Em Linhas Gerais

Sem Hildon, políticos com validade vencida querem entrar na disputa sem chances – Por Gessi Taborda

FILOSOFANDO

“É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pensar, na verdade não há”. RENATO RUSSO, foi um cantor, produtor, compositor e fundador da banda Legião Urbana. Nasceu em 1960 e morreu em 1996, no Rio de Janeiro.

EDITORIALZIM

Aos trancos e lentamente a capital de Rondônia, Porto Velho, vai ampliando a flexibilização da atividade econômica, com o funcionamento de comércios e de alguns serviços não essenciais durante períodos menores do dia. O que funciona a todo vapor (deve ser o segmento que mais está ganhando dinheiro) são os supermercados, observando cuidados de distanciamento e higienização no contexto do combate à pandemia. É possível constatar a dificuldade das autoridades do governo em explicar ou remover alguns exemplos claros de incapacidade ou desconhecimento sobre normas reais de redução de contágio. É o que acontece, por exemplo, com a manutenção do estacionamento de veículos intercalados. Chega a aumentar a curiosidade do cidadão comum em descobrir quem inventou essa norma e baseada em que. Será que um carro perto do outro é motivo de contágio? E porque essa mesma conclusão não serve para o estacionamento de motos?

Muito já se falou sobre benefícios e desvantagens da política de distanciamento social que foi adotada em praticamente todos os países onde foi constatada a presença do novo vírus. E as controvérsias continuam especialmente pela politização dessa doença. Pouco se discute sobre as emoções das pessoas influenciadas nesses longos confinamentos, especialmente o medo, a tristeza e a frustração.

Desde crianças somos treinados para sermos felizes. Por isso o consumo de livros de auto-ajuda é sempre crescente. Essa literatura não ensina como devemos agir quando somos dominados pela angústia. Até os governantes agem alheios a essa realidade de um povo bombardeado diariamente por emoções dolorosas, principalmente pela tal mídia de velório.

No Brasil e especialmente em Rondônia o sofrimento não é novidade, principalmente pelo fato de ser a classe política e de dirigentes públicos que o inflige ao povo por todas as práticas antirrepublicanas e nefandas da corrupção generalizada. E atualmente, pela enxurrada de denúncias de desvios de recursos das quais nem os pequenos municípios escapam, faz com que cada pessoa viva esse momento de uma maneira particular. É impossível ficar alheio a essa realidade. Não podemos controlar as circunstâncias em que vivemos, mas podemos controlar nossas reações e nossos comportamentos.

Ter medo do que nos espera no futuro próximo é um sentimento normal. Especialmente pela certeza de que, com a classe político que temos, mais interessada em seus próprios negócios do que na busca de soluções para os anseios da sociedade, vai ser difícil sairmos do pantanal onde nos colocaram. Mas temos de resistir aos pensamentos que alimentam o pânico, não abrindo espaço para o que ainda não aconteceu. Muitas vezes, quando vivemos situações cheias de incerteza e medo, consideramos verdadeiro e damos poder ao que temos mais perto: as notícias falsas que lemos, a mensagem triste que nos enviaram, um pensamento que acabamos de ter e que é completamente infundado.

Sentimos a dor daqueles que se foram. Sofremos pelos outros. Ficamos preocupados ao pensar no que pode acontecer amanhã. Não paramos de pensar na nossa família, ficamos com medo de que nossos pais fiquem doentes, ficamos tristes com a realidade que nossos filhos estão vivendo. Assumir todas essas realidades internas é algo necessário. Devemos nos permitir esses momentos. A frustração é uma emoção que tem um componente mais dinâmico. É perfeitamente normal sentir-se frustrado. A incerteza pessoal, profissional e econômica nos consome. Há muitas coisas que nos preocupam e outras que nos irritam.

Não é fácil, mas é possível administrar os sentimentos. Aprenda a ser um bom gerente das suas emoções. Tanto a raiva quanto a frustração são emoções que promovem a ação (o completo oposto da tristeza, muito mais introspectiva). A frustração pede mudanças, exigindo perspicácia e criatividade para conseguir dar respostas àquilo que gera preocupação.

