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Alvos de operação contra grilagem na Muzema são suspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle

Em janeiro, o Ministério Público do Rio e a Polícia desencadearam operação especial para prender integrantes da mais antiga milícia do estado, que comandava a região de Rio das Pedras e Muzema. A chamada Operações Intocáveis expediu 13 pedidos de prisão e teve como principais alvos o major da Polícia Militar Ronald Paulo Alves Pereira, o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) Adriano Magalhães da Nóbrega, e o subtenente reformado da PM Maurício Silvada Costa, o Maurição. Embora denunciados por grilagem e exploração imobiliária ilegal, Ronald e Adriano foram alvos também por suspeita de chefiarem o Escritório do Crime, grupo armado que é apontado como pariticipante do assassinato da vereadora Marielle Franco.

No dia da operação, Ronald foi preso, já Adriano está foragido até hoje. Segundo a denúncia do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-RJ, a organização criminosa comandada pelos milicianos “está enraizada de tal maneira na comunidade de Rio das Pedras, que estendeu seus tentáculos à Muzema , sendo certo que conta, ainda, com informações privilegiadas de futuras ações policiais”.

A denúncia do MP apontou a milícia de Rio das Pedras como a responsável pela extorsão de moradores e comerciantes da região com cobranças ilegais de taxas referentes a “serviços” prestados. O grupo também oculta bens adquiridos com proventos das atividades ilícitas e falsifica documentos públicos.

Para o MP, Adriano era o responsável por dirigir o esquema da construção civil ilegal dessas comunidades. Nas interceptações telefônicas, o ex-capitão do BOPE, suspeito de dezenas de crimes, aparecia com codinome de “Gordinho”. Ronald foi denunciado por comandar os negócios ilegais como grilagem de terra e agiotagem. Além disso, ele é reu no processo de homicídio de jovens na antiga boate Via Show, em 6 de dezembro 2003.

O foco das construções na Muzema teria se intensificado, segundo as investigações, a partir de 2017, quando o prefeito Marcelo Crivella anunciou projeto para verticalização de Rio das Pedras, o que poderia resultar na remoção de muitos moradores. Assim, os paramilitares teriam investido pesado em empreendimentos, incluindo na construção de condomínios de prédios e até de shoppings, na comunidade vizinha, justamente para abrigar aqueles que recebessem as indenizações pelas desapropriações.

Outro integrante do grupo preso em janeiro foi Daniel Alves de Souza, apontado como gerente da Muzema. Ele seria o responsável por controlar a entrada de pessoas e fazer a vigilância e cobranças.

Além de chefiarem o esquema de extorsão e controle nas comunidades de Rio das Pedras e Muzema, Ronald e Adriano são supeitos de comandar o Escritório do Crime, grupo armado responsável por assassinatos por encomenda. Segundo as investigações do assassinato de Marielle Franco, o Escritório do Crime é um dos suspeitos de ter sido contratado para execução do plano de morte da parlamentar. O grupo foi relevado pelo Jornal O Globo em agosto do ano passado.

FONTE: EXTRA

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