Em Linhas Gerais

Convenções começam sem mudar o quadro da disputa – por Gessi Taborda

FILOSOFANDO

“A juventude envelhece, a imaturidade é superada, a ignorância pode ser educada e a embriaguez passa, mas a ESTUPIDEZ dura para sempre.” Esse foi o ensinamento deixado por Aristófanes, o ateniense considerado o maior representante da comédia antiga, na Grécia Antiga.

INDEFINIDO

O período das convenções partidárias começou hoje, sexta-feira, dia 20 de julho. As convenções poderão ser realizadas até 5 de agosto e, de acordo com o TSE, deverão ser registradas até o dia 15. Em Rondônia as coligações ainda estão indefinidas.

PRÉ-CONVENÇÃO

No sábado, 21, em Ji-Paraná, acontece o primeiro grande evento partidário-eleitoral desse ano. Alguns partidos estarão formatando oficialmente a aliança em torno do nome de Expedito Júnior como seu candidato ao governo do Estado. Há, mesmo assim, quase uma dezena de pré-candidatos ao governo. Diante da vontade de marinheiros de primeira viagem pela disputa, no momento é difícil, por exemplo, afirmar que essa pulverização termina nesse mês de julho.

A presença de Geraldo Alckmin nesse evento de pré-convenção no sábado é uma demonstração clara do apoio do ex-governador de São Paulo à candidatura de Expedito e sinaliza também que o DEM vai estar na aliança do tucano.

NENHUM

Se até partidos grandes têm dificuldades para se posicionar diante da escassez de candidatos eleitoralmente fortes, imaginem os donos dos votos. É uma falácia a afirmação de que o eleitorado está empolgado com esse ou aquele candidato. A situação é pior para quem nunca disputou uma eleição e permanece desconhecido do eleitorado. Por isso, claro, alguns nomes surgidos na mídia como prováveis participantes da corrida devem desistir ainda antes da largada, assim que conseguirem seus dez minutos de fama.

SEM MEDO

No cenário presente é fácil constatar a vantagem eleitoral de Expedito Júnior. Se a mediocridade permanecer sendo a tônica da maioria dos competidores, Expedito deve continuar navegando em mar de brigadeiro. Até agora é possível constatar que os eleitores vão querem candidatos sem envolvimento com denúncias de corrupção, e com ficha limpa na Justiça Eleitoral.

TENDÊNCIA

Mesmo para aqueles mais céticos em relação à melhoria da qualidade do voto, dá para constatar a preocupação do eleitorado em premiar o novo nas urnas. Com toda a experiência na disputa eleitoral, numa carreira coroada por importantes vitórias, Expedito, para o governo, é um “cara novo” que nunca ocupou o Executivo.

Ele no momento é a esperança de livrar Rondônia de ficar à mercê do imobilismo dos antigos políticos que passaram pelo Executivo estadual. É como se fosse o missionário necessário ao estado rondoniense, um missionário como foi o próprio Coronel Jorge Teixeira que governou Rondônia como se tivesse cumprindo a missão de transformar o território no estado em que vivemos hoje.

APLAUSOS

A Superintendência da PF em Rondônia está de parabéns por deflagrar a “Operação Piratas do Caribe”, através da qual está desarticulando no estado a ação de “coiotes” ligados à rede de promotores de imigração ilegal de brasileiros para os Estados Unidos. Pouca gente poderia imaginar que esse segmento do crime organizado tivesse uma base de operação na cidade de Ji-Paraná. Vários rondonienses, segundo se informa, foram aliciados por esses criminosos, havendo suspeitas de que alguns, além do dinheiro perdido para a quadrilha, também podem ter perdido a própria vida, já que estão arrolados como desaparecidos.

CHANCES

Marcos Rogério termina a legislatura desse ano como um dos mais importantes deputados da Câmara, especialmente pelos trabalhos como relator de importantes matérias do parlamento. Teria, na opinião de grande número de analistas políticos, uma “reeleição tranquila” para deputado federal, mas, como ficará claro na reunião de sábado em Ji-Paraná, deverá ser aclamado como candidato a senador. Se tem chances, é a pergunta que se faz agora.

Como Expedito Júnior não disputará uma vaga ao Senado e, sim, entra em cena como candidato a governador contando com o apoio do partido de Marcos Rogério, pode ser que o deputado tenha boas chances de faturar uma das duas cadeiras na disputa.

MAURÃO

E Maurão, tem chances? Só se virar o grande fenômeno dessa eleição… Estamos a 79 dias das eleições e ninguém acredita que isso possa acontecer.

JESUALDO

No território eleitoral de Marcos Rogério deve sair para disputar o mesmo espaço eleitoral Jesualdo Pires, do PSB, tido como um bom prefeito nos dois mandatos em que comandou o município de Ji-Paraná. A realidade em relação ao ex-prefeito não é animadora. Ele nunca teve uma boa articulação política que o projetasse – enquanto prefeito – em todo o estado.

Ter simplesmente sido um bom gestor jiparanaense é muito pouco para ganhar uma eleição majoritária em Rondônia, especialmente levando-se em conta a existência de nomes de raposas políticas, como Valdir Raupp, cacique maior do MDB. Há um dado a ser levado em conta nesse momento favorecendo Jesualdo: enquanto Raupp está no pódio da rejeição, Jesualdo é uma sensação eleitoral antiga e até agora preservada.

RUMORES

Crescem nas cercanias dos principais diretórios do PT rumores que o partido vai mesmo ter um candidato ao governo. Mas o nome possível de ser homologado numa convenção partidária não terá nada a ver com o Dom Benito. O nome da suposta alternativa era segredo indevassável no dia de ontem.

NÃO DISPUTA

O advogado Caetano Neto vinha se firmando como uma alternativa na disputa de uma das cadeiras do Senado nesse pleito. Seu projeto não deverá se realizar, pois seu partido pode rifá-lo em nome do fechamento de alianças de maior interesse da cúpula da sigla.

Pode ser que Caetano consiga legenda para disputar nas proporcionais, até mesmo como deputado federal. Até o momento ele não se manifestou sobre o assunto.

No momento o jovem advogado ganha mais notoriedade como profissional do Direito com uma ação apresentada ao STF para impedir a utilização do Fundo Eleitoral por candidatos. Na sua argumentação, Caetano Neto afirma que essa utilização fere o princípio da legalidade previsto no art. 37 da Constituição Federal. Para ele a Constituição é clara quando prevê que a única fonte de recursos públicos para uso de partido político é o Fundo Partidário, estabelecido na Lei 9.096/1995.

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