Em Linhas Gerais

O ano termina e o governo de Rondônia continua parecendo uma assombração – Por Gessi Taborda

FILOSOFANDO

“Não importa do que você tenha certeza, tenha certeza de uma coisa: você é igualzinho a um bando de gente”. James Russell Lowell, poeta, crítico, diplomata, editor e ensaísta americano, falecido em 12 de agosto de 1891.

EDITORIALZIM

O governador rondoniense do cel. Marcos Rocha completará 12 meses de mandato no final do ano em curso. Para chegar ao comando do poder do estado, o coronel que durante um período longo foi um serviçal do ex-governador Confúcio (hoje senador) não teria ganho as eleições se não fosse arrastado pela enxurrada bolsonarista e pelas várias promessas que fez ao eleitorado, especialmente no segundo turno da disputa. Pois é, chegamos ao final do ano e o próprio governo já admite que não será possível cumprir as promessas.

O governador chega ao fim do primeiro ano sem projeto definido. É tudo feito na mesma cartilha de seus antecessores, como foi o governo de seu tutor Confúcio, em que quase nada deu certo. Na prática, pela maneira como deixa transcorrer a gestão, o governo do coronel não irá trazer os resultados prometidos em campanha. Nem mesmo a reforma administrativa do Estado foi possível realizar nesses 12 meses iniciais desse governante do PSL que passou boa parte de sua vida como servidor lendo na cartilha confuciana do PMDB de Confúcio Moura.

E não será fácil para esse governador beneficiário da enxurrada de votos do bolsonarismo ficar bem com a maior parte da sociedade rondoniense se não reformular sua estratégia de comunicação com a sociedade e a classe política no novo ano.

Desacostumado a praticar o diálogo com o parlamento e a classe dos formadores da opinião pública, certamente o poder de convencimento do governador rondoniense continuará sendo pífio e inconsequente. Isso não vai mudar com o gasto de somas absurdas numa publicidade canhestra na mídia e nas redes sociais, como vem acontecendo.

A continuar nos próximos anos esse estilo de governo sem coerência com os compromissos de campanha, viveremos mais um governo estadual com aparência de assombração, especialmente pela erosão muito rápida da viga mestra de qualquer governo, que é a credibilidade.

Extremamente mal assessorado no segmento da comunicação política, o governador ainda não se convenceu de que não se conquista apenas com discursos realçando as dificuldades da gestão ou apresentado pedido de urgência para projetos submetidos ao parlamento. Não será dessa maneira que o governante vai conquistar admiração popular ou de parlamentares. Os deputados não aprovarão nada que possa dificultar a reeleição a ser enfrentada 2023.

Talvez o governador termine esse ano resignado com sua performance fraca e decida a não buscar a reeleição. Se pensar assim realmente precisará de um currículo a ser avaliado e considerado.

O governo continua mais perdido que cego em tiroteio. A situação econômico de Rondônia é grave e sem a ajuda do governo federal e apoio dos parlamentares o estado não conseguirá, num curto espaço de tempo, retomar o caminho do desenvolvimento.

Para escapar desse círculo de fracassos o governo teria de provar ser realmente o democrata, tornando-se no ano novo um aficionado pelo diálogo e pelo entendimento amplo, dando prioridade para os servidores que hoje estão desmotivados. Ou o diálogo prospera até com representantes da imprensa – que nem ingressam no Palácio Rio Madeira – fora da fila dos áulicos ou o coronel Marcos Rocha vai engrossar a fila daqueles deixaram o governo e foram se acabar no limbo da política.

VIDA LONGA

A expectativa de vida dos brasileiros aumentou em 3 meses e 4 dias, de 2017 para 2018, alcançando 76,3 anos. Desde 1940, já são 30,8 anos a mais que se espera que a população viva. Os dados são das Tábuas Completas de Mortalidade, divulgadas nesta quinta-feira (28) pelo IBGE.

FÉRIAS

Gessi Taborda criador e editor dessa coluna sai de férias a partir dessa segunda feira, 2 de dezembro. E com isso, a coluna fica mais longe de seus leitores, entrando num recesso por todo esse mês de dezembro. O colunista, juntamente com sua mulher, a dra. Conceição Mesquita Taborda viajarão para um conhecido balneário caribenho de onde podem esticar a temporada até Miami.

