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A acessibilidade do Deficiente Físico e o vexame para a sociedade em plena era da informação – Por Yure Telles

“Não trate um deficiente físico como um coitado, mais sim como um igual, pois no futuro ele poderá ser mais ou melhor do que você possa imaginar”  Rossilena Marcolino

Que a luta do deficiente físico contra os fatores negativos da sociedade são caráter realístico, nenhuma percepção humana que vive na própria pele pode dizer com íntegra certeza.

Durante a entrevista que obtive com uma grande pessoa que hoje posso ter a certeza em dizer que é minha amiga, desde de suas falas no meu quadro “camarote político”, vejo me na missão de levar a todos que puderem alcançar esta matéria a entender realmente como pimenta nos olhos dos outros não é refresco.

ayureRossilena Marcolino, deficiente física, cadeirante, me deu uma entrevista iniciando de uma forma diferenciada, demonstrando o que realmente acontecia na vida de uma cadeirante através de fronteiras que nenhum homem sem essas deficiências podem imaginar como poderia ser.

Dentre os principais fatores cômicos, e a lide, das pessoas em ver os deficientes na sociedade, podem girar em torno do pejorativo da mente humana, até mesmo há um simples desejo de piedade interna, descasos com os sentimentos alheios, são comumente abrangidos dentro desta realidade, nem tudo são flores, mais também nem todo perfume extraído tem uma fragrância tão perfeita.

Entendendo nos mínimos detalhes da realidade “deficiência física”, minha convidada demonstrou que seu ânimo e força de vontade é muita mais superior há qualquer realidade funcional crítica, abstrata, supérflua, ingênua, ou dizeres negativos atenuantes dentro do patamar criado para ofender ou diminuir uma pessoa como ela.

-“Ser deficiente é a coisa mais normal do mundo”, explanou ela, com sorriso nos lábios e uma face esplendorosa de alegria e orgulho dentro de seu “eu” interno.

Indignado eu ainda reivindiquei dela qual seria a memória mais black de sua vida, a mesma me olhou e disse: – Um simples homem me falou que seria um peso para minha família e jamais eu seria nada na vida ! E olha agora ! Estou aqui firme forte e preparada para tudo e para todos !

Com essas palavras a entrevista se alastrou através da livraria café em que estávamos em set montado para entrevista, câmeras para um lado e milhares de pessoas olhando os testemunhos dados por aquela pessoa, somente aumentava o glamour que  preenchia o local com sorrisos que não paravam de circular, olhos curiosos tentando entender como uma pessoa com aquela deficiência poderia ser uma pessoa tão religiosamente alegre, mais também com a percepção do entrevistador uma pessoa “auto cobrada”.

Ao final da entrevista com Rossilena, me vi a pensar em como poderia transmitir a todas as pessoas através deste texto, como poderia imaginar a fonte de luta branda dos deficientes em mostrar que os olhares públicos devem correr sobre eles muito mais que aos que andam com duas pernas, que as vezes são renegadas com tantas horas de sono, ao invés de praticar exercícios físicos ou melhor, correr por alguns minutos, como os sonhos daqueles que um dia puderam andar e hoje não podem mais.

Banheiros públicos devem ser adaptados, rampas de acesso devem ser aplicadas, elevadores aos transportes públicos devem ser instalados, esses são os fatores estabelecidos pela legislação atual. Mais aí que vem a pergunta que não para de cessar…. Essas leis estão sendo cumpridas corretamente como a legislação obriga? A resposta para essa pergunta é não!

Não somente campanhas públicas vivem em sociedade tentando levar para população que as providências têm que ser aplicadas, não pela necessidade do deficiente mais sim pela honra em que os governos e autoridades públicas são obrigadas a levar para si mesmas, eis que não é vexatório para os deficientes essa falta de acessibilidade, mais sim para toda gestão pública que não obtêm transição em manter em suas gestões a credibilidade em garantir que seja cumprido estas ações e providências.

DE NENHUM COITADISMO VIVE O DEFICIÊNTE FÍSICO, MAIS SIM DE RESPEITO!

Cadeirante é um indivíduo que faz uso constante de uma cadeira de rodas para sua locomoção.

