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Odebrecht diz que Sérgio Cabral recebeu propina de obras do metrô e da reforma do Maracanã

Ex-governador do RJ teria como regra cobrar 5% do valor dos contratos com a empreiteira

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) teria recebido propina da empreiteira Odebrecht com dinheiro ilegal desviado de contratos para as obras para a Copa do Mundo de 2014, como as melhorias do metrô da capital fluminense e as benfeitorias no estádio do Maracanã.

A Odebrecht atuou na linha 4 do metrô e na reforma do estádio que recebeu a final do Mundial de 2014. As informações são da Folha de S.Paulo desta 13487917_10205171901177156_1205510175_nquarta-feira (22).

O ex-diretor-presidente da construtora Benedicto Barbosa da Silva Júnior, preso em fevereiro deste ano por supostamente fazer parte do esquema de corrupção na Petrobras, detalhou o que chamou de “contribuição” a Cabral.

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Silva Júnior era funcionário da Odebrecht há 30 anos e apareceu em mensagens de celular trocadas com ex-presidente do conglomerado, Marcelo Odebrecht — preso faz mais de um ano. Era Silva Júnior, segundo a força-tarefa da Lava Jato, que fazia os acordos com políticos em nome da empreiteira.

A praxe, segundo as investigações, era Cabral cobrar 5% do valor dos contratos com a empreiteira como propina. Em razão das obras na linha 4 do metrô do Rio de Janeiro, Cabral teria recebido R$ 2,5 milhões.

Quanto à reforma do Maracanã, não existe uma estimativa de quanto teria sido pago em propina ao ex-governador, mas custou mais de R$ 1,2 bilhão após ter seu orçamento inicial baseado em R$ 720 milhões.

As afirmações do ex-executivo da Odebrecht vão ao encontro das delações premiadas de dois ex-dirigentes da empreiteira Andrade Gutierrez.

Rogério Nora de Sá e Clóvis Peixoto Primo informaram que Cabral teria pedido 5% do valor do contrato para autorizar a entrada da empresa no consórcio que reformaria o Maracanã.

Defesa

Por meio de nota ao jornal paulista, Sérgio Cabral admitiu que mantia contato com o ex-executivo da Odebrecht, mas se tratava apenas de “relações institucionais”. Disse também que vê com “indignação e repúdio” a ligação do seu nome com “qualquer ilicitude”.

O ex-governador afirmou ainda que “jamais fez a ele [Benedicto Barbosa da Silva Júnior] qualquer pedido de contribuição ilegal”.

Cabral encerra o comunicado dizendo que sua administração teve como foco “a autonomia dos secretários nas suas respectivas pastas, assim como nos órgãos, autarquias, empresas e institutos subordinados às secretarias”.

A empreiteira Odebrecht não pronunciou sobre o caso.

Fonte: R7

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