Esporte

River vira sobre Boca e conquista Libertadores 2018 em final histórica

Em final eletrizante no Bernabéu, que terminou na prorrogação, River saiu atrás no placar, mas virou no 2º tempo e conquistou o 4º título de sua história

O River Plate venceu o Boca Juniors por 3 a 1, de virada, na prorrogação — após empate em 1 a 1 no tempo regulamentar — e conquistou o título da Copa Libertadores de 2018. Foi o quarto título do clube na história da principal competição de futebol na América do Sul. Lucas Pratto, Quintero e Pity Martínez fizeram os gols do River. Benedetto havia aberto o placar para o Boca.

Os rivais se enfrentaram neste domingo (9), no estádio Santiago Bernabéu, em Madri, após o adiamento do segundo confronto válido pela decisão devido ao ataque à delegação do Boca Juniors na chegada ao Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, no último dia 24 de novembro.

Primeiro tempo

O jogo começou como se esperava: truncado, tenso e com entradas duras de ambos os lados.

A primeira jogada emocionante aconteceu aos 9 minutos, quando o lateral Olaza, do Boca, cruzou da esquerda em direção à área. O zagueiro Maidana tentou cortar, mas a bola tomou um rumo inesperado e quase encobriu o goleiro Armani, do River.

No minuto seguinte, houve a cobrança de escanteio e a bola sobrou na entrada da pequena área para Pérez, que chutou de primeira. O goleiro Armani fez uma defesa segura e evitou o gol.

O River teve a primeira boa oportunidade aos 19 minutos. Após uma cobrança de escanteio, Nacho Fernández aproveitou um rebote na área e bateu forte com a perna esquerda. A bola subiu demais, mas assustou o goleiro Andrada, do Boca.

Nos 20 primeiros minutos, os dois times tiveram poucos espaços para criar jogadas de gol. Houve muitas disputas e os jogadores até conseguiam chegar perto da área, mas foram poucas as finalizações.

Veja mais: Messi e craques do Barça chegam ao Bernabéu para assistir Boca x River

Aos 26 minutos, o zagueiro Ponzio se distraiu e sofreu o bote de Nández. Para evitar o pior, o defensor derrubou o meio-campista do Boca na meia-lua da grande área e foi punido com o cartão amarelo.

Na cobrança, Benedetto chutou mal, porém a bola caiu nos pés de Pablo Pérez — no bico direito da pequena área —, que bateu cruzado. A bola bateu na zaga e cruzou perigosamente o gol. No entanto, o áritro considerou que houve um toque final de um jogador do Boca e assinalou apenas tiro de meta para o River.

No lance seguinte, aos 30 minutos, foi a vez do River descer com perigo, mas a equipe desperdiçou o ataque.

Aos 39 minutos, o Boca Juniors criou outro ataque perigoso e esteve perto de abrir o placar. Villa cruzou da direita e o goleiro Armani teve que se esticar para socar a bola e tirá-la da cabeça do atacante que chegava para completar o lance.

No contra-ataque, o River desceu com velocidade, mas Pity Martínez chutou muito mal e perdeu uma ótima chance.

Pouco depois, o capitão Pablo Pérez pisou em um adversário durante uma disputa de bola e recebeu o cartão amarelo.

Boca abre o placar

O Boca era mais perigoso e abriu o placar aos 44 minutos em uma linda jogada individual de Benedetto.

Em uma bola perdida no ataque do River, o atacante dominou um passe em profundidade sensacional de Nández, limpou o zagueiro Maidana, ficou cara a cara com Armani e tocou na saída do goleiro: 1 a 0.

Benedetto abriu o placar da decisão para o Boca

Benedetto abriu o placar da decisão para o Boca

Juan Medina/Reuters/09-12-18

Benedetto, que era um mero reserva e virou herói ao marcar os dois gols da vitória por 2 a 0 sobre o Palmeiras, na Bombonera, na semifinal da Libertadores, chegou ao quinto gol na competição.

Segundo tempo

O River Plate voltou para a segunda etapa disposto a virar o placar e tomou a iniciativa da partida. No primeiro minuto, a equipe foi ao ataque, conseguiu um escanteio e, após a batida, o zagueiro Maidana subiu bem de cabeça e levou perigo para o gol adversário.

Aos 2, Nacho Fernández recebeu do atacante Lucas Pratto (ex-São Paulo) e chutou da entrada da área com muito perigo para o goleiro Andrada, que apenas torceu para que a bola não entrasse.

Aos 6 minutos, o meio-campista Palacios arriscou de fora da área, Pratto desviou para não atrapalhar e, com isso, dificultou ainda mais a defesa de Andrada, que abraçou a bola rasteira.

Aos 8 minutos, foi a vez do Boca descer. Olaza teve uma ótima chance em nova falta na entrada da área — depois de uma disputa entre Benedetto e Maidana —, mas carimbou a barreira do River.

