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Russos são indiciados por interferência na eleição dos EUA

Agência de Pesquisa de Internet da Rússia possuía objetivo de semear discórdia no sistema político americano, segundo acusação

Uma agência de internet da Rússia e mais de uma dúzia de russos interferiram na campanha eleitoral dos Estados Unidos de 2016 em um esforço diversificado para apoiar Donald Trump e denegrir a rival Hillary Clinton, disse nesta sexta-feira o procurador especial dos Estados Unidos em uma acusação formal.

As acusações do gabinte de Robert Mueller descreveram uma conspiração que começou em 2014 para perturbar a eleição dos EUA por pessoas que adotaram personas online falsas para propagar mensagens que causassem discórdia; viajaram aos Estados Unidos para coletar inteligência; e realizaram comícios políticos enquanto se fingindo de norte-americanos.

A Agência de Pesquisa de Internet da Rússia “possuía um objetivo estratégico de semear discórdia no sistema político dos EUA, incluindo na eleição presidencial dos EUA de 2016”, afirma a acusação.

O vice-secretário de Justiça dos EUA, Rod Rosenstein, disse a repórteres ao anunciar as acusações que a investigação não foi finalizada.

“Réus publicaram informações depreciativas sobre diversos candidatos, e, no início de meados de 2016, as operações dos réus incluíam apoio à campanha presidencial do então candidato Donald J. Trump … e desprezo a Hillary Clinton”, informou o documento judicial.

A acusação ecoa amplamente conclusões de uma avaliação em janeiro de 2017 da inteligência dos EUA, que indicou que a Rússia havia interferido na eleição, e que seus objetivos eventualmente incluíram auxiliar Trump. Em novembro de 2016, o candidato republicano teve uma vitória surpresa no colégio eleitoral sobre a candidata do partido democrata, Hillary Clinton, que venceu nos votos populares.

Um porta-voz do Kremlin disse ainda não estar familiarizado com a acusação dos EUA.

Trump nunca aceitou inequivocamente o relatório da inteligência e denunciou como uma “caça às bruxas” a investigação de Mueller sobre se sua campanha conspirou com o Kremlin.

O presidente Trump foi informado sobre a acusação anunciada nesta sexta-feira, disse a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.

Alguns dos acusados, se passando por norte-americanos, se comunicaram com indivíduos sem conhecimento associados à campanha de Trump, segundo a acusação. No ano passado, dois ex-assessores da campanha de Trump se declararam culpados por terem mentido ao FBI – acusações feitas pelo escritório de Mueller.

A acusação dos russos, juntamente à revelação do FBI de que falhou em lidar com uma denúncia sobre o autor do ataque a uma escola na Flórida, foram golpes para a Casa Branca, ainda se recuperando dos efeitos de um escândalo envolvendo um ex-assessor acusado de abuso doméstico de duas ex-mulheres.

Trump, que havia esperado focar a semana inteira em sua proposta de infraestrutura, foi isolado no Salão Oval conforme repórteres chegavam, e sua equipe de comunicações foi lenta em responder a crescente lista de perguntas.

Rosenstein disse em entrevista coletiva que “a acusação alega que conspiradores russos querem promover discórdia nos Estados Unidos e prejudicar confiança pública na democracia. Nós não podemos deixá-los ter sucesso”.

Parece provável que a acusação fornecerá munição para democratas e outros que pedem uma contínua investigação agressiva sobre interferência eleitoral.

A acusação cita a Agência de Pesquisa de Internet, sediada em São Petersburgo, na Rússia, 13 cidadãos russos e duas outras companhias.

FONTE: REUTERS

 

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Gomes Oliveira

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