A receita total dos 20 maiores clubes de futebol do país em 2016 ultrapassou a casa dos R$ 5 bilhões pela primeira vez e atingindo um aumento de 30,2% sobre o ano anterior. Na linha de frente desse crescimento estão Flamengo, que liderou em faturamento ao atingir R$ 510,1 milhões no ano passado, e o Palmeiras, que foi o terceiro em receitas com R$ 468,6 milhões.

Os resultados financeiros dos dois clubes que disputaram o título do Campeonato Brasileiro de 2016 foi comentado pelos responsáveis pela área na Conferência Nacional de Futebol (Conafut), em São Paulo, nesta terça-feira. E segundo o vice-presidente financeiro do Flamengo, Cláudio Pracownik, o Rubro-Negro só continuará crescendo no médio e longo prazo caso os outros clubes cresçam também.

– Todos me perguntam quando o Flamengo será o Barcelona. Mas isso só irá ocorrer quando o Palmeiras se tornar o Real Madrid – comentou o dirigente flamenguista.
Segundo Pracownik, os resultados que são colhidos pelo Flamengo neste momento são fruto de um trabalho iniciado há quatro anos, quando começou a gestão de Eduardo Bandeira de Mello.

– Conseguimos maiores receitas pois nos profissionalizamos mais rápido e temos conseguido aproveitar o nosso potencial. Esse protagonismo pode continuar se perpetuando mas não é o ideal – afirmou o vice Rubro-Negro, citando que “o importante é que todos cresçam”.

Também presente no painel “A situação financeira dos clubes”, o diretor financeiro do Palmeiras, Luciano Paciello, apontou que a rivalidade entre os clubes tem que ficar apenas dentro de campo.

– Existe a rivalidade dentro do campo mas fora dele temos que ver os clubes como produtos. Para atrair novos parceiros, é preciso ter um produto forte e o caminho é pensando onde todos sejam beneficiados – afirmou o diretor financeiro do Palmeiras.