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Dez mil professores voltam às ruas de Curitiba em repúdio à violência policial

Os professores da rede pública estadual do Paraná voltaram às ruas de Curitiba na manhã desta terça-feira em protesto contra a violência policial. Na quarta-feira passada, 213 manifestantes, segundo a prefeitura, ficaram feridos após confronto com a Polícia Militar (PM). Segundo a PM, cerca de dez mil pessoas participam da caminhada que começou na Praça 19 de Dezembro e está prevista para terminar no Centro Cívico.

No início da tarde, está marcada reunião entre representantes do governo e da educação para discutir pautas da categoria. Às 14h30, os professores em assembleia no Estádio da Vila Capanema vão definir o rumo da paralisação que completa onze dias.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), o governo estadual depositou, na segunda-feira, através de folha complementar, os adicionais atrasados (quinquênios) desde janeiro e o terço de férias devido a parte dos educadores. Segundo nota da Secretaria de Estado da Educação (Seed), o governo desembolsou R$ 6,7 milhões para saldar os débitos.

Cerca de um milhão de alunos estão sem aula no estado. A Justiça chegou a determinar o retorno imediato dos professores às salas de aula, mas APP-Sindicato entrou com recurso e derrubou a decisão.

Na segunda-feira da semana passada, os professores da rede pública do Paraná entraram em greve em protesto ao projeto do governo estadual que mudava a forma de custear a previdência social dos servidores do estado. Na quarta-feira, durante a sessão na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) que aprovou o projeto, policiais usaram balas de borrachas, cães e bombas para dispersar um grupo de professores que tentava entrar na Alep para acompanhar a votaçã

Quatro dias depois, na segunda-feira, o secretário de Segurança Pública do Paraná, Fernando Francischini, lamentou o episódio:

— Nós lamentamos. As imagens são terríveis. Nunca se imaginava que um confronto como esse terminasse de maneira tão lastimável, com as imagens que nós vimos. Nada justifica lesões, vítimas, de ambos os lados — afirmou.

Segundo a Prefeitura de Curitiba, 213 pessoas ficaram feridas, em mais de duas horas em conflito. Um cachorro da polícia mordeu um cinegrafista da rede Bandeirantes e um deputado estadual que tentava impedir a truculência dos policiais. O Ministério Público Estadual abriu inquérito para apurar a ação de policiais.

 Fonte: O GLOBO

 

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