Em Linhas Gerais

Rejeição de Mauro Nazif nas pesquisas, é porque não cuidou da Capital -por Gessi Taborda

FILOSOFANDO

Toda beleza do ser humano consiste em se tornar algo melhor do que se foi”. Stefan Zweig (1881/1942), escritor austríaco.

DA CIDADE

Alguém quis saber minha opinião sobre os alarmantes índices de rejeição do prefeito da capital rondoniense, apurados na primeira pesquisa do Ibope divulgada em Porto Velho. Na verdade, o que escrevo aqui, nesse momento, nem é uma opinião, mas uma constatação.

Mauro Nazif tem essa imensa desaprovação por não ter entendido o papel mais importante do prefeito, que é o de zelador da cidade. Ele não é o primeiro. Na verdade a capital dos rondonienses tem o crônico azar de não ter encontrado até hoje um administrador municipal de qualidade.

PASSIVO

Assim como boa parte de seus antecessores, Mauro Nazif termina sua gestão nesse ano deixando um enorme passivo para o município de Porto Velho, para a grande maioria de seus habitantes. E isso é consequência não só de má fé do gestor público mas também, e principalmente da incompetência do titular do Executivo e da grande maioria de seu gabinete, sem contar a falta de responsabilidade dos vereadores.

Como a maioria dos membros da Câmara Municipal tem outros interesses, acabam descuidando da população ao relegar a segundo plano sua competência de fiscalizar as ações do prefeito ou denunciar suas omissões.

DESUMANA

As pessoas de mediana formação e perspicácia percebem, mesmo sem querer, que a cidade de Porto Velho é feia, suja, sem esgoto, inserida numa paisagem desumana.

Tudo pelo fato de prefeito do naipe de Mauro Nazif não conseguir implementar soluções definitivas para seus problemas mais primários, como é o caso do transporte coletivo urbano, agora nas mãos desse consórcio (inventado como solução emergencial) que praticamente não mudou nada na situação caótica dos anos anteriores.

A sujeira da cidade aflora em pequenos lixões a céu aberto, especialmente nas áreas mais distantes do centro. Em todo segmento da vida urbana na capital dos rondonienses é fácil colher exemplos da falta de vontade política, da má fé e do relaxo da administração (??) municipal.

REAÇÃO POPULAR

Então dá para entender claramente os motivos da tamanha desaprovação desse prefeito que ai está (e quer um novo mandato) na pesquisa do Ibope publicada nessa semana.

O povo – mesmo não parecendo aos olhos dos políticos – é sábio e não se deixa enganar sempre por ações bizarras, como essa última de cercar a praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, jogando dinheiro fora numa imensa de grade de ferro.

Ao demonstrar sua desaprovação recorde com a gestão municipal, a população sinaliza seu desejo de arrancar da prefeitura quem uma vez lá enfiam a cidade cada vez mais no fundo do poço.

SURDOS

O que leva políticos devidamente escrachados pela população a tentar conseguir enganar (de novo) uma parcela do eleitorado, se expondo como candidatos, mesmo quando tem à sua frente a barreira legal?

É que esses homens interessados em ter para si o poder para saciar suas ganâncias, são surdos e cegos, não conseguem enxergar o tamanho do prejuízo que causam ao município, aos moradores da cidade. Apostam sempre na proverbial falta de memória dos brasileiros.

O caradurismo desse pessoal não tem limites. Por isso a chamada legenda petralha, ao colocar na corrida um nome de político com inelegibilidade pratica um escarnio diante de uma sentença Judicial, como se estivesse acima da lei.

São incapazes de um gesto elevado. Quando estiveram no comando da prefeitura não souberam construir nada de forma benéfica para a maioria da população. Preferiram patrocinar esquemas desonestos, chafurdando-se no lodo fétido do pântano da corrupção.

ORAÇÃO

Pelo menos dois candidatos na disputa pela prefeitura de Porto Velho têm como vices pastores evangélicos, escolhidos para agregar o apoio da grande comunidade protestante da capital. A se levar em conta os índices obtidos por esses candidatos na tão falada pesquisa do Ibope a tática não deu certo.

Mais do que a aparição no horário eleitoral do rádio e da TV, mais do que a eventual participação nos esperados debates, vai ser necessário muita oração para reduzir o tamanho do fiasco de suas campanhas e a resistência aos seus nomes. Para chegarem ao 3 de outubro de maneira mais significativa só mesmo na base da intervenção divina.

APOIO

Um cronista político escreveu na sua coluna de ontem que o governador Confúcio Moura está com o prestígio em alta e isso pode refletir positivamente para os candidatos da órbita do Palácio Getúlio Vargas, especialmente para o candidato do PMDB da capital.

Ora, como se sabe o governador Confúcio preferiu viajar para o México nesse início de campanha a se expor em apoio tácito aos candidatos de seu partido. Com essa viagem dá para imaginar que Confúcio não está tão disposto assim a colocar a mão sobre correligionários tão rejeitados e desconhecidos neste momento, assumindo riscos de sofrer ainda mais desgaste.

TRUQUE

É claro que há controvérsias sobre essa conversa de que Confúcio está em ascensão perante o eleitorado da capital.

O governo do estado praticamente não tem uma ação importante na cidade de Porto Velho. Sua grande intervenção, como se sabe, atende pelo nome de “Espaço Alternativo”, obra paralisada com a investigações em torno de corrupção que chegou a colocar na cadeia o prefeito de Ouro Preto (Jaques Testoni) e o ex-diretor geral do DER de Confúcio, agora deputado federal, que está respondendo processo pelo escândalo.

Afirmar que o governador Confúcio Moura está com prestigio alto é praticar o truque de madame. É pura questão de ponto de vista.

A gestão de Confúcio continua na berlinda das investigações de atos de corrupção que motivaram logo no início de sua presença no comando do estado operações barulhentas da Polícia Federal. De fato, só a campanha eleitoral de 2018 poderá revelar se ele é mesmo o morubixaba poderoso dessa aldeia.

SEGURANDO

Nos últimos cinco anos o governo federal deixou de repassar R$ 3,5 bilhões por ano para estados e municípios, e que serviriam para pagamento das despesas e ampliação de serviços do SUS-Sistema Único de Saúde. As prefeituras deixaram de receber R$ 1,96 bilhão por ano, equivalente a 61% do total, e os estados R$ 1,23 bilhão/ano.

HISTÓRIA

Tudo pode terminar no princípio da próxima semana. E há de se reconhecer: Dilma Roussef, apesar das dores produzidas pelo impeachment, terá feito história. Tudo leva a crer que após sua patética aparição no Senado, com a desculpa de se defender, estará definitivamente apeada do Poder e vai viver o exílio político dentro do seu próprio país, abandonada, inclusive, pelo partido que a levou à destruição, o PT. Será lembrada por sua ostensiva arrogância, somada à canina submissão ao projeto de poder do Partido dos Trabalhadores, revelando-se invencivelmente incompatível com sua prometida humildade.

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