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Theresa May pede permissão à rainha para tentar formar governo

Mesmo sob pressão para renunciar, primeira-ministra britânica sinaliza que ficará no cargo

 LONDRES – A líder conservadora britânica Theresa May tentará formar um governo, declarou nesta sexta-feira o seu porta-voz, rejeitando implicitamente os apelos a sua renúncia, depois de perder a maioria absoluta no Parlamento. Às 12h30 (8h30 de Brasília), May cumpriu a formalidade de ir ao palácio de Buckingham e pedir a permissão da rainha para formar um Executivo. A premier indicou que vai tentar negociar uma coalizão com o Partido Unionista Democrático (DUP, na sigla em inglês), da Irlanda do Norte, que obteve dez assentos.Com 318 assentos para os Conservadores (menos 12 cadeiras) e 261 para os Trabalhistas (mais 31 vagas), nenhum partido formou maioria no Parlamento, que está suspenso.

 

O líder trabalhista Jeremy Corbyn — um dos primeiros a pedir a renúncia de May — já disse que está pronto para negociar o Brexit, cujo início das conversas está marcado para 19 de junho. Com o resultado da eleição, no entanto, líderes europeus manifestaram dúvidas quanto ao começo do processo.

— (May) perdeu cadeiras conservadoras, perdeu votos, perdeu apoio e perdeu confiança. Eu digo que isto é o suficiente para partir — declarou Corbyn após ser reeleito na circunscrição de Islington North, no centro de Londres.

Sobre um possível atraso da negociação do Brexit, Corbyn afirmou que o processo terá que “prosseguir porque foi invocado o artigo 50 (da UE, que inicia processo de saída do bloco), o governo em função terá que empreender as negociações do Brexit”.

— Nossa posição é muito clara, queremos um Brexit centrado no emprego, pois o mais importante é o acordo comercial com a Europa.

O líder trabalhista já disse que vai se por na liderança para formar uma minoria no governo, afirmou o porta-voz das finanças do partido, John McDonnell. May sinalizou que usará seu direito como incumbente para realizar a primeira tentativa de formar um governo, mas ainda está claro se ela obterá apoio para o fazer

— Vamos nos colocar na frente para servir ao país e formar um governo de minoria e a razão para isso é que não acho que o Partido Conservador seja estável, não acho que a primeira-ministra é estável. Não quero ser derrogatório, mas acho que ela é uma primeira-ministra pata coxa — disse McDonnell à BBC Radio.

COALIZÕES POUCO PROVÁVEIS

O representante dos trabalhistas disse também que a legenda não faria acordo de coalizão com nenhum outro partido.

A líder do Partido Nacional Escocês, Nicola Sturgeon, disse que vai trabalhar para forjar uma aliança para manter os conservadores fora do governo. Ela criticou a estratégia deles, afirmando que a abordagem “imprudente” da legenda no processo eleitoral deveria ter sido abandonada:

— Vamos trabalhar com os outros, se for possível, para manter os conservadores fora do governo. Sempre temos dito que trabalharemos em aliança com os outros pela promoção de políticas progressivas para construir um pais mais justo — defendeu.

O líder do Partido Liberal Democrata, Tim Farron, também adotou uma posição exclusiva, ao afirmar que a legenda não formará coalizão com May:

— Se Theresa May, ou qualquer outro conservador, abordar os liberal-democratas e nos pedir apoio para cumprir a agende deles, deixo minha posição clara: sem acordo é melhor do que um mau acordo — decretou.

Fonte: O Globo

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Gomes Oliveira

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