércio, atentando, especificamente, apenas para a saúde, quando sabem que faltará dinheiro, já no próximo mês, para a folha dos funcionários. De qualquer forma, com a revogação do penúltimo decreto, volta a ser tudo como antes na casa de Abrantes e estão em vigor, na capital, o estado de Calamidade Pública, as regras de quarentena e isolamento social. 

“A CRISE É UMA CRISE HUMANA”AFIRMA ONU 

A crise de saúde provocada pela Covid-19, que causou uma recessão sem precedentes, com alta privação de alimentos e desemprego, é uma crise humana sem precedentes que atinge os mais pobres, principalmente mulheres e crianças. Com o documento “Diretrizes das Nações Unidas para a resposta socioeconômica imediata à Covid-19: responsabilidade compartilhada, solidariedade global e ação urgente para as pessoas necessitadas” o órgão multilateral cria novas diretrizes, uma espécie de roteiro para apoiar o caminho dos países para a recuperação social e econômica, para garantir que as pessoas em todos os lugares tenham acesso a serviços essenciais e proteção social. Para o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, “Esta não é apenas uma crise de saúde, mas uma crise humana; uma crise de emprego; uma crise humanitária e uma crise de desenvolvimento. E não é apenas sobre os mais vulneráveis. Esta pandemia mostra que estamos todos em risco, porque somos tão fortes quanto o sistema de saúde mais fraco. Sua escala sem precedentes exige uma resposta sem precedentes”, disse.  E completou “Tudo o que fizermos durante e após a crise deve estar focado na construção de economias e sociedades mais igualitárias, inclusivas e sustentáveis, mais resilientes diante de pandemias, mudanças climáticas e muitos outros desafios globais que enfrentamos”. 

AUMENTA O ACESSO DOMICILIAR DE INTERNET EM RONDÔNIA

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua -Tecnologia da Informação e Comunicação (PNAD Contínua TIC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que, entre 2016 e 2018, os domicílios com acesso à internet aumentaram em 13,4% em Rondônia, passando de 62,3% para 75,7%. No Brasil, 79,1% dos domicílios possuem acesso à internet.  A pesquisa também apontou que mais pessoas usam a internet. Em 2018, 73,4% dos rondonienses utilizavam o serviço, taxa quase 15% maior que a registrada em 2016. Além disto, caiu, de forma significativa, a proporção de pessoas que não usavam internet ou telefone celular por falta dos serviços. Em relação à internet, em 2016, 15,3% dos rondonienses não acessavam o serviço por esta razão. Já em 2018, esta taxa foi de 4,3%, índice parecido com o registrado no país (4,5%).  Sobre uso de telefonia móvel, as taxas passaram de 13,7% para 2,8%. Outro dado relevante demonstrado na PNAD Contínua TIC é sobre o uso de computador ou tablet para acesso à internet. Em 2016, estes equipamentos eram utilizados em 46,8% dos domicílios de Rondônia, passando para 38,5% dois anos depois. A queda da taxa brasileira foi de 10%. O analista do IBGE, Jorge Elarrat, disse que “A pesquisa mostrou que na área da televisão, por ser um serviço mais antigo, mais estável, as mudanças que ocorreram foram pequenas. Percebe-se na parte de internet uma mudança muito forte no Brasil, acompanhada por Rondônia de maneira bastante significativa”. A nota é proveniente de Amabile Casarin, analista censitária e  jornalista responsável pela divulgação do IBGE. 

DEMISSÕES SÃO BEM MAIORES DO QUE O GOVERNO FEDERAL ESTIMA

Segundo divulgado pelo Ministério da Economia houve um acréscimo de mais 150 mil desempregados no país, na comparação dos 45 dias que compreendem o começo de março e o fim da primeira quinzena de abril deste ano, com o mesmo período de 2019. O governo atribui a alta à crise do Covid-19, mas, afirma que esperava números piores. No entanto, numa análise superficial, me parece que há uma subestimação dos número de desempregados. Isto, ao meu ver, se dá porque a estimativa é feita em cima dos pedidos de seguro-desemprego. Há, porém, nos pedidos, uma demanda reprimida de pessoas que não conseguiram solicitar o benefício por causa das restrições do atendimento presencial. Em março, foram feitos 536.845 requerimentos de seguro-desemprego, uma redução de 3,5% frente ao mesmo mês de 2019 (556.226). Na primeira quinzena de abril, foram 267.693 solicitações, 13,8% a menos do que o apurado 12 meses atrás (310.509). Contudo, existem muitas pessoas que estão ainda cumprindo aviso prévio e/ou tiveram férias e, quando retornarem, serão dispensados. Não é possível crer nos números acima, em especial, por causa do fechamento de bares e restaurantes. De acordo com  o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, os números de desemprego apresentados na última terça (28) são “positivos” e “pequenos”. Bianco acrescenta que os trabalhadores desempregados estão guarnecidos pelo seguro-desemprego “nesse momento de incertezas na economia”, decorrentes da crise do Covid-19. Nota feita com informações da Agência Brasil. 

AUTOR: SILVIO PERSIVO –  COLUNA TEIA DIGITAL

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