CRÔNICA SEMANAL

Há verdades imutáveis, fáceis de serem descobertas quando temos esse desejo. Pelo menos para quem se acostumou a ouvir o próprio coração. Estamos aqui, pés no chão, pisando o abençoado solo diário, cada um cumprindo a parte que lhe cabe na vida. Cada um sabe aonde vai, desde o momento em que acorda. Sabe? Há chegadas e partidas. Mas todos estão naquela rota necessária, a bordo de si mesmos, por vezes agindo como autômatos, sem chance de parar e escutar o coração.

Para quem vive hoje nessa cidade cada vez mais iluminada é um pouco mais difícil enxergar o teto. Não falo do teto de sua casa. Falo do teto acima da cabeça de todos nós, inclusive dos moradores de rua. É difícil nas grandes cidades contemplar as estrelas e às vezes a própria lua. Premiados nessa questão são os moradores da zona rural que podem ver o teto admirável, pleno de beleza e luzes que na minha meninice tanto me encantou por sua magia natalina. Naquela época em que nem sabia como era um avião ficava olhando a estrada de fumaça branca deixada pelos jatos, imaginando a distância em que ele estava.

Sempre soube, também, que as estrelas estavam muito distantes de nós. Não demorou muito para compreender que mais fundo e mais distante estava a casa do coração das pessoas onde vivem os grandes mistérios. Nas alturas, habita um mistério eterno; no coração, habitam os segredos e talvez os sentimentos que, às vezes, não queremos admitir.

Há coisas aparentemente intrigantes até compreendermos seu verdadeiro significado. Estou refletindo agora sobre as manobras do governador rondoniense, o coronel Marcos Rocha, insistindo com seu projeto para perdoar (cancelar) a dívida da Energisa, a odiada empresa de distribuição de energia, de mais de bilhão de reais enquanto ela, a Energisa, não perdoa o consumidor por nada. Mas aí conseguimos a revelação sobre isso, quando lembramos das afirmações da Bíblia.

O Livro de Eclesiastes, nas Sagradas Escrituras, nos alerta sobre as motivações de governantes que não ouvem o povo: “E vi que tudo era vaidade e vento que passa, e que nada havia de proveitoso debaixo do sol”. É, no caso presente de Rondônia, essa terra abençoada onde vivemos com a família, houve um desfecho inesperado. O governo sentindo que sua “bondade” para com a Energisa não conseguiria aprovação no parlamento retirou sua mensagem de pauta. Que alívio para os pagadores de impostos, dirias tu… Só que não: Marcos Rocha simplesmente substituiu seu indigitado projeto e colocou, numa nova estratégia mensagem de mesmo conteúdo para perdoar as dívidas com o fisco não só da Energisa, mas de outras dezenas de empresas sonegadoras. É, o Eclesiastes diz também, acertadamente, que: “Vale mais uma só mão cheia de tranquilidade que as duas mãos cheias de trabalho e vãos afazeres”.

Voltando ao coração, a lista de segredos, de motivos, de cismas e de temores contida nele é verdadeiramente longa. São mistérios intraduzíveis, e não há raio de sol que alcance o baú bem cerrado, o tesouro que cada um carrega dentro de si. O astro-rei está muito distante e o coração está muito fundo. Estão em distâncias diametralmente opostas, mantendo suas características inequivocamente particulares. Cabe ao sol a jactância do brilho, a luminosidade do dia, reinando absoluto; cabe ao coração recolher-se, manter-se na penumbra do silêncio e guardar sigilos.

Não tenho a menor dúvida de que não ficamos insanos com os acontecimentos bizarros do dia a dia por um simples e fundamental detalhe de nossas vidas. Conseguimos nesse turbilhão de mediocridade fabricadas por quem nos governa trazer à vida os sonhos. Somos inteligentes por não perdermos nunca a capacidade de sonhar. É o sonho que nos mantém vivos e apaixonados, interessados na vida, preocupados com o que se passa a nossa volta, curiosos, impacientes e eternamente pesquisadores. Até sonhos absurdos conseguimos arrancar de nossas mentes, como esse de que os políticos, os governantes vão parar de nos trair, de fabricar erros contra o povo e remar ao nosso lado. Afinal mais uma vez estamos próximos de uma nova eleição.

