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Juiz da Lava Jato retira de inquérito documento em que Odebrecht cita Toffoli

O juiz federal Luiz Antônio Bonat, responsável pelos processos Lava Jato na 13ª Vara Federal em Curitiba, retirou do inquérito que envolve o empresário Marcelo Odebrecht o documento que cita o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli. Eis a íntegra do documento que cita o presidente do Supremo.

O documento deu base a reportagem da revista Crusoé “O amigo do amigo de meu pai”Após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, a reportagem teve de ser retirada do ar sob pena de multa. O site Antagonista, que havia reproduzido a reportagem, também foi notificado.

A decisão de retirar o documento em inquérito estava sob sigilo, mas o juiz liberou nesta 3ª feira (16.abr.2019) o acesso à decisão  para afastar possíveis interpretações equivocadas sobre o conteúdo.Bonat atendeu 1 pedido do MPF (Ministério Público Federal), que informou que o documento não tem relação com o inquérito que apura irregularidades na construção da Usina de Belo Monte, no Pará.

Segundo Bonat, a Polícia Federal deve encaminhar para a PGR (Procuradoria Geral da República) o conteúdo do documento com a citação ao ministro Dias Toffoli e a outros agentes com foro privilegiado.

INFORMAÇÕES DO DOCUMENTO

No documento (eis a íntegra), Marcelo Odebrecht responde a uma solicitação da Polícia Federal acerca de codinomes que aparecem em e-mails cujo teor ainda é objeto de investigação.

A primeira dessas mensagens foi enviada pelo empreiteiro em 13 de julho de 2007 a 2 altos executivos da Odebrecht, Irineu Berardi Meireles e Adriano Sá de Seixas Maia. No e-email, Marcelo pergunta: “Afinal vocês fecharam com o amigo do amigo do meu pai?”. Adriano Maia responde, pouco mais de duas horas depois: “Em curso”.

Em resposta, o empreiteiro disse: [A mensagem] refere-se a tratativas que Adriano Maia tinha com a AGU sobre temas envolvendo as hidrelétricas do Rio Madeira. ‘Amigo do amigo de meu pai’ se refere a José Antonio Dias Toffoli”.

Marcelo Odebrecht disse ainda que mais detalhes do caso poderiam ser fornecidos à Lava Jato pelo próprio Adriano Maia. “A natureza e o conteúdo dessas tratativas, porém, só podem ser devidamente esclarecidos por Adriano Maia, que as conduziu”, afirmou no documento.

Nesta 3ª feira (16.abr.2019), a revista Crusoé e o site O Antagonista recorreram ao STF para tentar reverter a decisão que retirou as reportagens dos sites. No pedido, a defesa dos sites pediu liminar (decisão provisória) para suspender a medida e os depoimentos de jornalistas e sócios dos veículos.

FONTE: PODER 360

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