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Continuidade da força-tarefa da Lava Jato está nas mãos de Raquel Dodge.

“No dia 9 de setembro expira o prazo de atuação da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba. Caberá à Procuradora-geral da República, Raquel Dodge, decidir se renovar a autorização para que o grupo coordenado pelo procurador do Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol, prossiga as investigações ou dissolver a força-tarefa.

Menos de uma semana depois, no dia 14 de setembro, terminará também o mandato de Dodge à frente da PGR. A decisão sobre o futuro da Lava Jato, em Curitiba, será portanto um de seus últimos atos no cargo. Desde 2014, ano em que começou a Operação Lava Jato, a renovação da atuação da força-tarefa do MPF é feita anualmente pela PGR. Outra força-tarefa, a da Polícia Federal, em Curitiba, foi extinta em julho de 2017, durante o governo de Michel Temer.

Não se sabe ainda qual será a decisão de Dodge, ainda mais porque nas últimas semanas ela teria sido alvo de críticas e ataques por parte de Deltan Dallagnol, de acordo com supostas conversas vazadas. A procuradora-geral já garantiu que o combate à corrupção deve continuar, mas sua atuação na Lava Jato ao longo desses dois anos no na PGR tem sido bastante criticada pelos procuradores do MPF.

Em julho deste ano, o procurador José Alfredo de Paula Silva, coordenador do grupo de trabalho da Operação Lava Jato na Procuradoria-Geral da República, pediu demissão do cargo, supostamente por estar insatisfeito com o excesso de centralização do gabinete de Dodge e pela lentidão com que ela conduzia os trabalhos.

Em junho, um balanço divulgado pelo relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin, apontou que nos primeiros seis meses desse ano, o ritmo das investigações desacelerou e não teve avanços significativos: apenas uma denúncia foi apresentada pela PGR, nenhum acordo de colaboração premiada foi homologado e nenhum político foi condenado na operação.

Em fevereiro, mais da metade dos procuradores do MPF da ativa assinaram um manifesto contra uma reforma do órgão patrocinada por Dodge, que criaria “mecanismos de ingerência, ainda que de forma indireta, sobre a atuação dos procuradores”. Em março, a ANPR fez um ato de desagravo à força-tarefa da Lava Jato de Curitiba, o que revelou um descontentamento dentro do MPF em relação a Dodge.

Contudo, após o vazamento das supostas conversas entre os integrantes da Lava Jato, a procuradora se reuniu em julho com os procuradores da força-tarefa de Curitiba e ressaltou que o combate à corrupção continua sendo prioridade do MPF.”

FONTE: GAZETA DO POVO

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