Esporte

OMS diz que América do Sul ainda não atingiu pico da epidemia do coronavírus

Diretor de programa de emergências afirma que situação de países da região está ‘muito longe da estabilidade’; no Brasil, número de casos confirmados cresceu 37,3% na última semana

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou nesta segunda-feira que a América do Sul ainda não chegou ao pico da epidemia do novo coronavírus, e não há estimativas sobre quando isso ocorrerá. O Brasil está entre as nações que mais preocupam a entidade.

— Eu certamente caracterizaria hoje as Américas Central e do Sul como as zonas de intensa transmissão desse vírus nesse momento — afirmou Michael Ryan, diretor-executivo do programa de emergências da OMS, durante conferência de imprensa em Genebra. — Eu não acredito que tenhamos atingido o pico da transmissão e nesse momento não tenho como prever quando atingiremos.

Em todo o Brasil, na última semana, o número de casos confirmados cresceu 37,3%. Na sexta-feira e no sábado, bateu dois recordes seguidos de registros, com 26.928 e 33.274, respectivamente.

No total, o país alcançou 514.849 contágios — atrás apenas dos EUA — e 29.314 óbitos, ultrapassando nos últimos dias Espanha e França e chegando a quarto lugar no mundo em óbitos.

— Há algumas semanas o mundo estava extremamente preocupado com o que iria acontecer no Sudeste Asiático e na África, e lá a situação ainda é difícil, mas estável. Claramente a situação em vários países da América do Sul está muito longe da estabilidade. Tem havido um aumento rápido dos casos e os sistema de saúde tem vivido um aumento da pressão — alertou.

Na entrevista coletiva, Ryan não falou especificamente no Brasil. Afirmou, no entanto, que há respostas variadas para a epidemia na região — alguns são bons exemplos; outros, nem tanto.

— Tivemos respostas diferentes em diferentes países na região. Vemos ótimos bons exemplos de governos que adotaram uma estratégia ampla, de toda sociedade, dirigida pela ciência. Em outras situações, vemos a ausência e fraqueza nisso — analisou o dirigente.

Apesar de ser um dos países onde a epidemia ainda cresce aceleradamente, o Brasil começou, em diversos Estados, a abrir empresas e afrouxar as regras de isolamento.

Um dos primeiros a colocar em prática um processo elogiado de fim da quarentena, o Rio Grande do Sul viu o número de casos saltar 44% em uma semana, de 6.470 para 9.332. No Distrito Federal, que também abriu a maior parte do setor de serviços, o aumento foi de 31,4% no mesmo período.

FONTE: O GLOBO

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Marcio Martins martins

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