Cultura

Porto Velho sedia Madeira Festival na próxima quarta-feira, dia 5

Evento resgata valores interioranos e promove a inclusão social em Rondônia

Alunos que diariamente se veem, mas ainda não se conheciam, e pessoas que nunca puseram os pés num teatro, muito menos sabem que Porto Velho tem dois.

Ao descobri-los, numa simples oficina artística na Escola Brasília, quarta-feira (29), no bairro Embratel, organizadores do Madeira Festival de Teatro mudaram uma velha situação que teimava permanecer anônima.

O festival, com ingresso gratuito, começará no próximo dia cinco de junho, quarta-feira, no Teatro Guaporé, com tradução em Libras e transmissão pelo Facebook.

Seis grupos participantes da mostra competitiva receberam apoio da Lei de Incentivo à Cultura, Funcer, Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), Funcultural de Porto Velho, Funcultural de Vilhena, Sicoob Credisul e SICTV.

“Serão seis espetáculos 100% rondonienses a partir do dia 5, às 19h” destaca Édier William Medeiros, um dos organizadores.

As próximas fases terão audiodescrição, a faixa narrativa adicional para pessoas com deficiência visual, intelectual, dislexia e idosos. Todos eles também são consumidores de meios de comunicação visual, onde se incluem a televisão, o cinema, a dança, a ópera e as artes visuais.

O evento é uma realização da Zenital Produções, com o patrocínio único da rede de supermercados varejistas Atacadão e do Ministério da Cidadania. A curadoria das peças foi feita por artistas de Curitiba, Manaus e Rio de Janeiro.

O grupo Atacadão investiu na Lei de Incentivo à Cultura, acreditando no êxito do festival. A Secretaria Especial de Cultura do Ministério da Cidadania considerou importante as oficinas programadas para cidades da capital e do interior, como contrapartida ao  evento. “Num dia acontece a apresentação, no outro a oficina”, assinalou Mari Santos.

DESCOBERTA DE TALENTOS E AMIZADES

Alunos do projeto Eletiva da Escola Brasília participaram de uma oficina de iniciação teatral. Segundo Mari Santos, da Zenital, muitos têm talento que asseguram competitividade e qualidade.

As peças têm como temática a mulher e todas têm classificação indicativa de 12 anos

“Na oficina com funcionários do Atacadão, os organizadores trabalharam o contato, o olhar, o toque, e o respeito à presença do outro”, relatou Mari.  “Já na Escola Brasília, alunos nos disseram que a oficina lhes proporcionou novas amizades e a descoberta de habilidades até então guardavam apenas para si”, disse ela.

O festival mobiliza aproximadamente 60 artistas e mais de 40 pessoas nas equipes de produção. Os que virão a Porto Velho, ganharão cachês. O grupo vencedor, que receberá um prêmio em dinheiro e o troféu Canoa de Ouro,  se compromete a percorrer, inicialmente, municípios da BR-364.

As peças têm como temática a mulher e todas têm classificação indicativa de 12 anos.

No dia 5, às 19h30: Mulheres do Aluá, do grupo Companhia O Imaginário, dirigido por Chicão Santos, estreia o festival;

No dia 5, mesmo horário: Tabule, uma tragicomédia árabe, da Companhia Peripécias do Teatro , dirigida por Júnior Lopes;

No dia 7,  às 14h, É crime não saber ler, da Companhia de Artes Evolução, sob direção de Eules Lycaon;

Ainda no dia 7, às 20h, À margem, do Grupo de Teatro Wankabuki, dirigido por Valdete Souza;

No dia 8, às 19h30, Viúvas do margem, do grupo de Teatro Encena, dirigido por Roberto Carlos;

No dia 9, às 16h, Inimigos do povo, da Trupe dos Conspiradores, dirigida por Luciano Oliveira.

Algumas cenas das peças que competirão a partir do próximo dia 5, no Teatro Guaporé:

TROFÉUS

Troféus serão entregues aos vencedores

Serão entregues troféus ao vencedor, melhor ator, melhor roteirista, melhor espetáculo, melhor figurino e melhor cenário. Personalidades que contribuíram com o festival receberão certificados de menção honrosa pelo fomento à cultura estadual.

“Dois anos atrás começamos esse movimento para unir grupos da capital e do interior. A primeira edição demonstra que nesse formato este festival é o maior que o estado teve até agora”,  disse Édier Santos.

Ele elogia o estado pela política de editais lançada pela Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), acreditando que a medida “se casa” com o atual momento de fomento à cultura. “Vivemos o momento crescente, de ascensão, os artistas se movimentam, e isso é muito bom para que as casas de cultura, museus e teatros sejam melhor ocupados”, opinou.

Para Mari Santos, também integrante da organização, o festival oferece a possibilidade de incentivo a outros grupos, alguns deles, “adormecidos” em atividades restritas às suas cidades. Assim, por exemplo, Buritis, Machadinho d’Oeste e Rio Crespo, enviaram trabalhos e devem competir novamente em 2020.

“Quando se pensa no coletivo, artes e cultura funcionam melhor para as pessoas, e é muito importante que se crie o hábito da frequência ao teatro, a exemplo do cinema, que a cada semana atrai público porque promove lançamentos”  – Mari dos Santos, organizadora.

FONTE: ASSESSORIA

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Gomes

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