Em Linhas Gerais

Olho vivo MP , Suspeita de pagamentos ilegais na obra do Anel viário de Ji Paraná é mais uma produção corrupta do DER/RO – por Gessi Taborda

Rondônia refém da agiotagem pública e privada. Cidadãos sem defesa

FILOSOFANDO

“A política rondoniense vive uma longa jornada de contradições, enganos e escândalos de corrupção” Caetano Neto, advogado presidente da Associação de Defesa dos Direitos da Cidadania (ADDC).

GAFANHOTOS

Para quem não percebe as deformações da política rondoniense e imaginam qualidades – que eles não têm – em seus representantes nas instituições públicas, é importante acompanhar os desdobramentos do rumoroso caso de realinhamento contratual ocorrido na presente gestão do governador Confúcio Moura, no âmbito do DER/RO. O caso, tratado com propriedade pelo jornalista Robson Oliveira na sua coluna Resenha Política, revela que os “gafanhotos da política” rondoniense não cessam suas ações de depredação do erário.

À LUZ DO DIA

O suposto esquema é do conhecimento das instituições da Justiça e até mesmo da maioria dos deputados estaduais. Supostamente o estado poderia sofrer um prejuízo da ordem de 30 milhões de reais. Bastaria essa evidência para justificar a abertura de uma CPI na Assembleia. Alguns deputados chegaram a apoiar a formalização da tal CPI. Como ainda falta uma assinatura, mais uma vez o desejo de transparência do povo rondoniense deverá ficar confinado aos esquemas políticos, embora esse previsível escândalo tenha acontecido à luz do dia, como bem explicitou Robson Oliveira na sua coluna.

PANO DE FUNDO

A fortuna que sairia do erário, como se revelou, teve como pano de fundo o tal Anel Viário de Ji-Paraná e contou com a boa vontade do governador Confúcio Moura e a submissão total de Ezequiel Neiva (que já foi deputado), o diretor geral do DER, umbilicalmente ligado ao esquema político do (ainda) governador Confúcio.

No momento, graças à postura de autoridades da esfera judicial, pagamentos das parcelas desses (??) 30 milhões estão barrados.

NICHO

O DER/RO funciona como um nicho de produção corrupta, com crimes contra o erário nas maracutaias em que os atores acumpliciados para desviar dinheiro público são políticos, empresários e burocratas do governo, trabalhando para atender a casta que em Rondônia se enriqueceu nos últimos anos com esses escândalos.

Foi exatamente ali que nasceu algo semelhante a esse esquema ora denunciado. Quem não se lembra dos desvios ocorridos no famigerado “Espaço Alternativo”, de onde saiu dinheiro para se eleger um deputado federal e aumentar a conta do ex-prefeito Alex Testoni, de Ouro Preto, dois personagens que acabaram passando um curto tempo na cadeia?

PODER

Rondônia, como se vê, não é diferente do resto do país. Todo tipo de ação nefasta se faz pela manutenção de poder a qualquer custo. A classe política que aí está (salvo as honrosas exceções) trata o estado como seu feudo, promovendo demandas criminosas por acreditar na práxis da impunidade. Afinal, até hoje não se tem notícia de que os responsáveis pelo “Escândalo do Espaço Alternativo” tenham sido sentenciados pelo crime e obrigados a ressarcir o erário da fortuna roubada.

OMERTTÁ

O modelo eleitoral é uma enorme mentira amparada em lei, tão vil quanto a maioria que dele se beneficia. Certamente esse esquema montado agora no DER/RO não é do conhecimento da maioria da população rondoniense, principalmente pela “omerttá” adotada pela maior parte da mídia (mafiosamente sustentada com dinheiro público), sempre disposta a esconder esse tipo de ação dos “donos” do poder.

Essa mídia (especialmente a da televisão) está sempre disposta a favorecer “os donos” do poder político, para que nada mude, para que as manipulações continuem ocorrendo no sentido de manter o “status quo”.

FUNESTO

Como os chamados órgãos de controle externo aparentemente são desinteressados – ou incapazes – de punir defraudadores dos cofres públicos, o passado funesto da política rondoniense, com a prática contumaz de produzir escândalos (especialmente no Legislativo) de desvios milionários, não deverá ser enterrado ainda nas eleições desse ano.

O sistema, pelo visto, ainda está moldado para blindar nomes perversos da política que hoje anunciam publicamente sua disposição de continuar no topo de poder favorecidos pelas fortunas conseguidas em manobras vis e totalmente antirepublicanas como essa gestada no DER/RO detalhada agora pelo jornalista Robson Oliveira.

DESANIMADOS

A maior parte do eleitorado rondoniense demonstra-se desinteressada pela política e desanimada em acreditar que votando as coisas poderão mudar.

A classe política rondoniense nunca foi tão mequetrefe e certamente por isso afunda-se no descrédito. Nomes que nas eleições passadas surgiram corporificando esperanças de um novo tempo estão desabando por assumir ações desalentadoras e demolidoras de seus discursos recentes.

Como os rondonienses no geral passaram a acreditar menos nas instituições públicas e perderam o apreço pelos seus políticos mais ilustres será difícil evitar uma debandada do eleitorado esse ano.

NÃO GANHA

Se Confúcio quiser ser candidato esse ano, terá de deixar o governo até 7 de abril. Há controvérsia que aceitará esse desafio, primeiro por não ter confiança absoluta no seu vice, o antigo petista Daniel. A situação de Confúcio agora, antes da campanha, pode até não ser eleitoralmente das piores, mas será insustentável quando a refrega começar de verdade.

Algumas fontes próximas do Palácio dizem nos desvãos das coxias que Confúcio não será candidato. Se for, digo eu, não ganha. E se ganhar, dado os enroscos na esfera do Judiciário, não termina o mandado, como já ocorreu em relação à bancada senatorial rondoniense.

 

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