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Vaccari, Duque e mais 25 viram réus por formação de quadrilha e lavagem

A Justiça Federal aceitou nesta segunda-feira a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, contra o ex-diretor de Serviços e Engenharia da Petrobras Renato Duque, e de outras 25 pessoas, sob a acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A partir de agora, os 27 denunciados passam à condição de réus.

A denúncia do MPF foi apresentada na última segunda-feira (16), no mesmo dia em que foi deflagrada a 10ª fase da Operação Lava-Jato, quando Renato Duque foi preso pela segunda vez, após ter sido flagrado transferindo da Suíça para o Principado de Mônaco quantias superiores a 20 milhões de euros.

O doleiro Alberto Youssef, apontado como o líder do esquema de corrupção, desvio e lavagem de dinheiro na Petrobras, o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e o engenheiro Pedro José Barusco Filho, que era gerente-executivo de Serviços e Engenharia, também foram denunciados.

Para os procuradores, João Vaccari Neto participou de reuniões com Renato Duque, nas quais eram acertados os valores que seriam transferidos ao PT por meio de doações legais. Segundo o MPF, foram feitas 24 doações de R$ 4,26 milhões.

Ao abrir a ação penal, o juiz Sérgio Moro informou que “há prova documental do repasse de parte da propina em doações eleitorais registradas ao Partido dos Trabalhadores, o que teria sido feito por solicitação de Duque e de Vaccari”.

Segundo Moro, a comprovação de doações legais não encobre a origem ilícita de recursos. “A realização de doações eleitorais, ainda que registradas, com recursos provenientes de crime, configura, em tese, crime de lavagem de dinheiro. Além disso, se, como afirma o MPF, as doações foram acertadas como parte da propina dirigida a Diretoria de Serviços, há igualmente participação de João Vaccari no crime de corrupção passiva”, ressaltou o juiz.

A defesa de Vaccari afirma que o tesoureiro não participou de nenhum esquema para arrecadação de propina para o partido. Os advogados acrescentam que as doações solicitadas por Vaccari foram legais e feitas de forma transparente.

Entre os denunciados, 15 são empreiteiros, cinco são operadores, quatro são ligados aos operadores, dois ex-diretores da Petrobras e um ex-gerente. A denúncia envolve desvios de recursos da Petrobras em quatro obras: Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), Refinaria de Paulínia (Replan), Gasoduto Pilar/Ipojuca e Gasoduto Urucu Coari. As empresas responsáveis por estas obras são OAS, Mendes Júnior e Setal.

Confira os 27 réus:

1) Adir Assad;

2) Agenor Franklin Magalhães Medeiros;

3) Alberto Elísio Vilaça Gomes;

4) Alberto Youssef;

5) Ângelo Alves Mendes;

6) Augusto Ribeiro de Mendonça Neto;

7) Dario Teixeira Alves Júnior;

8) Francisco Claudio Santos Perdigão;

9) João Vaccari Neto;

10) José Aldemário Pinheiro Filho (vulgo Léo Pinheiro);

11) José Américo Diniz;

12) José Humberto Cruvinel Resende;

13) Julio Gerin e Almeida Camargo;

14) Lucélio Roberto Von Lehsten Goes (Lucélio Roberto Matosinhos);

15) Luiz Ricardo Sampaio de Almeida;

16) Mario Frederico Mendonça Goes;

17) Marcus Vinicius Holanda Teixeira;

18) Mateus Coutinho de Sá Oliveira;

19) Paulo Roberto Costa;

20) Pedro José Barusco Filho;

21) Renato de Souza Duque;

22) Renato Vinicios; de Siqueira;

23) Rogério Cunha de Oliveira;

24) Sergio Cunha Mendes;

25) Sonia Mariza Branco;

26) Vicente Ribeiro de Carvalho;

27) Waldomiro de Oliveira.

 

Fonte: Jornal do Brasil

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Gomes Oliveira

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