Cerca de 5.000 crianças participaram na ensolarada manhã deste sábado do primeiro evento-teste com público do Itaquerão, o palco da partida de abertura da Copa-14.
A ideia é testar, com públicos gradualmente cada vez maiores, as estruturas e a performance de áreas como acessos, alimentação, sistema de som, banheiros, evacuação, orientadores de público, entre outras.
Segundo a programação, no dia primeiro de maio, data do jogo entre funcionários da obra e os do Corinthians, o público, que ocupará dois setores, aumentará para entre 10 mil e 15 mil pessoas.
No dia 10, quando devem se enfrentar o time atual do Corinthians e outro de ex-jogadores, serão admitidas entre 30 mil e 35 mil pessoas, com quatro setores liberados.
E, finalmente, dia 18, data prevista para Corinthians x Figueirense, todos setores serão ocupados, por aproximadamente 50 mil torcedores.
Horas antes do início do evento deste sábado, chegavam ao estádio ônibus lotados com crianças e adolescentes de escolas públicas municipais da zona leste, alunos de unidades da escolinha de futebol Chute Inicial do Corinthians e moradores da Vila da Paz, comunidade próxima ao estádio.
Os coros de “Vai Curíntia” eram ouvidos frequentemente. Mas nem só torcedores do time do Parque São Jorge prestigiaram a festividade.
“Que corintiano, que nada”, protestou o garoto Breno Fabrício, 12, que apesar de estar vestido com o uniforme da escolinha que traz o símbolo do Corinthians, é torcedor do rival São Paulo. Ouviu como resposta gritos de “o que você tá fazendo aqui?”
“Estou aqui porque esse é o estádio onde vai acontecer o primeiro jogo da Copa”, justificou o garoto, ao acrescentar que se pode até jogar pelo Corinthians se o time precisar de um lateral-esquerdo.
Nem a animação e os gritos da garotada, acomodada no setor inferior do prédio leste do estádio, a música em volume altíssimo e a voz do locutor alteraram o ritmo de trabalho dos operários que trabalham em outros setores.
Uma frase do mestre de cerimônias provocou risos e comentários irônicos, quando falou que o estádio do Corinthians estava “explodindo”.
Algumas pessoas ainda trazem fresca na memória as três mortes ocorridas na obra e o fato de para o estádio ser erguido ter sido preciso retirar dois dutos da Transpetro.
Igual ao que acontecia no gramado, a estrutura da arena, como os banheiros e as paredes de mármore preto, viraram alvo de várias fotos.
Fonte:jcnet
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