A seleção brasileira que está disputando a Copa América no Chile tem a colaboração de quatro ex-jogadores que já puseram os nomes no livro de ouro do nosso futebol. Os quatro foram campeões na Copa do Mundo de 94.
Mauro Silva: Estou bem mais novo que o Taffarel, não estou não?
Taffarel: Período que eu mais sofri gol na seleção foi quando o Mauro estava à frente.
Mauro Silva: O Dunga me dava muita dura: ‘Maurão, não deixa chutar, não deixa chutar’.
Hoje, arrancam risadas, mas já arrancaram aplausos. A turma de 94, campeões do mundo com papeis diferentes: Mauro Silva, observador técnico; Taffarel, preparador de goleiros; Dunga, o capitão que virou treinador; e Gilmar, coordenador de seleções.
“Naquela seleção, a gente sempre priorizou o grupo, priorizou o coletivo. Então, é isso que a gente tenta passar. Em cada momento, você tem que se perguntar: isso é bom pra mim ou é bom pro grupo?”, destaca Mauro Silva.
Trazer referências do passado é uma maneira de preparar os atuais jogadores para o que vão viver, porque muita coisa mudou ao longo dos anos. Uns perderam cabelo, outros ficaram com cabelos brancos, mas a pressão é a mesma. Os equipamentos até ser mais modernos, mas o que acontece na seleção sempre foi notícia. Nem sempre positiva.
“Eu acho que a crítica ela faz parte, tu tem que conviver com isso. O jogador tá preparado. Isso daí faz parte do pacote”, avalia Taffarel.
E o pacote seleção é pesado. Fracasso na Copa, desconfiança. Quantas vezes eles já não escutaram que a geração não é boa, que só temos o Neymar? E, se não vencermos o Paraguai, não teremos o Neymar nos dois primeiros jogos das Eliminatórias.
“Queremos muito vencer essa Copa América. Queremos vencer por nós mesmos, e não para mostrar nada pra ninguém”, diz Willian.
Mostrar para os outros, só uma selfie da entrevista coletiva. Até quem é da velha guarda faz. Afinal, a gente não aprende só com o que vem do passado.
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