Em Linhas Gerais

Na política onde gambá cheira gambá Guedes é só uma Fênix impossível – por Gessi Taborda

FILOSOFANDO

Há o suficiente no mundo para todas as necessidades humanas, não há o suficiente para a cobiça humana.” MAHATMA GHANDHI (1869/1948) foi o idealizador e fundador da nação indiana, responsável pela revolução que tirou a Índia do jugo inglês, usando e defendendo o princípio da satyagraha, que também inspirou outros ativistas democráticos pelo mundo.

DEMAGOGIA

Mais uma ação de pura demagogia aconteceu na Assembleia ontem (13), segunda feira. Certamente o objetivo foi meramente eleitoreiro. Dessa vez a iniciativa foi do chamado “deputado” Anderson do Singeperon (que não se perca pelo nome), na realização de audiência pública para “discutir o ensino da história e da cultura afro-brasileira e indígena nas escolas do estado. E isso num momento em que, como se sabe, faltam professores até para as disciplinas mais prioritárias na grade curricular, especialmente na área de exatas. É claro que o deputado não explicou quando haverá o resgate da qualidade do ensino no estado e muito menos onde (ou quando) o estado conseguirá arrumar professores especializados para lecionar a matéria tão desejada pelo parlamentar. É, como se vê, apenas mais um “truque de madame” com o propósito de engabelar eleitores menos informados.

ABISMADO

Com certeza fico cada vez mais abismado com a maneira calma com que o povo, pelo menos aqui em Rondônia, fica diante de tudo o que está acontecendo. Lembro-me ainda daquela propaganda danada do governo (Lula et caterva) garantindo que o Brasil passava a ser um grande produtor de petróleo do mundo e que iria até fazer parte da OPEP. E ai estamos nós pagando gasolina a preço abusivo, aceitando aumentos sucessivos. Agora Porto Velho entra no rol das cidades mais caras do país. A gasolina rompeu prá valer o preço de 4 reais o litro. E mesmo assim a calma do povo não mudou. Certamente políticos acreditando que serão perdoados pelos eleitores no ano próximo. Agem com a certeza de que voltarão. E bate o bumbo.

O FIM

O povo não apoia todos os penduricalhos criados de forma legal para levar à estratosfera os vencimentos de políticos e servidores públicos do andar de cima, como deputados, senadores, ministros, juízes, desembargadores, procuradores, etc, etc. O benefício que é pago aos mais bem remunerados servidores públicos podem (ufa!) desaparecer. Pelo menos o auxílio-moradia parece estar com dias contados.

Meio milhão de cidadãos brasileiros se manifestou, no portal E-cidadania, no site do Senado, a favor da extinção desse benefício. Tudo começou quando um cidadão comum lançou a ideia no sistema e em menos de 24 horas ela recebeu mais de 20 mil votos. Para a maioria dos brasileiros, que não ganha isso de salário, esse valor daria para comprar a casa própria.

MAIS POBRE

Os chamados pré-lançamentos de candidatos à sucessão no estado de Rondônia servem como revelação incontestável de maior pobreza da política nessas bandas do Brasil. Primeiro o lançamento, pelo PMDB (ou sua cúpula), de Maurão de Carvalho e neste final de semana, o lançamento de José Guedes, pelos tucanos. É a incompetência buscando sobreviver no comando do estado. Mais do que isso, é apogeu da decadência partidária e a insensatez do exibicionista delirante de políticos completamente ultrapassados.

A FÊNIX IMPOSSÍVEL

O pré-lançamento do antigo prefeito José Guedes como um dos nomes para entrar na corrida sucessória do governo rondoniense tenta colocar uma fênix no cenário da política do estado num momento em que o partido – mesmo com o viés de crise nacional – tem chances reais de ser o veículo para conduzir a energia renovadora do eleitorado se ao final for escolhido o político mais talentoso de suas fileiras. José Guedes é bom sujeito, talvez até muito bem intencionado em relação ao futuro de Rondônia. Isso não faz dele a Fênix possível. Ele, que passou por tantos partidos até estacionar-se no limbo, não tem mais cacife para o nascimento de uma renovação, mesmo utópica. Não é “o cara” para dar segurança ao ninho, aglutinando figuras de renome, líderes e estrategistas; e nem suporte financeiro para uma batalha desse tamanho.

PARA EMPOLGAR

O melhor nome que o PSDB rondoniense tem para levar o partido à liderança dessa corrida dificílima da sucessão estadual é, indiscutivelmente, o do ex-senador Expedito Júnior, político passado na casca do alho é que já demonstrou diversas vezes ser bom de voto.

Guedes ficou muito tempo sumido. Muitas pessoas nem lembra que ele foi prefeito da capital dado à falta de legado de sua gestão. E durante todo esse tempo em que ficou no frio eleitoral não conseguiu sequer transferir votos para sua mulher para uma cadeira na Câmara dos Deputados.

OS ACONTECIMENTOS

E como surgiu tão de repente o nome de José Guedes para a disputa? Ninguém no ninho tucano explicou mas existem indícios de que no calor dos acontecimentos o pai da mais bela deputada federal (e também do vereador presidente da Câmara) passou a apostar no em Guedes na esperança de modificar internamente o cinerário onde Expedito Júnior sairia vitorioso na hora da convenção regional dos tucanos.

Então – é o que comentam analistas – tudo não passa de uma tentativa de dar mais força à “muy hermosa” deputada tucana para influenciar na campanha estadual onde disputaria apenas a reeleição.

COLIGAÇÃO

Não é hábito de ninguém ligado à mídia política cobrir com olhos de lince os bastidores do caciquismo eleitoral no estado de Rondônia. E assim os informes chegam incompletos e sem mensagens de políticos de maior capacidade de discurso nesse árido segmento, mesmo em locais como a Assembleia onde todos preferem ficar do lado que a vaca deita.

Depois desse preâmbulo, há um informe de que chefes partidários tentam viabilizar uma aliança do PMDB e PT aqui em Rondônia. Aparentemente os negociadores dessa aliança imaginam existir sintonia entre o partido de Lula e o PMDB de Valdir Raupp e do pré-candidato Maurão de Carvalho. Os defensores dessa aliança monstrengo justificam que esse é o melhor caminho para muitos deputados no estado rondoniense.

TEM LÓGICA

Levando-se em consideração o tanto de réus na Lava Jato e em outros escândalos apontados pelas investigações da PF e dos MPs, é mesmo possível que esse acordo seja fechado. É como diziam os antigos: os gambás se cheiram.

CONHECEDOR

Expedito Junior conhece bem sua sigla, onde foi dirigente por vários anos. Ele nunca esteve numa posição tão favorável para disputar o mais alto cargo eletivo do estado. Mesmo assim é impossível afirmar que sua candidatura seja “favas contadas”. Afinal, Expedito hoje age muito pragmaticamente buscando não expor sua influência sobre os delegados que decidirão, na convenção, que será de verdade o candidato ao governo.

 

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