SERÁ

A Inter de Milão não vende Gabigol por menos de 153 milhões de reais. Será que o Mengão arriscaria tanto dinheiro para ter o goleador?

DESIGUAIS

No Brasil todos somos desiguais perante a lei. Alguns, inclusive, mais desiguais que outros. Somos desiguais perante a lei, pois a lei se retorce em sua negação de ser direito sem qualquer dever que o sustente. Assim é que a casa das leis as desossam de justiça e as torcem de tão abundantes que nenhum sentido mais possuem. Assim é que a casa dos juízos, data vênia do maior deles, é desprovida dos mesmos, e nada mais fazem do que interpretar sentidos alheios às próprias leis, de sorte a agravar suas penas para julgados inimigos como a de atenuar as mesmas para julgados amigos. Nada como inverter o processo, distorcer o sentido das coisas, prever condenação aos juízes que os condenam, perseguir na persecução penal os mesmos promotores que os perseguem. E aí nesse cenário próprio do teatro do absurdo nossos representantes no Congresso fazem tudo para jogar nas calendas a decisão sobre a prisão após julgamento de segundo instância, com apoio de parlamentares rondonienses.

MELHORAS

Todos os indicadores estão apresentando melhora de forma geral em relação ao ano passado, sobretudo com a queda na taxa básica de juros em 5,5%. Esse movimento pode impulsionar categorias de bens que até então tinham sofrido muito com a crise econômica e restrição de crédito.

SÁBADO

Fui com o meu filho, o dr. Aldrin  Willy, na revenda da Renault na manhã de sábado. Era uma promoção para melhorar o esforço de vendas dos modelos da montadora. Eu não fechei negócio. Meu carro ainda está com baixíssima quilometragem. Fiquei surpreso com a movimentação de gente no local.

Reflexo claro da economia. A queda na taxa básica de juros do País não necessariamente tem refletido uma diminuição nos juros bancários. No entanto, o que se tem observado é um movimento no sentido de estender o número de parcelas, aspecto fundamental para aquecer o consumo de bens duráveis – como por exemplo eletroeletrônicos, eletrodomésticos, automóveis e material de construção. Com certeza houve uma maior aceleração na venda de veículos nessa reta final de no aqui em Porto Velho.

AVANÇAR

Quem não avança fica para trás. Por que não criamos verdadeiramente um Polo Industrial em Rondônia, aqui em Porto Velho. Falamos de Polo Industrial desde quando Jorge Teixeira foi governador do estado e isso nunca se tornou uma realidade de fato. Por que não pensarmos agora na implantação de parques tecnológicos para transferir a empresas aqui já existentes ou a outras que para cá viessem tecnologias fundamentais à cultura da inovação? Afinal, assim como na Física ou na evolução das espécies, tudo está em movimento! Precisamos quebrar os ovos dessa mesmice e entrarmos na era das transformações.

MAIS DE ¼

O município de Porto Velho desenvolve várias ações educativas para ampliar o combate à tuberculose na cidade com o apoio determinante do prefeito. O número de pacientes diagnosticados com essa doença que desistem de continuar o tratamento preocupa pois chega a 26,5%.

Segundo a secretária municipal de saúde, Eliana Pasini, a tuberculose continua a merecer especial atenção dos profissionais de saúde e da sociedade. “O Brasil é um dos 22 países priorizados pela Organização Mundial de Saúde que concentram 80% da carga mundial de Tuberculose”, observou.

Porto Velho apresenta indicadores epidemiológicos que preocupam, pois, o abandono de tratamento é alto. O Ministério da Saúde preconiza uma taxa de cura de 85% e abandono de no máximo 5%. No entanto, em 2018, a cura dos novos casos de tuberculose da forma pulmonar positiva na capital foi de 71,4% e o abandono do tratamento foi de 26,5%.

COM CERTEZA

Acredito que o melhor presidente do Brasil do pós-getulismo foi Itamar Franco, o menos trapalhão de todos. Até agora ainda nos falta um presidente da república capaz de deixar de lado esse negócio de esquerda e direita, seguindo os ditames do centro. Enquanto essas bobagens da esquerda forem utilizadas para derrubar o presidente eleito, o Bolsonaro continuará sendo o candidato mais forte à sua própria sucessão. Seus rivais são muito francos, enquanto Bolsonaro se mostra um especialista em ganhar votos.

AUTOR: GESSI TABORDA –  COLUNA EM LINHAS GERAIS –  JORNALISTA

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