Em Linhas Gerais

Proliferação de candidatos vai favorecer Hildon Chaves no projeto de reeleição – Por Gessi Taborda

PÓS-PORTO SEGURO

A coluna está de volta, após período de “vacaciones” por Belo Horizonte, pelo sul da Bahia (Porto Seguro, Caravelas) e Espírito Santo (Guarapari). As baterias estão recarregadas, por enquanto. As férias me fazem muito bem, mas ainda não mudaram meu ceticismo em relação ao nosso estado nesse novo governo. Quem sabe nas eleições vindouras o eleitorado demonstre mais maturidade, escolhendo gente verdadeiramente interessada em promover o desenvolvimento das comunidades rondonienses.

CONSTATAÇÃO

Rondônia continua sofrendo a manipulação irresponsável de autoridades do governo e outras instituições com, pelo visto, o único objetivo de espalhar lorotas para seu povo ignaro.

E assim fui mais uma vez receptor de uma dessas louvações sem pé nem cabeça que aqui ganham todos os contornos do fake oficial na mídia do estado.

O título não poderia ser mais mistificador: “Turismo em Rondônia é discutido em fórum internacional”.

Como algo que não existe pode ser discutido num fórum internacional? Se a mídia rondoniense não sucumbisse sempre às imposturas do establishment institucional certamente o assunto seria tratado com seriedade não publicado com os ingredientes da falsidade contidos no pressrelease que distribuídos à mídia pelo Sebrae local.

EXIGÊNCIAS

Não basta o estado ter belezas naturais para ser incluído no roteiro turístico do Brasil. Existem outras exigências até hoje relegadas ao segundo plano pelos governantes rondonienses e, também, por investidores privados. Exatamente por não termos turismo algum vimos hotéis importantes fechando as portas na capital, Porto Velho, e também a redução de vôos no nosso aeroporto “Internacional” Jorge Teixeira, que é internacional só no nome. Enquanto essas mentiras institucionais forem espalhadas desavergonhadamente, como acontece nessa comunicação do Sebrae rondoniense, só uma coisa vai crescer entre o povo do estado: o descrédito por todos os lados contra os políticos, os gestores públicos e órgãos financiados com o dinheiro público, como é o caso do Sebrae.

GARANTIDO

Faz um tempinho que a mídia local vai se espatifando exatamente por aceitar o papel de trombetear os interesses de governantes e nichos mais rígidos do poder sem, claro, cumprir o seu papel social de agir como vigilante da sociedade, como defensora dos mais legítimos interesses dos cidadãos.

Este jornalista conhece bem os meandros dessa imprensa emasculada ao longo de seus anos de atividade como alguém que nunca deixou de noticiar a roubalheira de agentes públicos nas três esferas do poder.

ANIMADO

Por isso fiquei animado com a notícia do retorno às atividades de jornalista do companheiro Valbran Júnior. Certamente ele deve motivar aos mais exigentes uma leitura de sua coluna. Valbran sempre foi um repórter muito bem informado dos bastidores da política rondoniense e nunca agiu como os integrantes da imprensa domesticada. Sucesso ao companheiro com o qual convivi longos anos, antes da minha aposentadoria.

VONTADE

A pergunta continua pertinente e ainda sem resposta: Carlão de Oliveira, o ex-presidente a Assembléia Legislativa, pai do deputado Jean Oliveira, continua condenado e foragido por absoluta falta de vontade do comando da força que deveria prendê-lo? Ou será beneficiado num puro esquema de acobertamento de agentes públicos alimentados com propinas?

CLARO

A reforma aprovada em primeiro turno na Câmara, abrandados alguns aspectos da proposta oficial, deve levar a uma economia superior a R$ 900 bilhões em dez anos. Abre-se com isso a possibilidade de volta dos investimentos. Mas para retomar a economia serão precisas novas reformas. Isso está claro.

NEGÓCIO

A crise econômica não parece inibir um dos bons negócios do Brasil: a criação de novos partidos. Afinal, quem não quer uma fatia do bolo do fundo partidário que pode dobrar de valor já para as eleições municipais do próximo ano.  E há 73 legendas que iniciaram processo de formação.Montar partido é bom e barato. Pelo menos dois estão em fase final de tramitação na TSE: o Partido Nacional Corinthiano e o Partido da Evolução Democrática. Quem paga a conta: nós que pagamos impostos.

AGITAÇÃO

Tão logo cheguei e já me perguntaram se o prefeito Hildon Chaves será mesmo candidato à reeleição no próximo ano.

Bem, não posso afirmar com certeza, mas acho isso perfeitamente possível. No próximo ano teremos mais candidatos ao cargo do que se pode imaginar agora.

Isso se explica pelas novas regras legais contra as enormes coligações do passado. Certamente o ambiente político do próximo ano será de agitação. Partido interessado em ter vereador terá de lançar, fatalmente, candidato próprio na corrida sucessória. Isso pode ser um fator a favorecer a candidatura de Hildon Chaves.

AGORA

Seria tolice não acreditar que o prefeito Hildon não sofra algum tipo de rejeição. Os portovelhenses podem reclamar de vários aspectos da atual administração municipal. Afinal, boa parte das promessas de campanha do prefeito Hildon Chaves, passados dois anos e meio de governo, ainda não foi cumprida. Das obras de vulto prometidas, muito pouca coisa foi concluída. Mas certamente algumas serão entregues até o final do mandato.

Se por um lado faltaram obras de grande porte (tipo Ceasa, Rodoviária, Centro de Convenções, etc), não faltaram medidas administrativas arrojadas, tais como o livramento da falência da economia municipal e a sua recuperação creditícia, a mudança da sede da prefeitura, etc, etc.

DIVISÃO

Ainda no começo do governo de Hildon Chaves não faltou agitação política, numa disputa entre seu vice, Edgar Tonial, por motivos que pouco interessou à comunidade. Mas fora isso, tudo caminhou politicamente em céu de brigadeiro já que o prefeito não promoveu a escaramuça nas gestões dos seus antecessores, os verdadeiros responsáveis pelo longo período negro do município em áreas como os transportes, a saúde e vai por ai afora.

A seriedade com que o prefeito Hildon Chaves conduz sua gestão é um de seus grandes trunfos. Até agora seu nome não está envolvido em nenhuma corrupção, em nenhuma falcatrua como aconteceu no passado recente em que a prefeitura ficou conhecida como a “Caverna do Alibabá”.

 

AUTOR: GESSI TABORDA –  COLUNA EM LINHAS GERAIS –  JORNALISTA

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