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Tóquio nega pedido de liberdade sob fiança para Carlos Ghosn

Carlos Ghosn, chairman and CEO of the Renault-Nissan-Mitsubishi Alliance, attends a press conference on the second press day of the Paris auto show, in Paris, France, October 3, 2018. REUTERS/Regis Duvignau

Desde que foi preso, em 19 de novembro, ex-presidente da Nissan aguarda julgamento que ainda pode demorar seis meses para começar

O Tribunal Distrital de Tóquio negou nesta terça-feira (15) o pedido do ex-presidente do conselho de administração da Nissan Carlos Ghosn para ser solto mediante pagamento de fiança, depois que o executivo foi indiciado em duas novas acusações, incluindo por agravada violação de confiança.

Desde que foi preso em 19 de novembro, Ghosn está aguardando um julgamento que ainda pode demorar seis meses para começar.

Na semana passada, Ghosn foi indiciado por agravada violação de confiança por transferir temporariamente perdas pessoais com investimentos para a Nissan em 2008 e por ocultar parte sua renda durante três anos até março de 2018. Ele nega todas as acusações.

No Japão, é raro que réus que negam as acusações tenham direito a fiança antes do julgamento.

A prisão do antes respeitado executivo, que organizou a recuperação financeira da Nissan duas décadas atrás, chocou a indústria automobilística e abalou a aliança da Nissan com a Mitsubishi Motors e com a francesa Renault.

Depois da prisão Ghosn foi removido dos conselhos de administração da Nissan e da Mitsubishi, mas permanece sendo presidente executivo e do conselho da Renault.

O governo francês, maior acionista da Renault, apoiará a decisão da companhia de manter Ghosn no comando a não ser que fique claro que ele se tornou “cronicamente incapacitado” pela investigação japonesa, disseram autoridades na segunda-feira.

“Importantes desdobramentos” sobre a questão devem acontecer nesta terça-feira, disse autoridade francesa.

O caso também tem colocado o sistema penal japonês sob análise internacional e desencadeado críticas por algumas de suas práticas, como manter suspeitos detidos por longos períodos de tempo e impedir que advogados de defesa estejam presentes durante interrogatórios, que podem durar até oito horas por dia.

FONTE: REUTERS

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Marcio Martins martins

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