Em Linhas Gerais

Brasileiros, se preparem para o novo golpe marcado para o dia 20 – Por Gessi Taborda

FILOSOFANDO

“É o meio político brasileiro. Só se pode tolerá-lo tapando as narinas.” Paulo Francis, jornalista brasileiro.

EDITORIALZIM

Nestes 40 e tantos anos em que acompanho a política como jornalista (agora aposentado), fico pensando se é possível mesmo aparecer alguém que consiga romper com todas as barreiras impostas a se fazer algo limpo, renovador. Não é fácil, pois a política se transformou numa prática imoral de mais.

Não sou daqueles que colocam todos os políticos no mesmo saco. Não, tem gente boa, bem-intencionada, com o sem mandato. Infelizmente esses são os mais “tímidos” que acabam sufocados pelos que entram na política para se dar bem, para conseguir uma boquinha e fazer o seu pé de meia. No próximo ano teremos eleições. Então a pergunta é:  mesmo que se acredite num projeto político idôneo, voltado ao interesse público, à mudança, ao diálogo, à transparência, é possível colocar essas ideias em prática? É possível tocar em feridas sem sair machucado?

Implementar medidas capazes de romper com os maus costumes da política é verdadeiramente difícil. O sistema está tão enraizado que mesmo aquele melhor intencionado numa gestão comprometida com a inovação, com a ética e a transparência acaba se tornando refém do sistema consolidado para garantir privilégios e o enriquecimento ilícito das hienas da política.

Nesses mais de 40 anos de exercício do jornalismo político, como repórter ou analista, nunca vi alguém que conseguisse colocar, em toda a sua essência a tal “nova política”. E isso traz prejuízos incalculáveis para a população.

É fácil extrair exemplos dessa dificuldade aqui mesmo na política de Porto Velho: veja o caso do transporte coletivo da capital. Um sistema erodido por décadas e que ficou pior quando os prefeitos antigos decidiram substituir a carcomida estrutura do passado por essa coisa batizada de “SIM”. A verdadeira e necessária mudança não ocorreu pelo simples fato de que a solução afetava interesses dos maiorais. E nessa questão do transporte, o prefeito atual herdou quase que um beco sem saída.

E não é fácil o eleitor identificar quem verdadeiramente se dispõe a quebrar esses paradigmas da tradicional política em todos os seus níveis, inclusive no nível municipal.

As sucessivas decepções que vivemos nas últimas décadas da política em Rondônia não devem nos levar ao desencorajamento de enfrentarmos sempre as urnas para tirar a política do esgoto. É preciso ressaltar sempre a necessidade do comparecimento maciço às urnas com um voto cada vez mais qualificado.

Nas últimas eleições municipais a capital rondoniense ganhou um prefeito honesto. O povo parou de chamar a prefeitura de “Caverna do Ali Babá” pois a corrupção endêmica deixou de existir. O prefeito atual soube administrar bem as contas públicas, resgatar obras paradas, realizar projetos próprios em setores fundamentais para melhoria da vida, como acontece agora com o programa de asfaltamento, além de consertar vários erros das gestões anteriores.

O contribuinte de Porto Velho não vai para as urnas do próximo ano torcendo pelo mal da cidade. Ele está esclarecido sobre quem foi o melhor prefeito que a capital rondoniense teve nos últimos 20 anos. O eleitor lembra dos elefantes brancos (viadutos) deixados como herança para a gestão atual e não terá dificuldade de decidir se será melhor renovar o mandato de seu prefeito, como uma garantia de que o resgate dos grandes projetos para desenvolver Porto Velho de forma sustentável se consolidará de vez.

ACIRRADA

É fato: as eleições 2020 vão ser as mais acirradas dos últimos tempos.

PRAÇAS

Não resta a menor dúvida sobre a péssima qualidade das praças públicas de Porto Velho, especialmente as da área central. São espaços onde predomina o cimento, sem arborização, jardinagem e equipamentos de socialização da comunidade. Elas sempre foram assim. Os prefeitos anteriores não deram a menor importância para esses espaços públicos, alguns completamente dominados pelo camelôs e viciados.

Sensível a essa situação, a prefeitura deverá concluir um programa de recuperação desses espaços públicos, adequando-os às verdadeiras necessidades da comunidade, especialmente para melhorar a qualidade de vida dos aposentados que carecem desse tipo de equipamento. As praças serão urbanizadas, arborizadas, etc.

CAIU

Deu para perceber uma queda na presença de apostadores nas casas lotéricas de Porto Velho no dia de ontem. Reflexo do aumento do preço das apostas.

PRETOS

Embora correspondam a mais da metade dos habitantes do País, os brasileiros negros permanecem sub-representados no Poder Legislativo. Os pretos e pardos eram 55,9% da população, mas são apenas 24,4% dos deputados federais e 28,9% dos deputados estaduais eleitos em 2018.

CLIMA RUIM

Nossos olheiros de Brasília garantem: o clima no Supremo está pesado. Realmente, para os ministros “legalistas”, não é nada fácil aturar os “garantistas”, que se tornaram maioria com a irracional adesão de Rosa Weber.

 

SEM AMBIENTE

Existe um consenso entre as lideranças do Congresso de que “não há ambiente” para que o Legislativo aprove uma PEC que reverta a decisão do STF. Mas Gilmar Mendes diz que Toffoli errou e o Congresso não pode legislar a respeito. Seriam necessários 308 votos na Câmara para mudar a Constituição. Além disso, tem muito parlamentar que também é alvo de investigação.

 

NADA É ETERNO

A recente decisão do Supremo garante a impunidade dos poderosos, confirmando a amarga realidade que o país enfrenta nos dias atuais. Mas devemos lembrar que nada é para sempre, nem mesmo a corrupção endêmica do Brasil de hoje.

 

NOVO GOLPE

No próximo dia 20, o novo golpe arquitetado pelo Supremo, que liquidará de vez a credibilidade da Justiça brasileira. Nessa ansiada sessão, que começará de manhã, será julgado o mérito da liminar do ministro Dias Toffoli, que no dia 16 de julho surpreendeu a nação ao suspender todos os inquéritos e processos abertos com base em relatórios do antigo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), da Receita Federal e do Banco Central, que não tivessem prévia autorização judicial.

Essas maluquices só ocorrem porque é o Judiciário que está comandando o pacto entre os Poderes, com o Executivo e o Legislativo atuando apenas como coadjuvantes, para coonestar a trama.

SARAMPO

Embora Porto Velho não tenha registrado casos de sarampo neste ano, a gestão Hildon Chaves está tomando as medidas necessárias para manter a erradicação da doença que vem registrando surtos em vários estados do País. Segundo a secretária municipal de saúde, Eliana Pasini, a campanha para adultos começa na próxima segunda-feira (18). “Todas as unidades de saúde, tanto na zona urbana como na zona rural, estarão atendendo de segunda a sexta-feira de 8h às 17h30”, adiantou ela.

AUTOR: GESSI TABORDA –  COLUNA EM LINHAS GERAIS –  JORNALISTA

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