Em Linhas Gerais

É preciso acabar com a tolerância a quem busca benefícios pessoais na política – Por Gessi Taborda

FILOSOFANDO

“As instituições não protegem a si mesmas. Elas acabam caindo quando param de defender a decência. Quando são manipuladas por membros que mandam a opinião pública ao diabo e atendem obedientemente a voz do amo” – Gessi Taborda, jornalista aposentado.

EDITORIALZIM

Talvez pelo fato de termos “comemorado” mais uma vez o advento da república nos deparamos com reminiscências da caída de nomes de vulto da nossa política. Não falo da política nacional e sim da regional, da local.

Quantos nomes caíram desonrados no caminho quando tantos apostavam no seu prolongado sucesso. A lista é grande mas, só para ilustrar o tema, relacionamos os mais significativos: Carlão de Oliveira (ex-presidente da Assembleia); Waldir Raupp (ex-senador e ex-governador); Natanael Gomes da Silva (ex-presidente da Assembleia e ex-conselheiro do Tribunal de Contas) e Ivo Cassol (ex-governador e ex-senador).

Todos tiveram algo em comum: deixaram a vulgaridade passar por cima da ética enquanto exerceram seus mandatos e por isso foram varridos do exercício político.

Como disse, a lista é enorme. Nem todos que adotaram construir tribos nas instituições em que foram gestores chegaram à condenação da Justiça por abandonar os limites das leis.

Alguns, mais espertalhões, ainda se imaginam nos braços daquela parcela da sociedade que cede a submissão de sua dignidade ante os favores recebidos. E esses favores são, em sua maioria, simples migalhas mas fazem os pobres favorecidos sentirem-se parte da tribo ou, se preferir, do curral criado para manter filhos e outros membros na vida pública de onde foram escorraçados.

Ivo Cassol, me lembro bem, teve seu nome cogitado até para uma disputa pela presidência do Brasil, quando recebeu em Rondônia a visita do todo poderoso (na época) Roberto Jefferson. Quem acompanhou a trajetória daquele governo não levou, claro, a sério a proposta de Jefferson pois não sabia estar jogando confete num governo bipolar. A “luminosa” carreira do milionário governante terminou quando ele ultrapassou demais os limites da legalidade.

No caso dos ex-presidentes da Assembleia (e nesse caso deve se incluir o nome de Maurão de Carvalho) havia entre eles um desejo comum: chegar ao governo do estado. Objetivo malogrado principalmente pela irresponsabilidade de ambos de coquetear-se com a interpretação subjetiva de conduzir o poder fora da lei.

Carlão Oliveira, o único foragido da Justiça foi o que mais abandonou a decência como um valor político e passou a maior parte do tempo de sua via pública buscando maneiras de burlar a lei. Sempre ganhou com mentiras e ficou riquíssimo.

Graças ao poder dos miliardários, esse ex-presidente consegue até manter a cumplicidade de um vasto número de eleitores, bastante para garantir a seus filhos vitórias eleitorais bizarras.

A população é, até certo grau, tolerante com quem a deprecia, por não perceber o escárnio daqueles que fazem política para defender seu próprios interesses.

Essa deve ser a visão que norteia a políticos que exerceram cargos na gestão pública decididos a encarar a disputa do próximo ano. Alguns desses políticos se fiam na situação de que não foram presos até hoje pelas denúncias de defraudação, manipulação e desvios do erário.

São avaliações de superfície, e nada mais. Em Porto Velho (e na maioria dos demais municípios) não existe exemplo de líderes carismáticos e empáticos para acender a vontade do eleitor. O que se vê, diante da relação dos nomes especulados para disputa são personagens frívolos, corruptos e antipáticos, além de ignorantes. São claramente buscadores de benefícios pessoais, e isso é inadmissível em qualquer democracia.

SUSPEITO

Se estivéssemos num país minimamente civilizado, em que não houvesse essa ditadura disfarçada do Supremo, Toffoli jamais poderia tomar a atitude de requisitar acesso aos relatórios de inteligência. Na forma da lei, teria de se declarar suspeito, porque ele e sua mulher, a advogada Maria Roberta Rangel, estão entre os investigados pelo antigo Coaf, junto com outras 132 personalidades de destaque, consideradas politicamente expostas que agora estão blindadas pela decisão que o presidente do Supremo tomou no dia 16 de julho, na calada do recesso do Judiciário.

AUDÁCIA

Creio estar chegando a hora do governante municipal Hildon Chaves cometer seu ato de audácia do ano em curso, anunciando sua intenção de concorrer a mais um mandato para a prefeitura de Porto Velho. Imagino ser esse anúncio importante para o fortalecimento e surgimento de setores prontos a fortalecer a pré-campanha de Hildon.

PRAÇAS

Transformar as praças públicas de Porto Velho num espaço aprazível para a população é objetivo a ser cumprido pela administração municipal a partir do próximo ano. Segundo fonte próxima do prefeito da capital, “as praças serão dotadas de arborização, jardinagem, bancos e equipamentos comunitários para estimular a convivência sobretudo de idosos e crianças”. O prefeito está consciente de que as praças existentes, especialmente as do centro, carecem de modernização a médio prazo.

DILEMA

Dezenas de famílias manifestaram preocupação com o dilema da massa falida do Supermercados Gonçalves. Até agora as dezenas de famílias atingidas pela perda dos empregos de seus membros não sabem quando receberão o passivo trabalhista. Enquanto isso, um membro da empresa falida mantém emprego na cúpula do governo do estado, ganhando altíssimo salário sem demonstrar preocupação com os desamparados do seu negócio falido.

CHAMADA

As inscrições à Chamada Escolar 2020 para a rede municipal iniciam amanhã, dia 18. O preenchimento dos dados acontece pela internet e também de modo presencial até o dia 22 de novembro.

A Prefeitura vai disponibilizar cadastro por meio do endereço eletrônico www.portovelho.ro.gov.br além de 61 escolas polo de atendimento para atender aos que não possuem acesso à internet. A Semed está viabilizando um Pólo de atendimento exclusivo no Cristal da Calama, a fim de garantir facilidade aos moradores daquela região.

BALLET

A Prefeitura de Porto Velho, através do Balé da Fundação Cultural (Funcultural), realizará no dia 24 de novembro a apresentação do espetáculo Floresta Amazônica, que acontecerá no Teatro Guaporé, com entrada franca. As apresentações terão início às 18 horas.

SOLTAS

Como os órgãos do controle externo nunca deram importância para os gastos astronômicos de instituições públicas e do governo com a propaganda, as rédeas continuam soltas. Agora a propaganda não fica só na mídia televisiva e impressa. Está apinhando também as mídias sociais como Twitter, Facebook, etc. Os deputados não ficam saciados nunca, quando se trata de torrar o dinheiro do contribuinte. E os órgãos do controle externo continuam como dantes no quartel de Abrantes.

NA RUA

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicados no último dia 31, apontam recorde histórico de trabalhadores que exercem atividades remuneradas por conta própria e sem carteira assinada: já são 38,8 milhões. Temos ainda um total de 12,5 milhões de trabalhadores em todo o país que estão desempregados.

AUTOR: GESSI TABORDA –  COLUNA EM LINHAS GERAIS –  JORNALISTA

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