Em Linhas Gerais

Sem a definição das coligações, tudo esta no ar – por Gessi Taborda

FILOSOFANDO

A corrupção é o cupim da República.” ULYSSES GUIMARÃES, morto num acidente de helicóptero quando sobrevoava Angra dos Reis (RJ), proferiu essa frase quando promulgou a Constituição do Brasil, que está em vigor.

OUTRA VIAGEM

Iniciei na manhã da segunda (26) mais uma viagem, motivo pelo qual deixarei de escrever a coluna nesse período. Dessa vez vou aos Estados Unidos, visitar parentes. A previsão é que estarei de volta no dia 20 de março. Agradeço a compreensão dos leitores.

ELEIÇÃO

A eleição desse ano como já escrevi aqui, terá curta duração. Voltaremos a tempo de fazer análises mais profundas sobre seus desdobramentos. Há, no entanto, especulações do momento com alta probabilidade de se concretizarem. É o caso da candidatura à reeleição de Daniel Pereira. É comum alguém avaliar que o (ainda) vice governador não fará isso por uma questão de compromisso com o MDB. Bobagem, ao tomar posse substituindo Confúcio no governo, o ex-petista Daniel Pereira ganha sua melhor chance de crescer eleitoralmente disputando um cargo por ele almejado ao longo de sua carreira política, sem o risco de sofrer perdas irreparáveis. Como não perde nada, por que deixaria de entrar na corrida sucessória?

FORTE

Daniel Pereira nunca foi político carismático, desses donos de “montanhas de votos”. No caso presente, quando se fala dele disputando uma reeleição é preciso não menosprezá-lo. Afinal terá sob seu comando durante o período da campanha a máquina estadual. E, pode-se dizer, dessa vez Daniel nem tem motivos maiores para temer uma possível derrota nas urnas diante de concorrentes politicamente desgastados em decorrência da erosão ética da classe política.

SUSPEITO

Em relação ao (ainda) governador rondoniense, não deve esquecer de que ele é apontado como suspeito de corrupção passiva, de ter beneficiado parentes em ações para o enriquecimento ilícito, respondendo ação no TSJ que – como é praxe – tramita em passos de cágado. Ganhar a eleição de senador nesse ano é fundamental para Confúcio garantir o foro privilegiado após ficar sem o cargo de mandatário.

Há uma articulação em andamento e ela parece estapafúrdia agora. Mas não devemos esquecer de que na política tudo é possível, tudo pode acontecer. Nessas articulações, o que se busca é uma composição em que Daniel disputaria o Governo e teria Confúcio na chapa como candidato a senador. Seria a alternativa tentada no passado por Ivo Cassol e João Cahulla, só que dessa vez mais ajustada dentro do grupo.

AVALIAÇÃO

Certamente esse período em que estarei viajando pelos Estados Unidos não vai dificultar a análise eleitoral desse ano. O marasmo das pré-candidaturas rondonienses vai continua por mais tempo. Somente quando estiverem fechadas as coligações é que se poderá avaliar a situação eleitoral. Por enquanto, tudo ainda está no ar, inclusive a importante candidatura de Expedito Júnior, até a de representes de instituições judiciárias. As definições que estão por vir embaralharão tudo de novo.

 ESSAS COISAS

Esse pessoal da mídia chapa-branca insiste em dizer que a situação do Brasil está cada vez melhor e que o país não correr mais o risco da grande depressão. O IBGE acentua que há no país 26,4 milhões de homens e mulheres subutilizados no processo produtivo. Então IBGE deve uma explicação ao povo: como a renda nacional pode ter subido e o Instituto prever que em 2018 o Produto Interno Bruto vá crescer 1%?  Trata-se de uma engrenagem, como se constata, bastante complexa, uma vez que a maior fonte de consumo encontra-se exatamente no volume do trabalho humano. A interrogação conduz a uma dúvida sobre as pesquisas acerca da renda do trabalho e a respeito da massa salarial.

PARA ENTENDER

Para a renda do trabalho crescer, apesar do desemprego, seria imprescindível que os vencimentos dos empregados ultrapassassem de muito a inflação oficial, que, no ano passado, de acordo com o mesmo IBGE registrou apenas 2,9%. Assim os reajustes salariais teriam que ultrapassar esse limite. A repetição do parâmetro é válida, a meu ver, para dar ênfase a uma inadequação. Em outras palavras o que se vê uma trilha de contradições corta a estrada da informação do governo através dos meios de comunicação.

GANÂNCIA

O senador Ivo Cassol faz o maior esforço para se apresentar ao povo rondoniense como uma “vítima da Justiça”. Isso só funciona para melhorar o astral de seus parceiros mais íntimos. Afinal, cada vez que surge novos fatos e difusões sobre a participação do (ainda) senador Ivo Cassol, fica mais claro que ele cava seu túmulo político por se inserir aos mesmos esquemas dos políticos gananciosos por ganhar dinheiro, muito dinheiro, usando a via da politica.

RECONHECIMENTO

A Polícia Federal colheu depoimentos de empreiteiros de que recebeu algo em torno de 2 milhões de reais de propina da Andrade Gutierrez. As investigações contra o Senador e seu ex-secretário (também beneficiado com propinas) estão sendo aprofundadas. Segundo consta os pagamentos foram um reconhecimento pela atuação de Cassol para destravar questões burocráticas em obras de usinas no Rio Madeira. Segundo o MPF, o dinheiro foi pago como “favorecimento nos procedimentos administrativos” referentes às obras da usina hidrelétrica de Santo Antônio.

REALINHAMENTO

É arriscado fazer afirmações sobre como se desenvolverá a campanha desse ano sem se levar em conta o realinhamento partidário de março até 7 de abril, quando estará aberta janela para a troca de legenda que ocorre em todo o ano eleitoral.

CANDIDATURA ÉTICA

Nacionalmente, o Podemos já escolheu seu candidato à Presidência: será Alvaro Dias. A sigla entende que apoiará propostas de um programa sério e consistente, no qual ética e competências sejam compromissos reais.

INFLUÊNCIA

Se Lula poderá ou não ser candidato só o tempo dirá. A situação está desfavorável, mas não é impossível. Os bancos e o mercado financeiro estão exultantes com a possibilidade de Lula não poder se candidatar. Mas não subestimem a força do ex-presidente, sendo ou não candidato. Mesmo que não possa disputar ele vai influenciar muito o resultado da eleição. Sua capacidade de transferir votos, por mais que não seja a mesma de tempos atrás, não pode ser subestimada, gostem ou não dele. Preso e usando o discurso da perseguição política, Lula pode transferir tantos ou ainda mais votos.

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