Em Linhas Gerais

Candidaturas laranjas começaram a ser usadas em 2004 em Porto Velho – Por Gessi Taborda

QUANTO CUSTA

Parei de frequentar a Câmara Municipal de Porto Velho há muito tempo. Cansei-me de assistir cotidianamente o desfile de um eterno besteirol onde os vereadores dedicavam seu tempo na apresentação de projetos que nunca levavam a coisa alguma. Cansei-me das besteiras, do esforço de algum edil na distribuição de felicitações, moções e agradecimentos a qualquer sujeito sem relevância, com um único propósito: o eleitoral.

DINHEIRO A RODO

Enquanto frequentei o parlamento mirim, me intrigava o custo daquele “poder” para o povo, o contribuinte. Ali sempre houve dinheiro a rodo. Prova disso são as constantes reformas, ampliações e gastos com mordomias para parte da edilidade, principalmente com viagens injustificáveis, participações em congressos irrelevantes e folha pontuada de alguns marajás e aspones com salários superiores aos estipêndios dos próprios vereadores.

Andei tentando descobrir quanto custa a Câmara Municipal portovelhense através de seu portal da (??) transparência. Não dá para conseguir essa informação de forma redonda se você não tiver o dom de Sherlock Holmes.

INEFICIENTE E CARA

Tenho ouvido de diversas fontes que o custo da Câmara é absurdo. E os gastos idem: será que a Câmara Municipal precisa torrar tanto dinheiro em mais uma reforma nababesca de seu muro, criando um novo portal para o seu estacionamento ao lado da Avenida Calama? Gostaria sinceramente de descobrir quanto custa para os pagadores de impostos da cidade durante o ano. Alguém sinceramente acredita que os vereadores fazem realmente alguma coisa útil para melhorar a nossa cidade? Ou tem certeza, como eu, de que a instituição é onerosa para o contribuinte e ineficiente para cumprir verdadeiramente o seu papel?

LARANJAS

É difícil imaginar o tamanho da decadência da política e dos costumes no Brasil nos mais de 13 anos em que a esquerda manipulou o poder. Quem poderia imaginar que até candidaturas laranja viriam a surgir nas disputas eleitorais.

Rondônia também não ficou fora dessa prática das candidaturas lançadas para não valer. Ou seja: candidaturas lançadas para não concorrer de verdade, mas se apropriar dos recursos disponibilizados, repassando-os para outros esquemas da campanha. Segundo me contou uma fonte, aqui em Rondônia o assunto está sendo devidamente investigado pelo Ministério Público (será?) e pela polícia judiciária. Há suspeitas de que alguém pegou parte dessa grana para pagar despesas pessoais.

COISA ANTIGA

Por aqui não é nenhuma novidade o suspeito jogo que paira sobre a divisão do dinheiro para as campanhas eleitorais. O jornal Imprensa Popular, em reportagem assinada pelo saudoso jornalista Nelson Townes de Castro, publicada nos idos de 2004, contava o inusitado caso de alguns candidatos a vereador cujas previsões de gastos de campanha superavam às dos candidatos a prefeito da capital rondoniense. Nelson resumiu a história assim: “Não é piada, pobre eleitor de Porto Velho. Candidatos às 16 vagas da Câmara Municipal desta humilde Capital informaram ao Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia custos de campanha eleitoral iguais ou mais altos do que a de muitos candidatos a vereador de São Paulo, a cidade mais rica do Brasil”.

SÓ AQUI

Rondônia é verdadeiramente um estado de grandes perspectivas. Mas ainda desliza no cipoal da mediocridade existente na sua gestão pública. Como pode o tal Distrito Industrial de Porto Velho, um projeto implantado nos tempos do saudoso Teixeirão, ainda estar com pendências de ordem legal, impedindo ações do próprio poder público para atender necessidades de consolidação das empresas ali colocadas ou da instalação de novas unidades fabris no tal distrito? É ou não é um negócio do balacobaco?!

ENERGIA

Certamente a torcida pela redução do preço cobrado na fatura de energia do consumidor rondoniense é geral. O reajuste é um absurdo. Políticos fazem verdadeira romaria a Brasília pedindo à Aneel que reconsidere o aumento. Toda hora chega um e-mail de um desses políticos se apresentando como líder nessa luta da população. O cidadão não deve deixar-se se enganar por esses meros aproveitadores.

Só um verdadeiro líder político, com influência muito próxima ao Bolsonaro, pode fazer alguma coisa consequente.

CASQUINHA

Fora isso o consumidor continuará sendo a grande vítima da Energisa, que, com a privatização, responde pelo setor. Jaqueline Cassol é uma das deputadas mais interessadas em capitalizar eleitoralmente sua participação nos encontros onde o tema é tratado em Brasília.

