Resenha Politica

Secretário da Sesau Fernando Máximo não fez um planejamento adequado para que fosse evitado um número tão alto de profissionais de saúde doentes em Rondônia – Por Róbson Oliveira

ROLETA RUSSA

A decisão de prefeitos e governadores de flexibilizar o isolamento na maioria das cidades do país pode custar ainda à população em geral muita tristeza, em particular aos mais pobres. Os números de infectados aumentam exponencialmente desde a retomada, mesmo paulatinamente. Os percentuais de mortes também seguem a mesma curva ascendente.

 

PRESSÃO

Embora haja uma pressão para a reabertura das atividades comerciais, nossas autoridades, com os dados científicos que dispõem deveriam aguardar mais um pouco antes de flexibilizar. É inerente às atividades políticas a pressão e mandatário incapaz de aguentar é incapaz igualmente de liderar. Nada for feito, Rondônia, especialmente a capital, pode repetir a mesma tragédia manauara.

 

LERO LERO

A quantidade absurda de profissionais da saúde de Rondônia contaminados pelo coronavírus revela que a nossa principal autoridade sanitária, Dr. Fernando Máximo, não fez um planejamento adequado para que fosse evitado um número tão alto de profissionais doentes. Há também muitas críticas em razão da falta de EPIs, equipamentos obrigatórios destinados a proteger os profissionais que estão no front atendendo à população. Nas entrevistas Máximo articula bem o verbo, mas suas palavras não passam de um lero lero sem um resultado prático.

 

SHOPPING

A informação de que shoppings de Porto Velho poderão reabrir ao público a partir da próxima semana é uma temeridade (para não dizer irresponsabilidade) sem que as autoridades sanitárias exponham publicamente qual argumento técnico-sanitário que fundamenta a decisão. A rede hospitalar estadual, especialmente da capital, é uma tragédia. Nos últimos anos há constatação de enfermos jogados pelo chão da unidade hospitalar do João Paulo, falta de profissionais no CEMETRON e nas UPAs. Liberar atividades que propiciam aglomerações no momento em que os números de infectados aumentam é invocar o caos.

 

EXEMPLO

Em Blumenau, Santa Catarina, houve um aumento enorme de casos de Covid 19, após o governo editar um decreto autorizando a abertura de shoppings. Existe uma cena que as televisões mostraram com centenas de pessoas entrando num shopping, após a flexibilização do isolamento social. Era previsível, agora o prefeito foi obrigado a tomar medidas mais duras para tentar minimizar os estragos.

 

COINCIDÊNCIA

“A vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida”, a frase, embalou, em 14 de julho de 1992, a estreia da minissérie “Anos Rebelde”, em plena ebulição política com o governo do presidente Fernando Collor de Melo mergulhado em uma crise política que culminou com o seu impeachment. A minissérie fez um sucesso estrondoso ao retratar a luta de jovens contra a Ditadura Militar e estimulou os jovens no dia 7 de setembro daquele ano a tomar as ruas para pedir a deposição do presidente.

 

COINCIDÊNCIA

Hoje, na mesma emissora, estreia a minissérie “Aruanda”. Com o país mergulhado em mais uma crise política, dividido entre esquerda e direita, e com duas dezenas de pedido de impeachment, a trama é protagonizada por jovens e belas atrizes e trata sobre ativistas que enfrentam destruidores da Floresta Amazônica. É um tema que tem provocado irritação ao governo de Jair Bolsonaro que, ao contrário das administrações anteriores, defende abertamente a utilização do solo da Amazônia para pecuária e agronegócio e demoniza os ambientalistas. Aruanda, em meio a uma pandemia, e à crise política, tem combustão suficiente para turbinar protestos com o fez “Anos Rebelde”.

 

TRAGÉDIA

Os fatos atuais também coincidem com os passados: a denúncia que culminou com o impeachment de Collor foi feita pelo irmão Pedro, portanto, fogo amigo. A crise que assola o governo do capitão Bolsonaro foi aprofundada por denúncias feitas pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Fernando Moro, alguém que dias atrás era a referência moral dos bolsonaristas. Os dois fatos revelam a tragédia que tem transformado a atividade política do país em caso de polícia.

 

EPÍLOGO

Ainda é muito cedo para prever se o final do atual governo será igual àquele que afundou o presidente eleito com fama de caçador de marajá, embora os dois exemplos familiares estão no epicentro do tsunami. Uma coisa é certa: “a vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida”, conforme profetizou Oscar Wilde.

 

CURIOSO

É no mínimo curioso constatar os bolsonaristas utilizarem as redes sociais para atacar o ex-juiz e ministro Sérgio Moro. Exatamente o algoz dos petistas que decretou o isolamento carcerário das principais lideranças do PT, em particular Lula. É cômico verificar que os ataques condenam visceralmente a conduta do ex-ministro por delatar em horário nobre do JN o presidente Bolsonaro, além de exigirem provas. Esquecem que os petistas atacavam o ex-juiz com os mesmos argumentos de falta de provas para condenar Lula e por favorecer a poderosa Globo com vazamentos de áudios tecnicamente sigilosos. Uma curiosidade que desnuda a parvulez desses soldados das guerras virtuais.

OBRIGAÇÃO
Embora o governador Marcos Rocha tenha saído do isolamento em que se meteu desde que assumiu a administração estadual para rechaçar qualquer malfeito em sua administração relativo a compras sem licitação visando o combate do covid 19, os órgãos de fiscalização estão no encalço averiguando as denúncias feitas pelos deputados estaduais. Rocha culpou a imprensa que, na sua opinião, inventa fake news para desgastar o governo. Não é o primeiro, nem será o último, que ao invés de explicar as supostas denúncias ataca quem cobra explicações. É uma obrigação prestar esclarecimentos quando instado a fazê-lo, conforme a legislação que trata da transparência pública.
AUTOR: RÓBSON OLIVEIRA –  COLUNA RESENHA POLITICA

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Marcio Martins martins

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