Em Linhas Gerais

Quem conhece Maurão de perto sabe que ele tem ojeriza pela capital – por Gessi Taborda

FILOSOFANDO

“Há vitórias que exaltam, outras que corrompem; derrotas que matam, outras que despertam”. Antoine de Saint-Exupéry, escritor francês nascido em 1900 e morto em 1944.

VIDA CAMPESTRE

Quem convive (ou conviveu) com o deputado Maurão de Carvalho sabe de seu apego à vida campestre. Desde sua chegada a Assembleia Legislativa ele nunca demonstrou qualquer apego a Porto Velho. E agora quando está na disputa pelo governo do estado continua sem qualquer identificação com o estilo de vida da capital. Certamente se chegasse ao governo rondoniense trataria a capital com o histórico desprezo de quem continua achando que Rondônia é apenas a província onde iniciou sua vida pública e atuou como pastor evangélico.

Os mais íntimos do (ainda) presidente da Assembleia concordam que ele “não gosta de Porto Velho”. Sorte da capital se livrar de um chefe do governo estadual capaz de manter o principal município rondoniense na posição de indigente.

POR QUE EXPEDITO VENCE

Estamos praticamente às portas da grande eleição de outubro. E nesse pouco tempo dificilmente o cenário eleitoral de Porto Velho sofrerá mudanças. Quem está calejado no ofício de analisar os movimentos da política sabe disso. Assim, a previsão de vitória de Expedito Júnior é mais uma constatação que não decorre, como pode pensar alguns, do resultado das últimas pesquisas.

Essa tendência do eleitorado, especialmente o da capital, decorre de mais um não a corrupção da política local e um sim a favor de práticas novas de política.

Entre seus concorrentes mais importantes, os tidos como raposas felpudas do poder, Expedito chegou nesse processo eleitoral – depois de anos fora da política – como o candidato de vida pública mais limpa, com sua ficha completamente livre de mácula e totalmente apto a disputar qualquer cargo político.

BOM DE VOTO

Expedito Júnior sempre foi bom de voto. Desde quando estreou disputando o cargo de vereador. Teve uma votação consagradora na disputa de deputado federal e, também, na disputa pelo Senado. Só não concluiu seu mandato de senador pelo tropeço de um processo impulsionado por Acir Gurgacz – hoje candidato ao governo – que acabou tomando a cadeira senatorial de Júnior. Mas isso é fato superado.

Tendo a humildade de cumprir a decisão judicial, Expedito ficou fora esse tempo todo sem perder sua ligação com seu público, ao mesmo tempo em que se aprofundava seu conhecimento sobre as coisas do Estado e se reciclava politicamente. E nesse período todo o candidato que lidera (com ampla folga) as pesquisas demonstrou que nunca se esqueceu dos eleitores.

ROMBO GRANDE

Sem ter seu nome ligado às denúncias de sonegação como acontece com seu adversário melhor posicionado, certamente Expedito terá – depois de vencer as eleições – um enorme desafio pela frente, após a posse: implantar um programa de salvação da economia rondoniense, centrado na questão fiscal. O rombo – escamoteado da opinião pública pelos últimos governantes – é grande. As renúncias fiscais aqui no estado foram decididas por governos rudimentares que foram incapazes de fixar programas para segmentos da saúde, educação, inovação, segurança pública e geração de emprego e renda.

EVITAR

Certamente Expedito não escapará da necessidade de buscar coalizões para governar. Afinal a renovação na Assembleia Legislativa não deve chegar aos melhores índices. Assim caberá a ele aproveitar o enorme respaldo da vitória para reduzir o efeito do mercado político em torno dos cargos públicos. O candidato já disse que vai se orientar pela montagem de um governo de especialistas, seguindo os ditames da meritocracia. É isso que eleitores de Expedito esperam. Esse é o principio para se conseguir por ordem na máquina pública e possibilitar o crescimento da economia rondoniense, com a consequente absorção do desemprego, dando um pouco mais de esperança às pessoas, sobretudo aos jovens.

É FLÓRIDA.

Hoje o Brasil tem 35 partidos políticos, e os Estados Unidos tem 3. A Venezuela, apesar de ser um país minúsculo, tem 51 partidos e vive um caos. Japão, Inglaterra, Itália, Rússia, têm menos de 10 partidos. Dividir para conquistar é uma antiga estratégia de guerra. Mas não foi algum general muito capaz e inteligente quem a concebeu. Essa estratégia tem origem no próprio Satanás, que tentou conquistar o trono de Deus dividindo os anjos. No caso de Rondônia, só para citar um exemplo, há claras evidências de que o segundo turno pode acontecer apenas por futilidades, sem qualquer utilidade.

AMADORA

Desde o tempo em que a petista Fátima Cleide estava no exercício do cargo de senador a coluna se manteve numa posição crítica a ela, exatamente pelo seu claro amadorismo político, um impeditivo para ganhar destaque no Senado e desempenhar bem a representação do estado. Ou seja, Fátima passou 8 anos em Brasília e nunca saiu do chamado baixo clero. Foi isso que determinou sua derrota eleitoral na hora de renovar o mandato.

Nesse ano ela nem precisaria inventar as enormes cascatas (como a de que se não fosse ela a ponte sobre o Rio Madeira não existiria) para votar a ser senadora, mesmo tendo sumido de Rondônia após sua derrotar eleitoral, graças a um emprego político em São Paulo.

FÊNIX IMPOSSÍVEL

Ela tinha chances reais de voltar ao teatro político de Brasília pelo simples fato da desintegração de lideranças políticas rondonienses – especialmente as envolvidas nas maracutaias da corrupção – e da falta de profissionalismo de concorrentes como o ex-prefeito Jesualdo que passou quase dois mandatos na prefeitura de Ji-Paraná sem se projetar no estado. Fátima está fora do jogo pelo seu amadorismo. Como alguém que ficou 8 anos no Senado não sabia que para concorrer tinha de ter em sua chapa dois suplentes? Que m* de assessoramento estava ao lado dessa petista? Agora vai ser difícil ressuscitar, a não ser que passe por um treinamento duro até às próximas eleições municipais.

JÁ DECLAREI

Ainda não defini meu voto para deputado estadual (tenho simpatia por Ivonete) ou federal. Também não defini o meu segundo voto para senador. Para governador votarei em Expedito Junior. Para presidente vou votar em Bolsonaro. E nesse caso é simples explicar.

LIDERANÇA

Bolsonaro, goste você ou não, é a maior liderança popular e democrática surgida nos últimos anos. Não há megainvestimentos de publicidade, não há acordos com partidos e não há militância contratada, mas sim um sujeito com opinião contrária (muitas vezes polêmica) ao establishment, que vem reduzindo o País às cinzas. Boa parte da população concorda com ele, outra não. Isto se chama democracia.

A arrogância e ódio são primos-irmãos da ignorância. Bolsonaro não foi vítima da violência que não plantou, mas da violência desenfreada que pretende estancar no Brasil. Se ele fosse o violento inventado pela mídia amestrada certamente aquela bicha que cuspiu nele teria no mínimo levado uma surra.

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