Em Linhas Gerais

O jornalista escolhe Expedito para por ponto final na má governança -por Gessi Taborda

ESCOLHA PENSADA

Não vejo nada demais a revelação do candidato por parte de quem tem o ofício de analisar, opinar e criticar os fatos da política. Afinal, como qualquer outro cidadão, o jornalista também e eleitor com todas as preocupações naturais à cidadania. No caso pessoal do colunista, as escolhas para as eleições de 7 de outubro se deram pensando no Brasil e no estado de Rondônia. Não foram feitas pelo simples lado emocional da coisa. Foram escolhas bem pensadas, especialmente para o governo rondoniense.

DESONESTIDADE

Estou em Rondônia desde os tempos do saudoso Teixeirão, governo responsável pela transformação do antigo território pelo estado. Isso vale dizer que acompanhei, como morador do novo estado e como jornalistas, todos os seus governantes. E o que vi ao longo de todo esse período, até os dias hoje, foi uma falha maciça de gestão, onde o ingrediente da desonestidade nunca deixou de existir. Ao longo do tempo a situação piorou muito, com casos extremos de corrupção, cobrança de propinas e prisões de vários membros do pode legislativo.

EXPEDITO

Decidi escolher Expedito Júnior nesse ano pelo cansaço do mau trato com a coisa pública, misturado com o desleixo, o descaso, o apadrinhamento e a incompetência dos anos de desgoverno em Rondônia, quase comprometendo as oportunidades naturais para o desenvolvimento sustentado de nossa economia.

Compreendo porque ainda tem gente no estado, mesmo com vários anos morando aqui, prontas a votar nos representantes de nossa pior política. É que como acontece no Brasil todo: os rondonienses também sofrem de um perigoso esquecimento sobre aquilo que de pior aqui aconteceu, momentos patrocinados principalmente pelos clãs políticos que tomaram de assalto o estado, em busca de um enriquecimento extraordinário e rápido.

MÁ GOVERNANÇA

Rondônia padece longos anos da má gestão. Não só no Executivo mas também nas outras instituições, com destaque para o Legislativo. Grupos incapazes de defender os interesses públicos dominam essas instituições colocando-as como feudos de parentelas, pequenos grupos de apaniguados e até de corporações especializadas no crime contra o erário.

Então numa campanha cheia de “administradores” mesquinhos, incompetentes, ligados aos escândalos mais prejudiciais ao Estado, não restaria mesmo outra opção para tentar romper esse círculo vicioso que não fosse o Expedito Júnior, hoje um personagem reciclado da política rondoniense, graças aos 8 anos em que ficou fora de todas as disputas.

CASO DA ASSEMBLEIA

O Poder Legislativo rondoniense em novíssimo em relação às demais Assembleias do país. Mesmo assim a Casa deixou de lado o interesse público e se converteu num antro de corruptos graças a mesas diretoras que preferiram agir resguardar os interesses meramente corporativos de deputados que nunca abriram mão do mandato para o enriquecimento rápido pessoal, da família e de seus grupos restritos.

ELE NÃO

Maurão de Carvalho, o candidato do MDB (onde só entrou para ter legenda) teve oportunidade de se tornar algo diferente e não agiu assim. O legislativo sob o seu comando permaneceu com a mesma fama de casa de troca de favores, de financiadora de sinecuras de parlamentares; de escambo e ninho do empreguismo desvairado de estatutários, abrigando as contratações políticas. Como seria possível votar agora para governador em quem foi fiador dos interesses mais mesquinhos e vorazes que consumiram dinheiro público sem justificativa plausível?

EXORBITÂNCIA

Não há, a meu ver, melhor oportunidade para o eleitorado rondoniense por um ponto final nos exorbitantes privilégios desses políticos de fancaria que colocaram Rondônia nessa situação limite de uma economia estagnada; que não gera empregos, não garante IDH melhor para seu povo e nos deixa, a todos, vivendo essa sensação de raiva e de indignidade contra essa classe predadora.

A meu ver e salvo melhor juízo o Estado clama por tratamento de choque do eleitor. Primeiro não votando a favor da reeleição de ninguém. Segundo não votando em candidatos ineptos para cuidar da gestão do estado.

O colunista faz escolhas conscientes. Tudo para evitar um cataclismo maior na economia, uma decadência irrecuperável nos valores políticos e da família.

FAVORÁVEL

Não é necessário ser um cientista social para constatar que o desejo da maioria é votar pela inovação dos meios de se fazer gestão pública. É preciso resgatar os princípios éticos da política estadual.

Mas mesmo sendo predominante o desejo de mudanças de fato, especialmente no quesito da moralidade pública, do combate à roubalheira do erário, há um grande contingente eleitoral que por detestar discutir e debater assuntos políticos, acabam sendo facilmente manipuláveis pela mídia de aluguel, por jornalistas interesseiros, assumindo posição favorável a políticos sem nenhum caráter, até votando em seus clãs sem nenhum rubor.

ESFORÇO

O eleitor que pretende ser consciente precisa se esforçar ao máximo para separar o joio do trigo. Como alguém que se leva pelos aspectos morais poderá dar o seu voto a candidato condenado por dar trambique no erário, por adotar como prática em sua vida empresarial a sonegação, a participar de negociatas como o escândalo das ambulâncias, etc, etc, etc?

MUDANÇAS REAIS

O colunista decidiu escolher alguns candidatos. Em Rondônia, a escolha recaiu em Expedito Júnior para o governo. Para o Senado o 1º voto será em Marcos Rogério. O segundo voto ainda carece de mais alguns pontos a serem sopesados. Para deputada estadual, o colunista vai votar na jornalista Ivonete Gomes. Ela pode contribuir para a melhoria real da Assembleia Legislativa. O deputado federal ainda não está escolhido. E presidente da republica, por tudo o que escrevi acima, será mesmo o 17. Entre os outros concorrentes não vejo nenhum capaz de romper com o sistema que ai está.

TUDO DOMINADO

Meu Deus! Não dá para acreditar em nada na política do Brasil. Muita gente estranhou a apatia da PF nas investigações sobre o atentado praticado contra Bolsonaro por um militante da esquerda, em Juiz de Fora. Agora as revelações recentes mostram como “ainda tá tudo dominado” nessa disputa pelo poder. Delegado que comanda inquérito de Adelio foi assessor de governador petista mineiro. E também foi diretor de Inteligência da Secretaria Extraordinária para Grandes Eventos, no governo de Dilma Roussef.

MANIPULAÇÃO

Ficou intragável o jogo eleitoral usando a ferramenta das pesquisas. As acusações de manipulação dos resultados das pesquisas sempre existiram. Agora, quando você tem pesquisas às pampas, com discrepância até entre os institutos mais impactantes, fica muito evidente que tais discrepâncias são encomendadas. O eleitor nessa altura do campeonato não deve cair no engodo dessas aberrações travestidas de pesquisas. É preciso lembrar que nessa reta final aqueles as táticas de guerrilha são usadas sem nenhum pudor.

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