Ns sequência, o River voltou ao ataque e o time pediu pênalti devido a uma disputa entre Lucas Pratto e o goleiro Andrada, que havia deixado a meta para se antecipar à chegada do atacante, mas chegou atrasado.

O árbitro uruguaio Andrés Cunha ficou indeciso e todos imaginavam que ele utilizaria o auxílio do VAR enquanto o goleiro recebia atendimento médico no gramado.

Entretanto, assim que Andrada se levantou, a bola foi recolocada em jogo sem que a penalidade fosse assinalada.

Nos minutos seguintes, o River tentava o empate, mas já sem a mesma força. Porém, aos 22 minutos, Lucas Pratto empatou a partida no Bernabéu.

O empate do River

Oportunista, o atacante estava no lugar certo para aproveitar o cruzamento de Nacho Fernández e tocar para as redes: 1 a 1. O gol deu novo ânimo aos torcedores do River, que já começavam a se preocupar com o resultado adverso.

Lucas Pratto comemora o gol de empate na decisão

Lucas Pratto comemora o gol de empate na decisão

Juan Medina/Reuters/09-12-18

Nervosismo

Apesar da agitação nas arquibancadas, os times parecem ter se acomodado em campo com a igualdade no placar. Talvez, o receio de sofrer o gol poderia decretar a vitória do rival tenha feito com que os jogadores se arriscassem menos.

Aos 32, o árbitro interpretou como lance perigoso uma entrada de Maidana no atacante do Boca e marcou falta em dois lances dentro da área. Porém, a cobrança do lateral Olaza parou na barreira formada pelo River.

As disputadas ficaram ainda mais ríspidas entre os jogadores. Nacho Fernández recebeu o cartão amarelo por uma entrada violenta no centroavante Ábila (ex-Cruzeiro).

Pouco depois, aos 41 minutos do segundo tempo, o volante Wilmar Barrios, do Boca, também foi advertido com o cartão amarelo pela arbitragem.

Nos minutos finais, o River ainda parecia ter mais ambição e se arriscava no ataque. O Boca, por outro lado, tentava administrar o placar e poupar forças para a prorrogação.

O fato é que ambas as equipes demonstravam sentir o desgaste físico depois de uma partida intensa e de muita correria.

Tempo extra

Logo no segundo minuto da prorrogação, Wilmar Barrios atingiu o adversário com a sola da chuteira e foi expulso de campo pelo árbitro Andrés Cunha — o volante havia recebido o cartão amarelo nos minutos finais do tempo regulamentar. O lance poderia mexer com as estratégias de ambos os treinadores.

O River Plate parecia manter o entusiasmo com o qual iniciou a segunda etapa da partida e buscava mais o ataque. Com um a menos, o Boca se preocupava mais em se defender.

Aos 8 minutos, o colombiano Quintera arriscou de fora da área, mas a bola foi muito alta e passou longe da meta de Andrada, que desabou em campo e solicitou o atendimento médico. A impressão era que o Boca já buscava esfriar o jogo e ganhar tempo.

Três minutos depois, Pity Martínez fez boa jogada e cruzou da esquerda para Álvarez, que chutou mal e desperdiçou uma grande chance para virar o placar.

Mais 15 minutos

Na virada do tempo extra, a sensação era que o River Plate estava melhor fisicamente e mais disposto a decidir a partida sem a necessidade das cobranças de pênaltis. Já o Boca Juniors, inferiorizado numericamente em campo, torcia para que o tempo passasse rapidamente.

Mal o duelo recomeçou e o River partiu para o ataque novamente. A forte pressão e deu resultado. Aos 3 minutos, Quintero acertou um lindo chute de fora da área e virou o placar para o clube alvirrubro.

Mas o River levou um grande susto no lance seguinte, quando o zagueiro Mayada quase fez contra ao tentar evitar a cabeçada do adversário. Por sorte, o goleiro Armani estava bem posicionado e defendeu com segurança.

A desvantagem no placar forçou o Boca a tirar forças de onde não havia para continuar vivo na luta pelo título. Aos 6 minutos, Nández se esforçou para cruzar e levou perigo, mas a arbitragem havia entendido que a bola tinha saído e impugnou o lance.

O panorama da partida se inverteu: os jogadores do Boca tentaram sufocar o River, que passou a administrar o resultado e optou pelo contra-ataque.

A equipe xeneize teve uma sequência de jogadas importantes e escanteios, mas o River se segurou para evitar o empate. Aos 14 minutos da prorrogação, Xara acertou a trave de Armani.

No escanteio, até o goleiro Andrada foi até a grande área adversária para tentar a cabeçada.

Mas, o River segurou o resultado e, no último lance, aproveitou a descida do goleiro para ampliar. Pity Martínez dominou a bola e, sozinho, foi até o gol para dar números finais ao superclássico: 3 a 1.

Argentina soberana na Libertadores

O título do River Plate foi a 25ª conquista de um clube argentino na Copa Libertadores. O Brasil possui 18 taças e o Uruguai, oito.

FONTE: R7.COM

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Marcio Martins martins

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