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EUA ameaçam Irã com mais sanções por enriquecimento de urânio

Secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo diz que seu país pode punir novamente o Irã por continuar a enriquecer urânio acima de limite

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, ameaçou o Irã neste domingo (7) com mais sanções depois que o país asiático começou a enriquecer urânio com pureza superior a 3,67%, o que representa uma violação do acordo nuclear de 2015.

Em mensagem no Twitter, Pompeo afirmou que “a última expansão do programa nuclear do Irã resultará em mais isolamento e mais sanções”.

“As nações devem restaurar o padrão mantido durante um longo tempo que determinava que o Irã não podia enriquecer (urânio) dentro de seu programa nuclear. O regime do Irã, armado com armas nucleares, representaria um perigo ainda maior para o mundo”, frisou Pompeo.

O Irã começou a enriquecer urânio neste domingo com uma pureza superior a 3,67%, ao expirar o ultimato de 60 dias que as autoridades de Teerã tinham dado aos signatários europeus do acordo para compensar o impacto da retirada unilateral dos Estados Unidos.

O Irã e o G5+1 (França, Reino Unido, Alemanha, China, Rússia e EUA) chegaram a um acordo histórico em 2015 pelo qual Teerã se comprometia a limitar seu programa nuclear em troca de benefícios econômicos e do levantamento das sanções por parte de Washington.

Em maio de 2018, o presidente americano Donald Trump retirou seu país do pacto e, como resultado, voltou a impor sobre o país asiático todas as sanções que tinham sido retiradas.

Diante disso, os europeus se comprometeram a garantir os benefícios econômicos do acordo para o Irã e tentaram criar um mecanismo chamado “Apoio à troca comercial”, destinado a contornar as sanções de Washington para facilitar o comércio com Teerã.

O Irã, por sua vez, acredita que esse mecanismo é positivo, mas insuficiente.

Por isso, em maio, quando completou um ano da saída dos EUA do acordo, o presidente iraniano Hassan Rohani deu um ultimato de 60 dias aos outros países signatários — Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha — ao adverti-los que o Irã deixaria de respeitar o pacto se não houvesse garantias em relação aos benefícios econômicos.

Nesta semana, o Irã cumpriu suas ameaças e violou o pacto nuclear pela primeira vez ao exceder por uma pequena quantidade suas reservas de urânio enriquecido.

Agora, o Irã começou a superar o nível de urânio enriquecido, cujo máximo foi estipulado em 3,67% no pacto nuclear.

Apesar das violações, o Irã ainda está muito longe de desenvolver uma bomba atômica, já que, como resultado do acordo, exportou 98% de suas reservas de urânio enriquecido e inutilizou o reator de água pesada de Arak, que seria chave para o desenvolvimento de armamento nuclear.

 

FONTE: EFE

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Gomes

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