Em Linhas Gerais

“Que o Prefeito Mauro Nazif, é bom de fazer promessa, isso todos já sabem”-por Gessi Taborda

 A BRAVATA DE NAZIF

Que o prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif, é bom de fazer promessa, isso todos já sabem, especialmente quem no último pleito se deixou levar pela sua propaganda eleitoral, quando prometeu fazer de Porto Velho uma cidade que orgulhasse não só os rondonienses, mas todos os brasileiros da região norte.

Mas Nazif não apenas promete aquilo que de antemão não pretende cumprir. Ele gosta também de lançar bravatas. Uma de suas pérolas foi a imediata substituição das empresas permissionárias do serviço de transporte coletivo por alguma outra que topasse atuar num período emergencial. Pensou que bastaria seu decreto de caducidade das duas péssimas empresas que atuam, por décadas, no transporte urbano.

 COMO PREVIMOS

A bravata do prefeito Mauro foi inicialmente desmascarada aqui na coluna. Dissemos que a vontade do prefeito de dar a outro “empresário” a permissão para explorar o serviço de transporte coletivo na capital não iria vingar. A intenção do prefeito sempre esteve muito nebulosa quando ao optar por uma solução “emergencial”. Diante a decisão do juiz Edenir Sebastião Albuquerque, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Porto Velho, suspendeu os efeitos da “caducidade” das empresas, por decreto do prefeito, foi acertada.

 MERO OPORTUNISMO

Ficou claro que havia boi na linha, quando o prefeito acionou a metralhadora contra os exploradores desse serviço, com essa conversa de caducidade do contrato. Ora, só depois de quase três anos de gestão o prefeito decidiu pela ação hostil, numa decisão onde não se escondia o oportunismo de colocar outra empresa mequetrefe no caótico transporte coletivo de Porto Velho.

 SEM PALHAÇADA

É claro que ninguém tolera mais a presença dessas duas empresas reunidas num pool, no transporte de passageiros. Está mais do que comprovado que esse monopólio se exauriu, não funciona mais e tem mesmo de ser substituído.

Mas essa substituição não pode acontecer como se fosse uma palhaçada. É preciso que a substituição aconteça por métodos transparentes. Essa conversa de “solução emergencial” não tem nada de transparência.

 CULTURA NÃO É SUPÉRFLUO

Faltando pouco mais de 18 meses para o fim da gestão Mauro Nazif, um setor como o da Cultura passou todo esse período em branco, sem que qualquer proposta feita pelo prefeito na sua campanha eleitoral tenha sido concretizada.

Talvez em uma capital onde ainda existam tantos problemas em áreas fundamentais, falar em música, teatro, pinacoteca, orquestra sinfônica e até na Lei Rouanet pareça algo menor, supérfluo.

Não é, mas é difícil criticar alguém que espera horas para ser atendido em um hospital público o fato deste estar alienado sobre a forma com que se aniquilou eventos tradicionais do calendário da cidade, como eram a Flor do Maracujá, o carnaval de rua, as exposições como já aconteceu com o Salão de Artes Contemporânea.

 SILÊNCIO

Como reflexo desse desinteresse, nem mesmo a eliminação da antiguíssima biblioteca Pontes Pinto é assunto colocado na pauta da capital, como se não houvesse a menor importância saber (pelo menos) qual a destinação daquele acervo e quem foi ou será (Du-vi-de-o-dó) responsabilizado por isso.

 FONTE DE RENDA

Cidades e estados governados por políticos com mais consistência do que os nossos demonstram que cultura e arte podem ser usadas como fontes de renda para suas urbes. É por exemplo o que acontece na pequeníssima Paraty, cidade do sul fluminense. Ali um evento literário (a Flip) movimenta favoravelmente a economia da cidade e chama para aquele pequeno lugar a atenção de escritores e intelectuais do todo mundo.

E temos exemplos aqui perto dos rondonienses. Esse é o caso do Festival de Parintins, um evento de peso no calendário turístico de todo o Amazonas.

 MEDIOCRIDADE

A gestão do prefeito Mauro Nazif não conseguiu romper a composição antiga que transformou a prefeitura de Porto Velho numa espécie de paraíso da mediocridade.

Ainda há, acreditem, quem defenda a tese de um prefeito com mãos atadas em consequência da tenebrosa herança recebida do PT ou, mais precisamente, de Roberto Sobrinho. Mas, a cada dia, os fatos não permitem mais tanta alienação em relação aos problemas da cidade.

Esse argumento não cola. A culpa de tudo é exatamente de Mauro Nazif. A mediocridade começa exatamente na insistência da prática do nepotismo, permitindo que Gilson, irmão do prefeito, seja o homem forte da gestão.

 MATAGAL URBANO

Trânsito, segurança, saúde pública, higiene e um pouco de estética. Os matagais que tomam conta de Porto Velho têm causado problemas em todas essas áreas.

Será que um problema assim pode ser colocado em segundo plano pela administração municipal? Basta sair às ruas para perceber quantos locais se tornaram lixão irregular, esconderijos de assaltantes e traficantes, focos de dengue e uma marca registrada do caos que Porto Velho ainda vive.

 O MÍNIMO A SER FEITO

Diante da série de situações tidas como mais graves pela administração, o prefeito Mauro Nazif vem adiando a solução para um problema que pode ser mais grave do que parece. Limpar a cidade deveria ser o mínimo exigido por qualquer administrador público. A solução deveria ser simples: no caso das áreas públicas, limpeza ostensiva; no das particulares, fiscalização rigorosa. Limpar a cidade não é, como o prefeito acredita, apenas varrer as ruas mais movimentadas e em locais mais visíveis.

 SOLUÇÃO SIMPLES

Elencar prioridades e solucionar problemas segundo seu nível de gravidade é obrigação de um gestor público. Em Porto Velho, a crise provocada por prefeitos mequetrefes devastou a cidade e criou problemas graves em praticamente todas as áreas. Mas a preocupação com os maiores “abacaxis” tem feito Nazif deixar de lado questões de solução simples, mas que causam grandes problemas. A julgar pelo tamanho da “vegetação” (até mesmo em áreas no centro da cidade) em muitos lugares e pelos transtornos que causa, esse está longe de ser um problema pequeno.

 RUMORES

Atendendo o deputado Jean Oliveira a Assembleia Legislativa realizou no final da semana que passou, na Ponta do Abunã, mais precisamente na vila de Extrema, uma audiência pública para “esclarecer rumores” sobre a ampliação das terras indígenas Kaxarari. Embora se trata-se de “rumores” a audiência pública chegou a contar com a presença da deputada federal Mariana Carvalho. Ao final da audiência promovida pela Assembleia chegou-se à conclusão de que a suposta ampliação das terras indígenas não passa disso mesmo, “rumores”.

 SILENCIAR

Depois da notícia de que uma servidora dos comissionados do governo estava recebendo alto salário enquanto vivia na Bolívia onde, segundo consta, fazia um curso de medicina, o governo decidiu pela sua exoneração sem, pelo visto, não apurar responsabilidades sobre o fato. É o mesmo silêncio adotado até agora diante das denúncias de sumiço de equipamento rodoviário (máquinas pesadas) do DER. Deputados prometem ir a fundo na investigação desses fatos que lesaram os contribuintes.

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