De acordo com os dados informados pela própria Avianca para a Anac, a companhia aérea tem 8.646 voos programados até o fim do ano. Em média, são 39 por dia.
Quarta maior companhia aérea do país, a Avianca Brasil entrou em recuperação judicial em dezembro do ano passado. De lá para cá, a empresa já cancelou milhares de voos, além de suspender a operação em diversos aeroportos. Reduzida, só concentra suas atividades em Congonhas, Santos Dumont, Brasília e Salvador.
Na sexta, pilotos e comissários da empresa fizeram uma greve nos aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Os funcionários da empresa alegam que não estão recebendo salários e nem o depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Um leilão com parte dos ativos da Avianca Brasil estava marcado para 7 de maio, mas foi suspenso por determinação da Justiça. A empresa recorreu da decisão. Azul, Gol e Latam já manifestaram interesse e estavam credenciadas para a disputa. Elas cobiçam, sobretudo, os slots (autorizações de pouso e decolagem).
Em abril, os credores da Avianca Brasil aprovaram o plano de recuperação judicial da companhia. Se ainda for adiante, a proposta prevê a divisão da companhia em sete unidades produtivas isoladas (UPIs).
A Azul chegou a fazer duas propostas pelos ativos da Avianca Brasil. Em março, ofereceu US$ 105 milhões para comprar parte das operações da companhia, mas em abril anunciou a desistência, acusando Gol e Latam de agirem para evitar a concorrência da ponte aérea São Paulo-Rio de Janeiro, a mais cobiçada do país.
Na última proposta, apresentada neste mês, a companhia pediu a realização de um novo processo competitivo com a proposta de uma nova UPI pelo valor mínimo de US$ 145 milhões.
A Avianca Brasil se posicionou contra nova proposta de compra feita pela Azul.
FONTE: G1.COM