É como se o homem pudesse ficar sem comer, mas não sem sonhar. É por esta capacidade de alimentar o sonho dentro do coração que o homem se apoia nos seus dois pés e caminha. Ele pensa, estuda e decifra a vida. Nada mais teria a escrever, não fosse pela magia do sonho. O céu de agora se apresenta sereno, no recorte das estrelas invernais. Ergo meus olhos para a lua e me pergunto quando ela dará o primeiro sinal. Aquela palavra de que nos fala o Senhor, os sinais na lua e nas estrelas, quando as potências do céu serão abaladas.

Minha mulher, a Conceição Mesquita Taborda, não dispensa seus mantras de fé. Às vezes já amanhece recitando-os. E é assim que ela conserva a paz nesse mundo cada vez mais materialista e destruidor dos valores recebidos de nossos pais, de nossos antepassados. Ela, como poucos, tem o dom de sentir as premonições acerca de nosso futuro. Temos eleições nesse ano e em 2022, mas isso não afasta o pressentimento alimentado pelos sinais de hoje. A coragem que nos anima acalenta um desejo de testemunhar estes sinais, por mais dolorosos eles sejam.

Talvez a humanidade não tenha muito futuro, mas a esperança não estará de todo perdida enquanto houver pessoas capazes de enxergar além do cosmo. Eu que tenho netos que começaram a viver agora tenho de botar fé nos mantras da Conceição: Porque se poderão vencer os obstáculos, domar serpentes, anular o efeito dos venenos, andar sobre as águas e acalmar os ventos. Vitória sobre vitória, triunfo dos gigantes na fé. Pode ser que neste dia sejam revelados os pensamentos de muitos corações e os homens de boa vontade terão contemplado a salvação.

PESQUISA

Apesar da liberação gradual do funcionamento de bares, restaurantes, buffet e outras atividades do segmento de alimentação fora do lar no país, os donos de pequenos negócios do setor enfrentam, a partir de agora, o desafio de atrair os clientes novamente aos estabelecimentos. Em pesquisa realizada pelo Sebrae com 1.532 empresários de todos os estados, antes da pandemia, 70% dos negócios estavam com situação financeira estável ou crescendo e investindo (19%), porém, com o avanço da covid-19, 54% tiveram perdas acima de 75% no faturamento, com destaque para serviços de Buffet, que foram mais impactados. De acordo com a pesquisa, 72% das empresas estão realizando delivery, sendo que que 1 em cada 4 começou a utilizar o serviço de entregas durante o período.Enquanto 31% dos negócios fecharam temporariamente ou de vez, a maioria que conseguiu se manter à postos no delivery ou no drive thru/take out (retirada no local).

AMANHÃ

A Receita Federal abre na próxima sexta-feira (24), às 9 horas, a consulta ao terceiro lote de restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2020. O crédito bancário para 3.985.007 contribuintes será realizado no dia 31 de julho, totalizando o valor de R$ 5,7 bilhões.Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita Federal na internet. Na consulta à página da Receita, no Portal e-CAC, é possível acessar o serviço Meu Imposto de Renda e ver se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento.

PIOROU

Com certeza o governo rondoniense deveria explicar ou pelo menos pedir desculpas pelo fracasso da Segurança Pública na sua gestão. De acordo com os dados divulgados pelo Monitor da Violência, o estado registrou um aumento de 4.34% no número de assassinatos nos cinco primeiros meses desse ano em relação ao mesmo período do ano anterior. O pior é que o crescimento dos homicídios ocorreu mesmo em pleno isolamento social.

TRIBUTOS

A primeira parte da proposta da reforma tributária do governo federal, entregue pelo ministro Paulo Guedes ao Congresso Nacional, prevê a unificação de dois impostos federais, o Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e a Contribuição sobre o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Os dois tributos serão extintos para dar lugar à Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), com alíquota única de 12%. Essa proposta elimina cinco tributos diferentes: PIS/Pasep sobre a folha de pagamentos, sobre a importação, sobre a receita e a Cofins sobre a importação e sobre a receita.

ISENTOS

Pela proposta de reforma tributária a lista de isenções continua grande e ainda inclui os templos religiosos, sindicatos e, claro, partidos políticos. Então vai-se por terra o mote escolhido de “onde todos pagam, todos pagam menos”. Outra exceção à nova regra é a Zona Franca de Manaus, que continua mantida, “mas com simplificação das regras e procedimentos”.

