Em Linhas Gerais

Acreditando ou não, certamente a tônica de 2018 será a limpeza na política

FILOSOFANDO

O sistema de impunidade é também o promotor dos crimes.” MARQUÊS DE MARICÁ (1773/1848) era o pseudônimo de Mariano José Pereira da Fonseca. Ele foi escritor, filósofo e político, chegando a ministro da Fazenda, senador e conselheiro de estado do império brasileiro. Foi consagrado em matemática pela Universidade de Coimbra.

É O FIM

Vivemos de forma inexorável a tristeza com a anunciada decisão do fim do jornal Alto Madeira, após o completar recentemente o seu centésimo ano de vida. É muito triste saber que esta é a última semana da coluna impressa nas páginas que por décadas publicou sem censura a Em Linhas Gerais. Assim também anunciamos o fim da coluna que, a partir do encerramento do Alto Madeira impresso vai continuar apenas nas plataformas on-line.

TENDÊNCIA

Com o encerramento das atividades do AM, o jornalismo fica mais pobre, especialmente em Rondônia e na sua capital, Porto Velho. A decisão tomada pelo decano do jornalismo rondoniense, Euro Tourinho, segue a tendência mundial para as circulações de jornais impresso, agudizada aqui pelo agravamento das incertezas econômicas e da insana política de distribuição da verba publicitária pública, sempre disposta a ignorar a mídia mais independente, fiscalizadora, com participação ativa em favor do verdadeiro desenvolvimento capaz de resgatar a dignidade e qualidade de vida da população.

VERSÃO ÚNICA

Além de deixar mais pobre a capital rondoniense em relação ao seu patrimônio cultural, também empobrece a comunicação democrática, alegrando corruptos mais blindados agora com a mídia de versão única, incapaz – quando não parceira – daqueles que na gestão pública não serão mais questionados (e muito menos denunciados) pelas práticas da manipulação criminosa dos orçamentos, das concorrências e dos contratos.

VAIDADE

Difícil acreditar que Maurão de Carvalho, o pastor deputo, chegou ao governo rondoniense. Mas é fato. Afinal ele chegou lá como Temer chegou à presidência da República: sem depender de votos. Em relação ao deputado rondoniense (que tanto sonhou em chegar ao governo), algo praticamente impossível pela via do voto, há quase uma certeza: Maurão pode gritar aleluia a pleno pulmões mas não tem nada de santinho. Sua presença no governo, nesses dias em que tanto o governador como o vice gazeteiam no exterior, servirá simplesmente para alimentar sua grande vaidade pessoal. Para o povo de Rondônia o acontecimento é meramente irrelevante.

CONTAMINAÇÃO

É inegável: o poder corrompe o cérebro. Maurão é como a maioria de seus pares: entrou pobretão na política e hoje é tido como homem riquíssimo. Não tem formação específica em nada para credencia-lo a comandar uma instituição pública enorme. Esses dias, sentado na cadeira do Executivo do estado, deverão fortalecer ainda mais a picada da mosca azul. Como tantos, ele também se julga intocável.

COINCIDENTE

Sua atuação é coincidente às de seus antecessores que na Assembleia. Na presente legislatura comandada pelo deputado pastor todos se agarram de unhas e dentes às mordomias e facilidades de – por exemplo – manter o antigo esquema da folha inchadíssima de servidores comissionados. Um indício de ilicitude que colocou ex-deputados na cadeia.

NOVOS MIDAS

Não é difícil constatar que deputados continuam se enriquecendo a custa do dinheiro público. Pobretões vindos dos grotões reconhecidamente sem patrimônio pessoal vivem vida nababesca antes de completar dois mandatos no parlamento.

É claro que o parlamento estadual não está imune à prática de atos ilícitos e de implicação em atos de corrupção.

UM DIA

Possivelmente em Rondônia isso não vem à tona como acontece em outras partes do Brasil pelo fato de nosso MP não ter as condições investigava ou interesse dos órgãos de controle de outros estados, onde todo dia se descobre atos criminosos e ações cabeludas praticadas pelas Organizações criminosas ligadas ao mundo político. Mas isso, é claro, não vai durar para sempre. Um dia surgirá alguém disposto a olhar com lupa todos os indícios, especialmente no jorro da (rárárárá) publicidade oficial.

NADA DE NOVO

O esforço dos escribas a serviço de Maurão (embora se digam a serviço do parlamento) pagos com o dinheiro do contribuinte é o de reforçar a insistência do presidente da ALE em afirmar que sua gestão tem as cores do arco-íris. Ora, sabemos todos nós que isso não existe. E nem pode existir: a cor da gestão do homem que passará alguns dias assinando como governador do estado é filha da indecisão e da vontade de agradar a todos que gravitam em seu entorno, até dando salvo-conduto para a perseguição de quem vive desnudando o rei.

ARCO-ÍRIS

Pode até ser presidente, pode até sonhar em disputar o governo, mas o deputado não perdeu o ranço do baixo-clero, mantendo a cor da incompetência disfarçada com o cumprimento da obrigação de pagar salários dentro da data pré-fixada.

Seria hilariante e até mesmo um absurdo colocar Rondônia sob o comando desse personagem que é paparicado por quem deseja repetir a burlesca encenação da “Irma La Douce”, diante da possibilidade de se tornar sócia apenas nos lucros, jogando para dedéu as consequências negativas para a grande maioria dos rondonienses.

ENDEREÇOS

Fora da mídia impressa EM LINHAS GERAIS pode ser lida livremente no mundo on-line, acessando a Internet nos seguintes endereços: imprensapopular.com;folharondoniense.com.brquenoticias.com.brrondoniticias.com.br e ocombatente.com.br além de vários grupos do Facebook a serem listados na próxima edição da coluna.

TÔNICA

A limpeza na política será a tônica desse processo em 2018, impulsionado especialmente pela Lava Jato com a maior renovação da história recente em nosso parlamento. Esse movimento pode passar pelo fim de institutos como o foro privilegiado, assim como uma redefinição do modelo de Estado, tornando-o mais enxuto e menos assistencialista, uma visão liberal, ou mesmo pela ascensão de uma direita de corte mais conservador na economia.

SÉTIMA REPÚBLICA

O Brasil precisa estar preparado para mais uma transição. Será um momento ímpar, um movimento que começa em 2013, encontrará sua inflexão em 2018 e se prolonga até 2022, quando deve se consolidar. A Sétima República está diante de nós.

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