Em Linhas Gerais Extra

Em Linhas Gerais – Leis aprovadas pelos vereadores são na verdade mera demagogia- por Gessi Taborda

O quiproquó serviu de comprovação de que muitas das leis propostas e aprovadas pelos vereadores são, na verdade, meras iniciativas demagógicas, e nada mais.

CARA PÁLIDA

Se homem branco não governa bem, índio dá flechada.

VOZ DA EXPERIÊNCIA

ELEIÇÕESPolítico com vários mandatos, hoje apenas na assistência da refrega, conversando ontem com o colunista na fila do caixa eletrônico, falava sobre a difícil escolha dos vices. “Esse pessoal que anda executando a engenharia das chapas parece não estar levando em consideração mandamentos imutáveis da política: mais do que atrair votos, o vice não pode espantar eleitores. Alguém discreto, de passado limpo, acaba sempre acrescentando mais do que um medalhão com trajetória controversa”.

 

COISAS DO PODER

Não é só o governador Silval Barbosa (MT) em perigo com a PF. Numa investigação recente, a polícia descobriu que um governador adora uma jogatina em cassinos no exterior, em hotéis seis estrelas em cidades onde só desembarca de jatinho.

DEUS NOS LIVRE

Lula23O ex-presidente Lula passou em La Paz, quinta, e em palestra avisou que quer ser propagador do exemplo da Bolívia na América Latina. O país, para lembrar apenas um tópico, persegue os adversários do governo Evo Morales a ponto de forçar as suas fugas por ameaças de morte. Mais de 200 pediram asilo político apenas no Brasil.

 

 

BILHÕES

cocainaE por falar em Bolívia, com quem fazemos fronteira, o país exporta – segundo disse Luiz Vasquez, ex-ministro da Justiça – até 12 bilhões de dólares por ano de cocaína, e as forças policiais e governistas são impotentes diante dos cocaleros. Já viu como a fronteira com Rondônia acaba sendo usada para escoar parte dessa exportação.

 

 

DE FORA

BiancoA ser verdade o que contou ontem uma fonte ligada (e muito) no passado a José Bianco, do DEM, o ex-prefeito de Ji-Paraná (e também ex-deputado estadual, ex-senador e ex-governador) vai ficar de fora da disputa eleitoral. Eu sempre imaginei que se fosse disputar, Bianco arriscaria o retorno ao Senado. Afinal, não seria para ele tão difícil derrotar o único concorrente de peso (até agora), Acir Gurgacz, o atual senador sem votos. Se tentasse o governo – como se chegou a cogitar – Bianco iria terminar sua biografia com uma derrota inevitável, por conta da decisão tomada quando foi governador, demitindo cerca de 10 mil servidores, readmitidos (os que sobreviveram) depois por Ivo Cassol.

Para deputado federal (único cargo não desempenhado) Bianco não iria conseguir a votação exuberante que imaginou, mesmo torrando milhões na campanha. E assim, para evitar um vexame desnecessário, JB deve ficar fora da disputa.

RISO DA HIENA

mauroToda essa risada que sai do núcleo de poder da prefeitura de Porto Velho, com a decisão de manter na seara do prefeito Mauro Nazif o nepotismo poderá resvalar-se para o velho ditado de que “ri melhor, quem ri por último”.

Para a população não interessa se a lei aprovada pela edilidade proibindo o nepotismo no âmbito do município era inconstitucional e, por isso, o prefeito não tinha obrigações de cumpri-la. A população era e continua sendo contra o nepotismo.

A maior parte da população considera essa prática como um tipo de corrupção. Ela entende que os ocupantes de cargos públicos deveriam se escolhidos pelos seus méritos e não por laços de família. Concentrar nas mãos da família os cargos relevantes (e melhores remunerados) é um costume que remonta aos tempos feudais.

Pode ser que esse caso específico entre na lista de cobranças do eleitorado de Porto Velho, quando chegar a hora de julgar nas urnas o prefeito do PSB.

NÃO ERROU

mauroAgora é possível compreender por que o procurador do MP Alzir Marques preferiu “recomendar” e não “obrigar” o prefeito a demitir seu irmão e o cunhado dos cargos de primeiro escalão, em virtude da lei aprovada pela Câmara. A manifestação de Alzir reforçou a tese de que a instituição do MP é absolutamente contrária à prática nepotista. O MP e o Judiciário, cujos membros são vitalícios, são regidos por ditames legislativos e técnicos e seguem as determinações antinepotismo previstas pelos Conselhos Nacionais do Ministério Público e da Justiça.

FOI SÓ DEMAGOGIA

Em relação ao Executivo e Legislativo a situação é diferente. Por ter mandatos certos e por sua natureza política, possuem uma “liberdade” maior para praticar o nepotismo, tecnicamente, à margem de discricionariedade – atuam de forma menos técnica, mais política.

O quiproquó serviu de comprovação de que muitas das leis propostas e aprovadas pelos vereadores são, na verdade, meras iniciativas demagógicas, e nada mais.

INGENUIDADE

vergonhaVivemos num estado e num país em que a imoralidade não escandaliza mais ninguém. Sou dos tempos em que as pessoas pegas com as calças nas mãos morriam de vergonha. Se alguém fosse preso, trata de sumir da cidade na primeira oportunidade, sem coragem de olhar nos olhos dos outros. Mas hoje ninguém se importa. Políticos colocados no xilindró aproveitando as tais saidinhas dão entrevistas, são recebidos como heróis, etc. Não foi o que aconteceu com Marco Donadon em Vilhena?

Então não será uma tornozeleira colocada em que vai cumprir prisão no sistema semiaberto que vai levar Cassol a nocaute. Ele, pelo visto, não ficará sequer chocado ao cumprir a tal sentença. Ingênuo é quem ainda se guia na vida pública pela vara de condão daquele que apenas está começando seu martírio, pagando o preço por nunca ter tido uma assessoria de qualidade, preferindo a proximidade dos baba-ovos.

APOSENTADO

ggJoaquim Benedito Barbosa Gomes, 59 anos, nascido em Paracatu (MG), foi o primeiro negro a ser ministro do STF e teve notoriedade por ter presidido o Supremo e ter sido o relator do julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão. Com a popularidade em alta por conta de sua atuação no julgamento do processo do mensalão, no qual foi relator, Barbosa chegou a ser citado por eleitores em pesquisas eleitorais para a sucessão da presidente Dilma Rousseff. Mas Barbosa não será candidato a coisa alguma. Para ser candidato, a filiação partidária e a descompatibilização simultânea de cargo público deveria ter ocorrido até o início de abril para que ele pudesse se candidatar, e isso não aconteceu.

Lewandowski assumirá a presidência do STF no lugar de Barbosa. A relação entre os dois está estremecida desde o julgamento do processo do mensalão.

 

por Jornalista Gessi Taborda

 

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