Esporte

Por escolha de Tite, Brasileiro passa a ser tratado como obrigação

Tite fez sua escolha antes do duelo do Corinthians com o Santos, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Em desvantagem de dois gols no confronto, poupou titulares, confirmou a eliminação que previa e jogou para cima das próprias costas uma responsabilidade maior na briga pelo título do Campeonato Brasileiro.

“É o que resta, né?”, resumiu o zagueiro Edu Dracena, que entrou no final da derrota por 2 a 1 em Itaquera. “Agora, é focar no Brasileiro, que é o mais importante”, acrescentou o volante Cristian, repetindo o que o chefe pregou internamente no centro de treinamento.

O Corinthians deu as costas para a Copa do Brasil e agora só tem o Brasileiro (foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)
O Corinthians deu as costas para a Copa do Brasil e agora só tem o Brasileiro (foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)

O técnico do Corinthians não via em seu elenco material para levar a sério duas competições. Por isso, optou por escalar um time parcialmente reserva para atuar diante de quase 40 mil torcedores na zona leste de São Paulo e dar adeus à Copa do Brasil nas oitavas de final.

Mesmo tendo feito essa opção, Tite se recusou a assumi-la depois de estar à frente da terceira eliminação seguida da equipe alvinegra em Itaquera. O gaúcho só topou colocar na balança mais um fracasso diante de um rival com a classificação à próxima Copa Libertadores.

“Encaro as adversidades, a dor que estou tendo, e sei que o torcedor está tendo também. A dor do torcedor é minha também, ninguém é insensível. Temos grande chance de classificação à Libertadores. Nas últimas dez, 12 rodadas, estando no pelotão da frente, vamos em busca do título”, comentou o gaúcho.

Abrindo mão da Copa do Brasil, Tite não quis assumir a responsabilidade de conquistar o Brasileiro. Na sua visão, a Copa do Brasil não é um título, mas um passaporte à Libertadores. E a classificação à competição sul-americana – atualmente com 12 pontos de vantagem sobre o quinto colado – é seu único compromisso.

“Não sei se vai ser campeão. Não consigo medir que um trabalho bom é ser campeão. Se não vence, é depressão quando é de segundo para baixo. Veja o futebol apresentado na Libertadores, no Paulista. Apresentou menos na Copa do Brasil. Mas tenho dificuldade de ver um trabalho bom só porque foi campeão”, disse o treinador.

Pela escolha do gaúcho, restou ao Corinthians brigar pelo Campeonato Brasileiro. A 18 rodadas do final, a equipe lidera com quatro pontos de vantagem sobre o Atlético-MG. Ralf, diferentemente do chefe, não nega o óbvio: “Virou obrigação porque a gente só tem isso para disputar agora, cara.”

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Gomes Oliveira

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