Policial

Militares vão agir para conter quadrilhas no Arco Metropolitano

Agentes trabalham com dados fornecidos por empresários e pela Secretaria de Segurança

 RIO – Na última quinta-feira, um dia antes do anúncio do reforço das Forças Armadas na segurança do Rio, militares do Serviço Reservado da 9ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército, em Realengo, entraram em contato com representantes do Sindicato das Empresas do Transporte Rodoviário de Cargas e Logística do Rio (Sindicarga) e da Secretaria de Segurança. O objetivo era coletar informações sobre a atuação de quadrilhas de roubos de carga no Arco Metropolitano. Agora, os militares têm em mãos dossiês sobre os três principais grupos que atuam na via — dois na Baixada Fluminense e um terceiro, em São Gonçalo —, com dados sobre integrantes de cada bando, horários e locais onde a maior parte dos crimes acontece e rotas de fuga. O próximo passo é montar, além de bloqueios e operações ostensivas, ações para prender integrantes das quadrilhas.Nos primeiros dois dias da operação dos militares — sexta-feira e sábado — 30 roubos de carga foram registrados no estado, sendo que seis deles em delegacias que abrangem a área da via. Os dados repassados aos agentes revelam que as áreas mais críticas da via são as que passam pelos municípios de Seropédica e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e São Gonçalo. As quadrilhas são formadas por bandidos que integram o tráfico de drogas dos Complexos da Pedreira e do Chapadão, na Zona Norte do Rio, do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, e da favela do Guandu, em Japeri.

As quadrilhas agem, na maior parte dos casos, no período da manhã, entre 8h e 9h. Após renderem os motoristas, os caminhões são levados para as favelas, onde são esvaziados. As principais rotas de fuga dos grupos são a Avenida Brasil, para onde são escoadas as cargas roubadas por bandidos da Pedreira e do Chapadão, e a Niterói-Manilha, usada por traficantes do Complexo do Salgueiro. Só em 2016, os roubos de carga no Rio trouxeram um prejuízo de R$ 619 milhões para empresas, segundo levantamento da Firjan. No ano passado todo, foram registrados 9.870 casos, um recorde desde que esta estatística começou a ser feita há 24 anos.

Outra medida para diminuir roubos de cargas na Região Metropolitana, anunciada por agentes da Secretaria de Segurança em reunião com empresários do setor de cargas na semana passada, serão cercos a favelas, com o objetivo de bloquear a chegada de cargas roubadas. As comunidades escolhidas, com base em dados de inteligência, foram os Complexos do Chapadão, da Pedreira e do Lins — os três na Zona Norte — e do Salgueiro, em São Gonçalo. Os cercos vão ter participação de agentes das Forças Armadas e policiais militares, Também foram anunciados comboios de duas viaturas, que atuarão nas vias expressas da Região Metropolitana, fazendo patrulhamento móvel.

Fonte: O Globo

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