O desenvolvimento das tecnologias trouxe melhorias na qualidade de vida desse indivíduo.

O cadeirante tem a capacidade de realizar boa parte das tarefas diárias de uma pessoa normal, como trabalhar, praticar esportes, ir ao cinema, andar de ônibus e até dirigir.

Há 24,5 milhões de portadores de deficiências no Brasil, e uma grande parte desta população é cadeirante. São Paulo é a cidade com maior número de cadeirantes; apesar da acessibilidade em muitos pontos da cidade, a dificuldade ainda é muito grande principalmente na periferia.

Em Curitiba a preocupação com a acessibilidade dos cadeirantes levou construtores de calçadas a fazerem curso.

 Os banheiros também são um dos maiores desafios para o cadeirante, qualquer pequeno detalhe facilita ou dificulta muito o acesso e a independência do cadeirante.

Segundo a maioria dos próprios cadeirantes, algumas denominações são inadequadas, e não devem ser utilizadas, como: aleijado, chumbado ou inválido; prefere ser denominado como deficiente físico ou cadeirante.

Em hélices jogadas aos ventos por todos, a sociedade ainda não tem a real consciência da deficiência física no Brasil. Com essa eventualidade a pior capacidade na mentalidade do cidadão em entender isso, é colocar sua pele de duas pernas locomotoras nas pernas de um cadeirante e vivenciar a realidade das dificuldades e falta de descasos públicos gerados pela negligência social.

Negligência sim! Os responsáveis gerais, sabem dos dizerem e cúmulos obrigatórios a serem mantidos para os portadores de deficiência, mais aí, chega a mesma reposta gravada na ponta da língua de cada autoridade, “providências serão tomadas”.

Vexame nacional, ter o tema de deficiência física, cadeirantes, levados a públicos depois de dezenas de campanhas suadas, somente serem levadas a sério através de novelas de autores e escritórios famosos exibidos na global.

Nenhum deficiente que se auto preserve jamais viverá como as pessoas pensam que elas vivem, ou seja, choro, tristezas, depressão, descaso, desamparo, etc…Não sejam superficiais a pensarem dessa forma, eis que milhares desses nossos irmãos estão por ai, cada dia mais exigindo respeito, cumprimento de sentenças, analogias concretas, e ordem perante as leis que devem ser cumpridas.

Nenhum deficiente que se preze viverá sobre o coitadísmo ou a desilusão de que tudo é dificuldade no mundo atual, principalmente que os mais depressivos que se matam todos os dias não são deficientes físicos, mais sim aqueles que tem pernas e não sabem caminhar com elas.

A REALIDADE DA DEFCIENCIA PODE SER SANADA PELA SOCIEDADE ATUAL

Hoje na era da informação, precisamos entender que a palavra “deficiência” pode vir com vários, na verdade milhares de variedades em nosso mundo, tanto física, mais a que mais abala os problemas dos deficientes físicos, na realidade são as deficiências “mentais”.

Sendo assim é de bom alvitre se lembrar que realidades paralelas existem, na verdade vivem atuando na sociedade sem o público ou as “pessoas” famosos saberem que as necessidades daqueles que gritam por elas estão sendo cumpridas, e não com dependência mais sim com excelência, pois mais que seja obrigação do governo cumprir com tudo aquilo que lhe são dados, nem sempre são realizados.

Anjos e pessoas com potenciais maiores e na minoria vindas de outros mundos, de cores, sabores, nem sempre “doces”, fazem com que as minorias que não se calam, sejam ouvidas, e de pequenas e pequenas moléculas, vão se formando as células que a sociedade esqueceu em seu risonho mundo social.

Com almejo que a sociedade saiba que a deficiência física está mais perto do que todos possam imaginar, o mundo precisa girar, mais pelo corpo, e dificuldades daqueles que giram com todos esses danos, ou seja que necessitamos colocar a constituição na frente de nossas palavras e egos e lembrar que a “igualdade é para todos”.

Yure Telles, (apresentador, bussiness man, socioativista)

Fotos: Cristian Miranda

Texto: Yure Telles

Colaboração: Rossilena Marcolino.

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Gomes Oliveira

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