RECUPERAÇÃO

Uma fonte importante do segmento de negócios e serviços em Porto Velho revelou uma boa notícia para os leitores da coluna: segundo contou, o comércio vem se recuperando da crise, mas de maneira lenta. O setor foi o que gerou mais empregos na capital no ano passado e a tendência deve continuar nesse ano, com esse setor ampliando em pelo menos 1,3 pontos a geração de empregos formais. Também está reagindo positivamente na geração de empregos o setor de imóveis, com novas construções civis.

CAPAZ

O governo de Hildon Chaves precisa voltar a ocupar de forma consistente as mídias sociais, com a mesma desenvoltura usada no seu primeiro ano de mandato. Só assim será possível demonstrar para a população da capital rondoniense, Porto Velho, que ele vem enfrentando de forma muito capaz os efeitos da violenta borrasca de origem política sobre o município. Enquanto o prefeito não melhora a sua comunicação, acaba sendo vítima de algozes enredados na politiquice cujo objetivo principal é manipular exatamente uma sociedade cronicamente mal informada.

RESISTÊNCIA

O prefeito mostra sua grande resistência à crise alarmante recebida como herança de antecessores que nunca deflagraram ou concluíram um programa de recuperação fiscal e de implantação de infraestrutura urbana para essa capital de mais de cem anos.

Ainda há muito por fazer, mas o inexorável processo de falência do município já foi interrompido graças à competência de Hildon Chaves em equacionar o rombo acumulado pelas gestões anteriores que desaguaram em dívidas precatórias impagáveis e que, na verdade, não sofreram nem mesmo a necessária auditagem.

CRÉDITO RECUPERADO

O município sofreu um longo período de agressões torpes praticadas por seus gestores mais recentes, a ponto de ficar inadimplente, com dívidas astronômicas, e, assim, perder seu crédito. Logo depois de assumir o comando da prefeitura, Hildon Chaves descobriu que “o município não podia nem passar na calçada em frente a um banco”, como lembra hoje.

E não foi fácil restabelecer os padrões de confiança e reciprocidade perante as instituições creditícias. A superação da grave crise fiscal é hoje uma realidade. O município reconquistou sua capacidade de obter novos financiamentos na rede bancária.

MÁ VONTADE

O grosso da dívida do município está repactuada ou em vias de o ser. Pena permanecer intacta a má vontade de nichos da mídia em avaliar o lado positivo das políticas levadas adiante pela prefeitura, acabando com privilégios que nortearam no passado recente a adoção de recauchutagem em sistemas sensíveis como é o caso do transporte urbano.

Exatamente por adotar o gramscismo como método para abordar a atuação do prefeito, essa mídia não consegue explicar, por exemplo, a enorme diferença entre gastos feitos no passado em setores como o trânsito, que nunca melhorava em nada, e os gastos atuais.

REGRESSÃO

Alguma coisa muito errada anda acontecendo aqui na nossa querida Rondônia. Certamente essa sensação não é só minha, mas de todos os que aqui vivem desde os tempos em que o Estado teve seu primeiro grande “boom” econômico, no tempo em que o leito do rio Madeira estava forrado de ouro.

Naquele tempo Porto Velho era uma cidade alegre, cheia de gente e vida em seus “pubs” mais simbólicos, como foi o Bangalô.

A seu modo as coisas funcionavam bem. Era fácil encontrar figuras interessantes, inteligentes e se relacionar com elas. Hoje não existem mais pessoas como um João Lobo e o seu kibutz onde entre vapores etílicos da mais alta qualidade discutia-se tudo no melhor nível filosófico. Hoje as cidades ficaram maiores, com seus arranha-céus e mesmo assim a sensação é de que regredimos.

DESATINOS

Por onde se olha os desatinos dos últimos governantes está lá. É insegurança cada vez maior, a ousadia da bandidagem assustando até quem se aventura simplesmente a caminhar no tal Espaço Alternativo mesmo com dia claro.

Sempre convivemos com exemplos de desleixos. Quem vai esquecer que uma biblioteca estadual (Dr. José Pontes Pinto), criada por Decreto em 1975, simplesmente sumiu do mapa sem que ninguém fosse responsabilizado por isso. Culpa de quem? Pergunta nunca respondida!

A ORLA

Poderia ficar horas relatando os desatinos e despautérios que assolam Rondônia! Veja o caso da orla do Madeira na praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Ali foi investido um prêmio acumulado da Megasena. Mais de 20 milhões. E tudo virou lixo. E ninguém foi responsabilizado e muito menos punido. Culpa de quem? Governos corruptos? Empresários gananciosos?

Mas convenhamos: nada funciona! Nem saúde, nem segurança, nem educação, nem transporte… Até nossas praças não têm bancos, não têm jardins, não têm arborização… O que fizemos ou estamos fazendo de nosso querido estado de Rondônia?

Até agora não descobrir “qualé” a do novo governador. Será que ele já se achou no Executivo? Será que ele tem alguma informação honesta sobre o que fará para mudar o cenário chato, perigoso, cansativo desse nosso tão querido estado?

FONTE: COLUNA EM LINHAS GERAIS POR GESSI TABORDA

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