ANSIOSOS

Os candidatos a prefeito e a vereador esperam com grande expectativa uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral sobre a realização de comícios e eventos públicos antes das eleições. A Câmara dos Deputados está apreciando um projeto de lei que regula essas atividades, o que pode beneficiar a uns e prejudicar a outros.

CORTE

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu manter a proibição do corte de energia por falta de pagamento de consumidores de baixa renda. Além disso, residências cujo fornecimento de energia seja fundamental para preservação da vida também continuam com o corte de energia proibido. O corte também continua proibido em residências que deixaram de receber a fatura impressa sem autorização do consumidor e naquelas localizadas em locais sem bancos nem lotéricas em funcionamento.

HILDON NO EMBATE

Estamos praticamente no fim de Julho e mesmo assim ainda não conhecidas todas as cartas do embate sucessório desse ano aqui na capital rondoniense. Ainda não aconteceu a manifestação oficial do prefeito Hildon Chaves sobre se disputa ou não o novo mandato. As melhores fontes do prefeito (as mais próximas dele) começam a sinalizar que Chaves não vai buscar a reeleição pelo simples fato de ser contra o sistema. Mas ainda não há uma decisão oficial que pode surpreender antes da realização das convenções partidária previstas para agosto.

Não dá para projetar uma desistência política do prefeito em relação a eleição que vai acontecer em novembro próximo. Principalmente pelo extraordinário volume de obras que vem sendo realizadas nessa reta final do mandato chanceladas pelo prefeito Hildon Chaves, dotando a cidade de melhorias urbanas como nunca se viu antes. Quem está trabalhando tanto, inclusive na reativação de obras de infraestrutura em setores fundamentais como o saneamento básico dá sinais de não é um desistente do processo.

NA CENA

Por tudo o que tem feito nessa reta final e pelo que já foi feito na recuperação das obras perdidas das gestões anteriores como a recuperação dos elefantes brancos dos viadutos ou recuperação definitiva da praça da estação da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, o prefeito Hildon Chaves seria um forte candidato nessa corrida sucessória, muito difícil de ser derrotado.

Assim o prefeito, mesmo sem disputar o pleito, se manterá (se quiser) na cena política da capital rondoniense. Até agora Hildon não disse nada e nem sinalizou se já escolheu um nome com potencial para sucedê-lo, capaz de manter intacto seu legado. Entre os vários nomes que vão se posicionando como possíveis candidatos apenas um deixou claro para o público que pretende ser o ungido do prefeito.

TRAPALHÃO

É o ex-deputado federal e ex-prefeito de Candeias, Lindomar Garçom, já declarou que, no caso de Hildon desistir de concorrer, pretende ser o candidato afagado pelo atual prefeito da capital rondoniense.

A grande maioria dos formadores de opinião nos dias atuais não leva a sério o nome do insistente Lindomar, mesmo sabendo que ele, como chefe partidário, não teria dificuldades em conseguir uma candidatura. Garçom não soube evoluir politicamente e por seu lado caricato virou um trapalhão da política rondoniense. Hoje é um nome praticamente intragável para os eleitores que tem pelo menos um neurônio sadio. Seu desempenho como parlamentar ficou arruinado pela maneira de agir como papagaio de pirata e nada mais. Seria muito difícil conquistar o apoio político do prefeito com suas peripécias sem o condão de convencer o eleitorado de melhor qualidade.

PASSADO

Político carreirista é assim mesmo. Não descobre (e nem aceita) que seu tempo já passou. É por isso que nas relações de supostos candidatos publicadas na mídia pelos analistas políticos os carcomidos pelos longos anos de pífia atuação chegam a ganhar destaques nessas listas. É o caso do ex-prefeito mais uma vez estacionado na Câmara Federal. Pode até ser candidato nesse ano mais seu retorno à prefeitura será rechaçado pela grande maioria dos eleitores. Seu tempo passou e também passou o tempo de seu partido, como da maioria dos partidos ligados à esquerda. A esquerda, especialmente em Porto Velho, não será decisiva no resultado do pleito desse ano. E para complicar esse cenário, há que se reconhecer a esquerda continua desunida e com dificuldades de encontrar nomes até para figurantes.

AUTOR: GESSI TABORDA –  COLUNA EM LINHAS GERAIS

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